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Os dez fundos especulativos que controlam Kroton e Estácio e o seu processo de fusão

13-7-16 Manifestação de estudantes da Anhanguera

Manifestação de estudantes da Anhanguera em 2015

 

CAMILA SEVERO*

 

 

Após registrar um aumento de 61,2% no lucro líquido do primeiro trimestre de 2016, em relação ao mesmo período do ano anterior, a Kroton Educacional está tentando comprar a ‘rival’ Estácio Participações. A possível fusão prevê corte de gastos, entre eles de salários de professores e funcionários, e aumento dos lucros. Os dez acionistas que as empresas têm em comum, que são fundos estrangeiros de investimentos e possuem 46% da Estácio e 32% da Kroton, comemoraram.

 

A unificação dos negócios entre Kroton e Estácio passa longe da discussão sobre qualidade de ensino, é simplesmente financeira e pode criar um verdadeiro monstro, com 1,6 milhão de estudantes universitários no país. A Kroton já é a maior multinacional de educação controlada pelo capital financeiro internacional presente no país, e acumulou no primeiro trimestre deste ano um lucro líquido de R$ 599,4 milhões.

 

Entre os dez acionistas que as empresas têm em comum estão: o fundo norte-americano Oppenheimer, que tem 17% da Estácio e 5% da Kroton, além de participações na Embraer, MRV e outras; fundo sul africano Coronation, que tem 10% da Estácio e 4,5% da Kroton, além de participações na Hering, Marisa e outras; o fundo norte americano BlackRock, que tem 5% da Estácio e 5% da Kroton, além de participações na Embraer e outras; Capital World Investors, que tem 5% da Estácio e 5% da Kroton, além de participações na Klabin, na BM&FBovespa, e outras.

 

Os fundos BlackRock e Capital World Investors estão entre os maiores fundos de investimentos do mundo e tem investimentos no Bank Of America, Citi Group, JP Morgan, Goldman Sachs. Ou seja, o que não falta é sanguessuga querendo se aproveitar dos estudantes brasileiros.

 

O objetivo da fusão é remunerar seus acionistas, driblando a crise econômica e a queda dos investimentos no FIES, que garantia lucro certo às privadas. Ricardo Kim, analista da XP Investimentos, afirma que com fusões e aquisições, fica mais fácil gerar receita. No mesmo sentido Bruno Giardino, do Santander, diz que “a compra da Estácio pode ser um gatilho para que outras transações ocorram no segmento, as empresas tendem a ficar inclinadas a se combinar para se manterem competitivas”, palavras bonitas para dizer que mesmo com a crise as empresas não vão deixar de gerar lucro, mesmo que para isso seja preciso demitir, superlotar ainda mais as salas de aula e precarizar ainda mais o ensino.

Segundo os acionistas a proposta da Kroton deve gerar ganhos rápidos para esse grupo de acionistas por meio de cortes de custos, já que a operação da Estácio é considerada “menos eficiente”. A expectativa é que a Kroton integre a área administrativa das empresas, “o que geraria redução direta de despesas [leia-se postos de trabalho] logo que concluída uma fusão”.

 

Outro ponto importante são os custos com professores. “Um fator chave nas grandes companhias privadas de ensino é a capacidade de manter um alto número de alunos por sala de aula, de forma a impedir que a formação de muitas turmas com poucos estudantes se torne onerosa. Para isso, a Kroton tem um modelo acadêmico que consegue combinar turmas numa mesma sala de aula e, do ponto de vista do investidor, esse modelo é mais eficaz que o da Estácio”, dizem os analistas do jornal Valor Econômico em defesa da experiência da multinacional.

 

A Associação de Docentes da Estácio de Sá (Adesa), que representa os cinco mil professores da rede anunciou que é contra a fusão das instituições. Antonio Rodrigues, diretor do Sindicato dos Professores do Município do Rio e Região (SinproRio), avaliou “quando eles fundem, você perde a referência de negociação [...] Hoje, os professores do Rio ganham, por hora-aula, em torno de R$ 50, no caso de professor auxiliar, em torno de R$ 53, no caso professor assistente, com pós-graduação, R$ 57, no caso de quem tem mestrado, e R$ 60, para professores com doutorado. Na Unipli (que pertence à Kroton), em Niterói, eles pagam de R$ 25 a R$ 30”.

 

A nível de comparação, em 2015, segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp), um professor da rede estadual paulista (ensino fundamental/médio), recebia em torno de R$ 56 por hora aula.

 

ERRATA: Afirmamos, na última edição, que o grupo GP Investiments era controlador da Estácio com 20% das ações da empresa, mas o grupo de desfez de suas ações em 2013.

 

*É redatora da Hora do Povo

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