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Encontro de grêmios da UMES convoca mobilização total pela revogação da deforma do Ensino Médio

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Fotos: César Ogata/UMES

 

Mobilização de dirigentes estudantis de toda a capital paulista aprovou  convocação de ato do Dia do Estudante pela revogação do NEM  e pressão contra os cortes de Tacísio de Freitas na Educação de São Paulo  

 

Lideranças de grêmios estudantis da cidade de São Paulo aprovaram nesta terça-feira (06) mobilização total pela revogação da reforma neoliberal do Ensino Médio. "Vamos tomar a Paulista no 11 de agosto, Dia do Estudante, contra a reforma que está destruindo a nossa juventude", convocaram os estudantes da cidade de São Paulo. 

O Encontro de Grêmios da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo lotou o auditório do Sindicato dos Profissionais de Saúde de São Paulo (SinSaúdeSP), com mais de 300 estudantes de mais de 100 grêmios estudantis da capital paulista. Na pauta principal do encontro, as ações dos estudantes pela revogação da reforma do Ensino Médio, realizada pelo governo Temer sem qualquer diálogo com a sociedade e que precariza a educação nas escolas brasileiras.

"São lideranças de toda a cidade de São Paulo que vão mobilizar as suas escolas no 11 de Agosto, dia do Estudante pra lotar a Paulista e dizer não à reforma que sucateou ainda mais a Educação do nosso país", avaliou o presidente da UMES, Lucca Gidra, ao celebrar o sucesso do encontro.

A inclusão do Fundo de Educação Básica (Fundeb), responsável pelo financiamento das escolas brasileiras, na política de limitação de gastos do “arcabouço fiscal” pela Câmara dos Deputados, também foi criticada pelas lideranças estudantis presentes.

Na abertura do encontro, o presidente da UMES denunciou o caráter neoliberal da reforma do Ensino Médio que impede o acesso dos estudantes à Educação. “Ao invés de discutir o investimento na infraestrutura das escolas, de avançarmos no ensino técnico, de termos uma grade curricular que garanta a entrada dos jovens nas universidades... Temos estes itinerários que não servem para nada, que ensinam os jovens a fazer brigadeiro e os colocam em um falso empreendedorismo onde ele é o responsável por tudo o que acontece”, criticou Lucca.  

“A gente não tem tempo a perder. Cada minuto que passa é um minuto que a gente tem que utilizar para detonar essa reforma de Ensino Médio e para detonar todos os ataques feitos contra a nossa educação”, destacou Lucca. “Pra gente revogar a reforma do Ensino Médio a gente precisa de uma coisa importante que é decisão”, convocou o líder estudantil.

Ao longo do debate, os estudantes também repudiaram os cortes do governo Tarcísio de Freitas no orçamento na educação de São Paulo e o fechamento de mais de 300 salas de aula das escolas estaduais. Também foi lançada a campanha estudantil ““A SABESP É NOSSA: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA!”, em repúdio à tentativa de Tarcísio de entregar a estatal de saneamento paulista.

A abertura do Encontro de Grêmios contou com forte representação de lideranças do Estado de São Paulo. Dentre eles a presidente da UBES, Jade Beatriz; a presidente da UPES, Luiza Martins; os vereadores Luna Zarattini e Hélio Rodrigues, ambos do PT; do deputado estadual Guilherme Cortez; e as co-deputadas Sirlene Maciel e Paula da bancada feminista do Psol na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Além do dirigente sindical, José Faggiani, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema-SP).

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REVOGAÇÃO DA REFORMA

A presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Jade Beatriz, destacou a luta dos estudantes em defesa da escola pública e gratuita para todos e ressaltou a necessidade da revogação do Novo Ensino Médio para alcançar este objetivo. “Este modelo vai contra o princípio fundamental da democracia educacional”, disse Jade.

“A reforma do Ensino Médio ataca diretamente o acesso dos estudantes da escola pública à educação de qualidade. Temos escolas com estrutura precária, chovendo dentro das salas de aula... É isso que deveria estar em pauta. E não os itinerários que não ensinam nada aos estudantes”, destacou a presidente da UBES.

Ex-secretário de Educação da cidade de São Paulo, o sociólogo César Callegari, destacou que a revogação da reforma do Ensino Médio só será possível com a mobilização dos estudantes. “Os governos só se movem sob pressão. E isso é verdade também paro governo federal que tem que lidar com muitas contradições, inclusive com uma base parlamentar extremamente conservadora no Congresso Nacional. Então, tem que pressionar. É correta e legítima a pressão para o cancelamento da reforma, desse chamado novo ensino médio. Agora, a anulação desse novo ensino médio depende de uma nova proposta, isso que é o nosso grande desafio, somente uma nova proposta pode revogar esse novo ensino médio”, afirmou Callegari.

