Estudantes conquistam dinheiro do petróleo para a educação

No último mês de agosto, os estudantes brasileiros tiveram uma importante vitória: a destinação de parte das riquezas do pré-sal para a educação brasileira. São R$ 210 bilhões de reais a mais para a educação e a saúde brasileira nos próximos dez anos. Esses recursos representam um importante aumento do orçamento da educação, que nos deixa mais perto da meta de 10% do PIB para a educação.

Essa conquista foi fruto da mobilização dos estudantes, que defenderam a ideia do investimento do pré-sal para educação pela primeira vez em 2009 e, depois, ocuparam a Câmara dos Deputados para garantir que esse recurso fosse aprovado. Foi com base nessa mobilização e força que os estudantes venceram o governo, que era contra o projeto, e ganharam a batalha.

 

Mas tem gente de olho no nosso dinheiro

Em 2012 o Brasil pagou R$ 753 bilhões de juros e amortizações da dívida para os banqueiros. Além disso, acabamos de perder 347 bilhões de reais com a venda do campo de petróleo de Libra. Vamos ver o que dava para fazer com uma parte disso:

 

R$ 13,5 bilhões – Bibliotecas em todas as escolas

R$ 3 bilhões – Duplicação das vagas de ensino profissional

R$ 21 bilhões – Quadras em todas as Escolas

PNE: 10% do PIB para a educação PÚBLICA já!

Nos últimos anos os estudantes conquistaram importantes vitórias, que permitiu ao Brasil superar a destruição promovida por FHC e pensar em novos desafios para a educação brasileira.

Com a eleição de Lula, tivemos grandes avanços. A criação de cerca de 600 mil vagas nas universidades federais; a expansão das escolas técnicas, que mais que dobraram de tamanho; a conquista do piso nacional salarial para os professores; a criação do PROUNI; e um novo FIES, com menos burocracia e juros mais baixos, representaram um importante marco na luta por uma escola melhor. Hoje deixamos de resistir ao tufão neoliberal dos tucanos e devemos exigir e lutar por cada vez mais conquistas e qualidade no nosso ensino.

Superada a herança maldita de FHC, é necessário que o país desenvolva o ensino público, pense e invista em uma educação que tenha capacidade de fomentar o desenvolvimento, a pesquisa, crie tecnologia e emprego e permita que o Brasil construa com suas próprias forças aquilo que hoje dependemos do estrangeiro.

Porém, ao invés de acelerar na prioridade apresentada por Lula (expansão das universidades e escolas técnicas federais), a presidente Dilma e o ministro Mercadante resolveram puxar o freio de mão. Paralisaram a expansão do ensino público superior e técnico, estrangularam os recursos para as obras que aconteciam e, como se não bastasse, desviaram esses recursos para uma nova prioridade: o ensino pago do PROUNI, PRONATEC e Ciências sem Fronteiras.

 

A realidade da escola pública

A realidade da escola pública hoje é a realidade de uma escola que não possui estrutura, remunera mal seus professores e, consequentemente, não ensina.

Não possui estrutura, pois segundo o censo do ensino básico aplicado pelo Ministério da Educação, das quase 142 mil escolas públicas de ensino fundamental e médio do Brasil, 54% não possuem laboratório de informática, 73% não têm uma quadra para a prática esportiva, 47% não têm sala de professores e 83% não têm biblioteca.

Remunera mal seus professores, pois a média salarial dos professores do ensino básico é 38% menor que a de outros profissionais com formação superior.

Não ensina, pois, além dos problemas acima, hoje a escola pública está tomada pelo mal da aprovação automática, que acabou com exercício e avaliação dentro da escola.  Sem exercitar e sem avaliar também não existe cobrança e, assim, vai por terra toda a autoridade do professor. A qualidade do ensino médio e fundamental foi privatizada, quem quer uma boa escola tem que pagar e quem não tem dinheiro que estude em uma escola que não ensina, que não tem biblioteca, laboratório, quadra e nenhuma  estrutura.

Como podemos superar essa realidade? Qual caminho podemos seguir para ampliar a universidade pública até que ela seja maioria? O que fazer para mudar profundamente a escola pública, garantindo uma escola que ensine e que tenha uma boa estrutura, com condições de tornar ela atrativa e com qualidade. Por mais óbvio que pareça, o único caminho é garantir um grande investimento público na escola pública, retomando para ela o dinheiro que é desviado para o ensino particular.

