facebook INSTA

VI Congresso do MST: no governo Dilma reforma agrária retrocedeu

Reunidos no ginásio Nilson Nelson em Brasília, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou, nesta segunda-feira, a abertura de seu VI Congresso Nacional, com 15 mil delegados de 23 estados e o Distrito Federal e 250 convidados internacionais, sob o lema “Lutar e construir uma reforma agrária popular”.

Durante o congresso, que ocorre até sexta-feira, o MST também comemora 30 anos desde a sua fundação, em 1984, e aproveita para reformular as diretrizes do movimento diante da situação política que o país atravessa. Na avaliação do movimento, o atual governo apresenta uma das piores conjunturas para a reforma agrária.

De acordo com o MST, no último ano do governo Lula, 55 mil famílias foram assentadas no país. No governo Dilma, os dados oficiais apontam 21 mil em 2011, 22 mil em 2010 e 30 mil no ano passado. Mas o movimento contesta os números de 2013. Segundo o movimento, foram apenas sete mil novos assentamentos. “A reforma agrária vive hoje, no governo Dilma, seu pior momento”, ressalta Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST.

Para a entidade a alta concentração fundiária no campo brasileiro não se alterou e, mais grave, o capital internacional domina uma área cada vez maior. “A composição da aliança do agronegócio é formada por transnacionais, com o dinheiro da financeirização, pelo latifúndio no Brasil abrindo espaço, pelo Congresso Nacional, onde a bancada ruralista possui mais de 200 representantes e o MST apenas dois deputados, pelo Judiciário, no qual adormecem processos referentes à desapropriação de 200 mil hectares de terra, e por essa mídia, com as bênçãos do governo federal”, afirma.

Conforme João Pedro Stédile, também coordenador nacional, “o governo Dilma foi ‘bundão’ na reforma agrária”. “É nossa obrigação criticar o governo Dilma. Como diria dom Pedro Casaldáliga, se nós do MST nos calarmos, as pedras vão falar por nós. O governo sabe que tem dívida conosco”, explica Stédile. Para ele, o governo Dilma tem orientação à direita e cita como exemplo a presença da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidenta da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), na base aliada. “Há oito anos, a Kátia Abreu queria derrubar o governo, e fomos lá defendê-lo. Dilma é refém do agronegócio”, diz.

“A questão da luta pela terra hoje está fora da pauta da sociedade e do governo. Está cooptada por muitos intelectuais que acham que a reforma agrária e a luta pela terra não existe mais. Portanto, a luta pela terra está despolitizada. Ela tem acontecido, seja a luta dos indígenas, dos quilombolas, dos pescadores, a nossa luta. Mas está escondida, abafada”, denuncia Conceição. O dirigente ainda observa que, enquanto crescem os subsídios para as multinacionais e o perdão das dívidas dos grandes latifundiários, os recursos para a reforma agrária são cada vez mais burocratizados e de difícil acesso.

Outro ponto de pauta do Congresso será a “privatização dos assentamentos”, que é o repasse, por parte dos assentados, das terras recebidas por eles para o setor privado. “Não há dinheiro público nos assentamentos, o mercado está tomando conta desses locais, que estão sendo privatizados a cada dia”, criticou Alexandre.

“Quatro transnacionais controlam 58% do setor sucroalcooleiro. Os próprios donos de terras já estão sentido efeitos como falta de mão de obra”, aponta Stédile. “Hoje, 85% de todas as terras agricultáveis são apenas quatro culturas: soja/milho, cana-de-açúcar, eucalipto e pastagem para gado. Consumimos 20% de todos os venenos, embora sejamos só 5% da produção (mundial)”, conclui.

Os Trabalhadores Sem Terra realizam também, como parte do Congresso, uma grande marcha em defesa da Reforma Agrária na capital federal, quarta-feira, 12, e durante a noite será realizado uma festa em comemoração ao aniversário de 30 anos do MST.

Na quinta-feira (13/02), acontece o ato político pela Reforma Agrária, com a participação de movimentos sociais, intelectuais, partidos políticos e convidados internacionais. Os militantes também pretendem entregar à presidente Dilma Rousseff uma carta em que detalham suas reivindicações em relação à Reforma Agrária.

A entidade defende um novo projeto, que visa inclusive à democratização da educação no campo. “Também queremos democratizar a educação, levando as escolas ao campo, e não a política que o MEC estimula, de levar para a cidade. Tem criança que passa quatro horas por dia de condução, para estudar”, diz Stédile.

Segundo ele, o processo atual de “letargia” em relação à reforma agrária tornou necessário a busca de fatos novos, que mostrem que o agronegócio não é o futuro. “A leitura é que essa política de composição de classe do Lula e da Dilma já bateu no teto. O Lula fez uma série de programas sociais para incluir os jovens na faculdade, e o número aumentou de 6% para 12%. É bom, mas ainda temos 88% fora. Para botar 10% do PIB na educação, tem de pôr a mão no superávit primário. Só com essa ‘politiquinha’ de ProUni e Enem, não resolve mais essa pressão”, ressalta.

 

Fonte: Hora do Povo

 

Veja mais:

 

MST reavalia ações e lutas pela reforma agrária no país - Rede Brasil Atual

MST completa 30 anos e diz que reforma agrária está 'paralisada' – G1

Carteirinha da UMES

 

home-document-2023
 
 

Cultura

 

CPCUmesFilmes Logo fundo branco

 

  

Parceiros 

sptrans

 

LOGO MINC GOV

 

  

casa mestre ananias

  

 

Fique bem informado

 

hp

 

 logo

 

 

jornaldausp

 

 

 portal do bixiga 

 

 

pornoimpala.info pornopingvin.com
Yurtdışı Eğitim Makedonya Avrupa Üniversitesi Makedonya Eğitim Saraybosna Üniversitesi Saraybosna Üniversitesi Saraybosna Üniversitesi Saraybosna Üniversitesi Saraybosna Üniversitesi Bosna Hersek Üniversiteleri Bosna Hersek Üniversiteleri Bosna Hersek Üniversiteleri Bosna Hersek Üniversiteleri Bosna Hersek Üniversiteleri Travnik Üniversitesi Travnik Üniversitesi Travnik Üniversitesi Saraybosna Üniversiteleri Makedonya Üniversiteleri Struga Üniversitesi Kiril Metodi Üniversitesi Bulgaristanda Eğitim Bulgaristanda Eğitim Bulgaristan Üniversiteleri Bulgaristan Üniversitesi Bulgaristan Üniversiteleri Ukrayna Üniversiteleri Ukrayna Üniversiteleri Ukraynada Üniversite Ukrayna Üniversiteleri Malta Dil Okulları Gürcistan üniversiteleri Gürcistan Eğitim Malta Dil Okulu Malta Nerede ingiltere Dil Okulları ESE Malta Dil Okulu Лазерна Епилация Пловдив Лазерна Епилация Пловдив Лазерна Епилация Пловдив Лазерна Епилация Пловдив