“Então nós estamos desafiados, professores, estudantes, os setores todos da sociedade precisam se unir pra criar uma nova proposta, porque não se trata de voltar pra trás, quer dizer, apenas a revogação não adianta. Você tem que fazer com que a coisa avance. E portanto essa reforma que é excludente, reducionista e que aumenta as desigualdades sociais, ela ser substituída por uma nova proposta que garante inclusão, garante redução de desigualdades e principalmente provoque a preparação do jovem brasileiro pra uma cidadania contemporânea”, ressaltou.

O pesquisador também falou sobre a manutenção do Fundeb fora da política de limitação de gastos, intitulada de “arcabouço fiscal”. “É uma luta que nós temos que fazer, o FUNDEB foi uma conquista importante, constitucional e nós não podemos permitir que ele tenha um retrocesso agora. Então pressionar os senadores agora é a nossa e a nossa tarefa”, disse Callegari.

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VENCEMOS BOLSONARO E TEMOS MUITO A FAZER

Luisa Martins, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES), relembrou o papel dos estudantes na derrota de Bolsonaro. “A gente passou pelo governo Bolsonaro que acabou com sonhos, que acabou com perspectivas, que fez com que a gente perdesse familiares, amigos, professores... E isso doía muito na gente. Mas indignados com tudo isso, tiramos milhões de títulos eleitores em todo o país e conseguimos fazer com que o Bolsonaro fosse escorraçado da Presidência do Brasil”.

Ela também criticou a reforma do Ensino Médio que impede o acesso dos estudantes à educação de qualidade. “Nós somos contra esse ‘Novo Ensino Médio’ que na verdade é velho, porque a gente está falando na prática que eles não querem que a gente aprenda”, destacou Luisa.

Para a dirigente estudantil, a escola deve ser um local de debate e de combate ao preconceito e à violência sexual contra as estudantes. “É dentro da escola que a gente precisa aprender qual é o limite, é dentro da escola que a gente precisa combater a violência, é dentro da escola que a gente precisa aprender a verdadeira história do nosso país”, ressaltou.

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RECONSTRUÇÃO DO PAÍS

Coordenador do Fórum “Direitos Já”, Fernando Guimarães, relembrou o papel da juventude na derrota de Bolsonaro e que haverá ainda mais luta no próximo período que é de reconstrução do país.

“Vocês tem hoje que refletir profundamente na luta política que vocês travam. O futuro que vocês querem construir. E aí responder, portanto o que deve ser feito. O que deve ser feito é a grande luta de hoje, é a grande questão e tem que ser travada especialmente dependendo do Congresso Nacional e foi dito aqui que nós vencemos a eleição, vencemos a eleição porque votamos no democrata e vamos ver, mas o nosso Congresso Nacional, que deve representar a sociedade tem duzentos deputados que no primeiro turno apoiaram o fascista”, relembrou Fernando.

Ele continuou sua fala alertando que o fascismo ainda é uma ameaça à nossa democracia e apontou para a necessidade de impedir o seu avanço e atuarmos pela reconstrução do Brasil. “Estamos num momento crucial da história, eu quero dizer que vocês são absolutamente importantes neste encaminhamento e para que lado nós vamos, o respiro que sai da escola é o respiro da democracia e é justamente o respiro do movimento estudantil”, destacou.

DESAFIOS

A vereadora da cidade de São Paulo, Nina Zarattini, relembrou que o movimento estudantil “foi o primeiro a ocupar as ruas para denunciar o descaso do governo Bolsonaro com a educação. Foi movimento estudantil e os estudantes que determinaram o resultado das eleições de 2022 e serão os estudantes, será a juventude que continuará fazendo história do nosso país”.

Para a vereadora, existem alguns desafios na ordem do dia. “O primeiro deles é a gente reconstruir o Brasil. Nós vencemos das eleições, mas a gente ainda não venceu politicamente no nosso país. A gente sabe que o bolsonarismo, a extrema direita, o fascismo se mantém vivo ainda infelizmente na nossa sociedade. Então a gente vai precisar muito ocupar as ruas, mobilizar as escolas, as universidades, na luta por um futuro melhor”, destacou.

“O segundo desafio que a gente tem é a luta contra o governo Tarcísio de Freitas que já disse que vai privatizar a SABESP, que já disse que tem que ter menos investimento para a Educação. E eu queria perguntar aqui para vocês: as escolas de vocês são boas? Não! Então a gente vai falar pro Tarcísio porque a gente não vai deixar esse governador fechar uma escola que quer no nosso estado e a gente vai fazer essa luta. O outro desafio que a gente tem aqui também é o a Prefeitura de São Paulo que tem privatizado, que tem atingido e tirado os direitos da população mais pobre. E a gente tem também o desafio de revogar essa reforma do Ensino Médio que impede a juventude de alcançar os seus objetivos”, disse a vereadora.