Essa realidade deixa cada vez mais claro que o ensino privado só existe com o peso que tem devido ao sucateamento completo do público. Uma escola pública com qualidade, que ensine e prepare o jovem para a vida, que seja atraente e que aprove ele na universidade, diminuiria o ensino privado ao que ele é: uma herança da época em que somente os com dinheiro no bolso poderiam ter sucesso. Para comprovar isso basta ver, que mesmo com a escola pública sendo a imensa maioria do ensino médio (87,2%), somente 14% dos aprovados em 2011 (último dado disponível) eram de escolas públicas.

 

PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO

Porém, nem mesmo esse cenário onde, de um lado a qualidade da educação básica foi privatizada e, de outro, as faculdades privadas atingiram impressionantes 73% das matrículas, é suficiente para convencer o governo que alguma medida de ser tomada, com urgência, para corrigir esse rumo.

Em 2010 o ministério da Educação enviou para o congresso nacional o Plano Nacional de Educação (PNE), que é responsável por planejar as metas e investimentos necessários para serem alcançadas nos próximos dez anos. O plano enviado pelo governo previa a ampliação do valor a ser investido em educação para 7% do PIB, sem definir que esse mínimo de investimento público seria investido na educação pública. Entidades estudantis, sindicatos e entidades da área da educação, como por exemplo a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, prontamente se mobilizaram para melhorar esse projeto, ampliando o valor a ser investido para 10% do PIB e vinculando esse investimento mínimo à educação pública.

Depois de melhorado, o projeto foi aprovado e enviado ao Senado. Esse texto contava com o apoio de todas entidades da educação.

Porém o apoio dessas entidades e a situação alarmante do ensino público em nosso país não foram suficientes para impedir o governo e alguns senadores de tentarem garfar essa grana, passando uma parte dela para os donos de escolas e faculdades.

Quando o projeto chega na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o Senador Pimentel (PT/CE) muda o texto, permitindo que parte dos 10% do PIB a ser investido em educação possa ir para a educação privada. Isso se justificaria, segundo ele, pois “… uma atuação que deveria ser supletiva à do Estado, acaba por se firmar como indispensável, em especial na educação superior”. Logo, segundo Pimentel, como o ensino pago é indispensável cabe ao governo em seu planejamento para os próximos dez anos (que não é pouco tempo) garantir as condições para que o dinheiro do povo possa ser transferido para ele. Ou seja, em dez anos estaremos com a escola pública ainda pior e o ensino pago ainda mais forte.

Os estudantes não podem permitir que esse golpe se concretize! O Brasil tem recursos suficientes para investir e revolucionar a educação pública. Basta direcioná-los corretamente e priorizar o ensino público.

O PETRÓLEO É NOSSO! NÃO À PRIVATIZAÇÃO DO PRÉ-SAL!

Com a descoberta do pré-sal e suas novas reservas de bilhões de barris, o Brasil se posiciona entre os Maiores produtores do mundo e alvo ainda maior da cobiça das multinacionais estrangeiras. Essa riqueza é a grande chance do Brasil solucionar os problemas que castigam nossa população, é dinheiro suficiente para garantir a soberania nacional, além de resolver as principais necessidades do nosso país, como a ampliação do ensino superior, a erradicação do analfabetismo, a qualidade no ensino básico, saúde, transporte, moradia e etc.

 

LEILÃO É PRIVATIZAÇÃO!

Porém, a mesma presidente que na campanha eleitoral declarou que “entregar a exploração do pré-sal para as empresas privadas internacionais é tirar dinheiro do Brasil” tomou a decisão de vender o maior campo de petróleo da região de pré-sal, o campo de Libra.

Em reposta a essa decisão, mais de 90 entidades do movimento social brasileiro entregaram uma carta exigindo a suspensão do leilão e solicitando uma audiência com Dilma, e o governo não só não dialogou com as entidades como colocou mais de mil soldados do Exército e da Força Nacional na porta do leilão, para não somente garantir a realização do leilão como também impedir a sociedade brasileira de se manifestar contra a entrega das nossas riquezas.

 

LEILÃO DE LIBRA = 60% A MENOS DE PETRÓLEO PARA O BRASIL

O resultado do leilão foi muito bem expresso pelas palavras de João Antônio de Moraes, Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP): “O país antes do leilão era 100% dono do maior campo de petróleo já descoberto no mundo. Agora o povo brasileiro está 60% mais pobre”.

Entre as empresas que levaram nosso petróleo se encontram dois dos principais representantes dos monopólios da área do petróleo (Shell e Total), essas duas empresas tem uma longa ficha corrida de crimes em todo o mundo para sugar o petróleo das nações. Uma pequena parte dessa ficha corrida esta publicada abaixo.

 

A LUTA CONTINUA!

As últimas declarações de Dilma mostram que essa luta está longe de acabar. No que depender de sua vontade essa foi à primeira parte do pré-sal a ser entregue. Para garantir que a riqueza dos outros campos seja investida no povo brasileiro é necessário que a União se aproprie dela, por isso exigimos que a extração seja integralmente realizada pela Petrobras, conforme autoriza a Lei 12.351 de 2010, em seu artigo 12º, que garante à União entregar um campo diretamente para a Petrobras em casos de interesse nacional, sem a necessidade de leilões.

A UBES deve convocar todos os estudantes a ocuparem as ruas de todo o para barrar a privatização do nosso petróleo!

Pela volta do direito à meia-entrada

Após a nefasta MP 2208, publicada em 2001, qualquer papel passou a servir para comprovar o direito do estudante à meia-entrada, e as fraudes cresceram de maneira absurda. Por isso dobraram os valores de ingressos, fazendo com que os estudantes paguem inteira e os trabalhadores que não recorrem às falsificações paguem o dobro.

Para enfrentar essa situação foi construída uma grande frente que reuniu estudantes, artistas, empresários, personalidades políticas e governo, para trazer de volta essa conquista histórica dos estudantes brasileiros através da aprovação do chamado PL da Meia-entrada, de autoria do ex-senador Eduardo Azeredo, relatado pelo deputado paulista Vicente Cândido e agora em tramitação no Senado. Pela lei, todos os estudantes passarão a ter direito a meia-entrada, através da carteira de estudante emitida pela UNE, UBES, ANPG, todas as entidades estaduais, municipais e DCE´s do país. A carteira terá o layout de um lado único para todo o país, e o outro será ocupado pelas entidades locais.

O projeto garante meia-entrada para no mínimo 40% dos lugares nos eventos culturais, esportivos e de lazer. No caso da cidade de São Paulo, onde a lei da meia-entrada é a mais bem sucedida do país, os lugares reservados são 30% do total, e o percentual de estudantes em relação ao conjunto da população é de aproximadamente 31%. A lei, portanto, é justa, garante aos estudantes o direito a meia-entrada de fato e permite a classe artística não ter nesse direito uma ameaça a sua sobrevivência financeira.

Além de acabar com as fraudes, o projeto devolve ao movimento estudantil o seu principal instrumento de financiamento, autonomia e organização.

Foi, aliás, esse o único motivo que levou Paulo Renato, ministro da Educação de FHC, a editar essa medida provisória.

Tentar calar as entidades que foram o maior obstáculo a sua política de sucateamento da educação brasileira e privatização de nossas riquezas.

O tiro saiu pela culatra, pois 12 anos depois da MP, as entidades se mantêm firme e forte, mas o direito a meia-entrada deixou de existir de fato em nosso país.

Recentemente foi aprovado o Estatuto da Juventude, que absorveu a redação deste projeto de lei, e reforçou a nossa  possibilidade de reconquistar a meia-entrada, coroando 12 anos de luta dos estudantes brasileiros contra a MP de Paulo Renato.

 

Por isso defendemos:

• Apoio ao PLS 188/2007, que devolve o direito a meia entrada para os estudantes brasileiros

• Apoio ao Estatuto da Juventude aprovado no Congresso Nacional e sancionado pela presidente Dilma

• Direito de emissão da carteira de meia-entrada pelas entidades estaduais, municipais e DCEs Estudantes, artistas e parlamentares no ato em defesa da meia entrada na Câmara dos Deputados 

Contra os leilões! O petróleo é nosso!

Nas últimas semanas o povo brasileiro foi surpreendido com a retomada dos leilões do petróleo, através da 11ª Rodada.