ENSINO PRECÁRIO E ESCOLAS DESTRUÍDAS

Ao longo do encontro os estudantes denunciaram a precarização causada pela reforma do Ensino Médio. Falta de aulas, itinerários que não possuem qualquer ligação com a realidade dos Estudantes e que “não servem para nada”.  

"Nós deveríamos ter acesso aos conteúdos necessário para passar no vestibular e nos preparar para o futuro e não tendo aula de como fazer brigadeiro e RPG, como está acontecendo", criticou a estudante Indaya de Souza, da EE Quintiliano José. 

As críticas ao governo Tarcísio também foram constantes. Além da ameaça de corte de R$ 9 bilhões no orçamento da educação do Estado, reduzindo a parcela do orçamento destinado à Educação dos atuais 30% para 25%, as denúncias sobre o fechamento de salas de aula, o fim do Programa Dinheiro Direto nas Escolas, realizado pela gestão anterior, causaram uma precarização ainda maior das instituições. O resultado: falta de estrutura, falta de professores, falta de água nas torneiras das escolas, chuvas e goteiras no conjunto das escolas da cidade de São Paulo.

DIGNIDADE MENSTRUAL E COMBATE AO ASSÉDIO

Diversas estudantes apontaram as dificuldades de garantia ao acesso à dignidade menstrual nas escolas. Desde a falta de absorventes à ausência de apoio do poder público. Elas denunciaram que, apesar da existência do programa Dignidade Íntima no estado de São Paulo, o acesso aos absorventes está cada vez mais restrito dentro das escolas e que isso têm piorado desde o início do governo Tarcísio de Freitas.

As denúncias e relatos de assédios ocorridos dentro das escolas também se fizeram constantes nas falas das lideranças estudantis. Segundo os gremistas, os casos continuam a ocorrer e não há uma política efetiva de acolhimento às vítimas nas escolas.

A UMES lançou a campanha “Escola Sem Assédio”, para combater este crime que vem ocorrendo nas instituições de ensino, conscientizar os estudantes sobre os seus direitos e as formas de prevenção e diálogo nas escolas para impedir esta prática.

 

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO SABESP

panfleto UMES A5-2


Durante o encontro foi lançada a campanha estudantil “A SABESP É NOSSA: NÃO À PRIVATIZAÇÃO DA ÁGUA! - Estudantes em defesa do futuro e da vida!” em conjunto com o Sintaema e entidades do movimento social. O objetivo dos estudantes é de conscientizar a juventude sobre a necessidade da empresa de saneamento, que é responsável pelo abastecimento de 30 milhões de paulistas permanecer pública.

“A Sabesp, além de ser uma empresa que gera lucro para o Estado - dinheiro que inclusive pode ser utilizado para investimentos na educação e saúde -, desempenha um importante papel social”, destacam os estudantes.

“A privatização da Sabesp compromete o futuro da vida ambiental e humana. É um crime contra a população de São Paulo! Por isso, é necessária a conscientização, a mobilização e a união de todos para impedir esse descaso! A água é um direito, não uma mercadoria!”, ressaltaram.

 

VEJA AQUI AS RESOLUÇÕES DO ENCONTRO DE GRÊMIOS DA UMES:

  • Luta pela revogação do Novo Ensino Médio e mais investimento na Educação!
  • Retirada do Fundeb do arcabouço fiscal!
  • Campanha de combate ao assédio dentro das escolas dos grêmios em conjunto com a UMES!
  • Exposição nas escolas do Jornal Mural da UMES para divulgação da luta e conscientização dos estudantes.
  • PDDE Grêmios Já - Verba para todos os grêmios estudantis!
  • Contra o corte de R$ 9 bilhões da Educação pelo governador Tarcísio de Freitas!
  • A SABESP É NOSSA! – Não à privatização da água
  •            Semana de luta contra a privatização e divulgação do material UMES/Sintaema nas escolas!
  • Reforma das Etecs e Escolas Estaduais!
  • Fora Campos Neto – Pela redução da taxa de juros!
  • Por escolas democráticas que respeitem a autonomia dos Grêmios!
  • Pelo fim da terceirização dos serviços de limpeza e merenda!
  • Não à superlotação de salas!
  • Mais acessibilidade para pessoas com deficiência no ambiente escolar!
  • Pelo fim das aulas vagas!

PAUTA PRINCIPAL:

  • Paralisação Geral das Escolas e manifestação no 11 de agosto - Dia do Estudante, pela revogação do Novo Ensino Médio!
  • Criação de comitês de mobilização em todas as escolas da cidade pela revogação do NEM!

Carteirinha da UMES

 

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