Ainda que os resultados dessa Rodada tenham sido pífios para quem pretendia entregar quase três centenas de áreas petrolíferas, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou a antecipação de um novo leilão – desta vez, sobre o petróleo do pré-sal, a preciosa província petrolífera que os brasileiros, através da Petrobrás, pesquisaram durante décadas e alcançaram, após um esforço titânico de engenheiros, geólogos, técnicos em geral e trabalhadores da maior e mais popular empresa brasileira.

Há dois meses a ANP anunciou que as reservas de petróleo que pretende entregar no pré-sal atingem 40 bilhões de barris. A presidente Dilma apresentou outra estimativa: “Se você considerar todas as reservas que nós acumulamos desde que a Petrobrás começou a explorar o petróleo no Brasil, daquela época até hoje, nós acumulamos em torno de 14 bilhões de reserva de petróleo equivalente. Este campo de Libra, só ele, que é um dos campos do pré-sal, pode ter entre 8 a 12”.

Recentemente, disse a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard: “Marlim, maior campo produtor do Brasil, tem volume recuperável de dois bilhões de barris. O campo de Roncador tem 2,5 bilhões de barris. A área que será licitada é algo grande, que fala por si só. Equivale a esses dois campos e a muitos outros que existem no país, juntos”.

Sob qualquer estimativa, o que se pretende entregar é o dobro ou mais das reservas atuais do Brasil. O preço internacional do barril de petróleo hoje é de R$ 97 dólares – logo, o que está em jogo são trilhões de dólares.

A questão é: esses recursos vão servir ao país, vão servir para que o Brasil dê um salto em seu desenvolvimento, ou vão ser entregues a multinacionais imperialistas para que elas redobrem sua exploração sobre nós?

O fato é que essa decisão significou uma ruptura com a medida de paralisar os leilões, tomada por Lula em 2008, após a descoberta do pré-sal.

Significou, também, uma mudança em relação ao que foi declarado pela presidente Dilma, durante a campanha eleitoral:

“O principal assessor energético do candidato Serra, David Zylbersztajn, que foi a pessoa que presidiu a Agência Nacional do Petróleo na época do Fernando Henrique Cardoso, agora diz o seguinte: ele é a favor que haja uma privatização, não da Petrobrás, agora é do pré-sal, que o pré-sal seja passado para as empresas privadas internacionais. Eu considero que o pré-sal é uma riqueza do povo brasileiro para garantir que a gente combata a pobreza e crie educação de qualidade. Torno a repetir: o principal assessor para a área energética, de petróleo, do candidato [Serra] levantou que ele é a favor da privatização do pré-sal, ou seja, da exploração do pré-sal ser feita pelas empresas privadas internacionais. Defender a privatização do pré-sal significa tirar dinheiro do país para investir em educação de qualidade, em ciência e tecnologia, meio ambiente, investir em cultura, em saúde e fazer uma política em que o Brasil tenha um passaporte para o futuro. Desde já, eu afirmo a minha posição: é um crime privatizar a Petrobrás ou o pré-sal. Isso seria um crime contra o Brasil. Nós acreditamos que o fortalecimento das nossas empresas é bom para todo o povo brasileiro.”

Por isso, em carta endereçada à presidente Dilma, cinquenta entidades, dentre as quais CUT, CGTB, UNE, MST, AEPET e FUP, escreveram que “defendemos o cancelamento dos leilões, que irão privatizar o petróleo”. Apesar disso, o primeiro leilão já aconteceu, e o segundo, que oferecerá 40 bilhões de barris do Pré-Sal, foi antecipado para outubro.

 

Lei de FHC não vale para o Pré-Sal

Para retomar a privatização do petróleo, o governo usou duas justificativas que não são verdadeiras:

A primeira é a de que só através dos leilões poderia se iniciar a exploração de novos campos, por conta da Lei 9478, editada por FHC.

No entanto, durante o período em que os leilões estiveram suspensos (2008-2012) a perfuração de poços exploratórios aumentou 168,32% em relação aos cinco anos anteriores (cf. ANP, Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – 2012, pág. 71; para 2012, como a ANP não fornece os dados, usamos os números do Relatório de Sustentabilidade 2012 da Petrobras, pág. 66).

Como consequência, em relação a 2007, as reservas totais de petróleo e gás do país aumentaram 47,60% (ou 117% em relação a 2002).

Especificamente em relação ao pré-sal, a lei de Fernando Henrique nada tem a ver com o assunto. A Lei Nº 12.351, de 22/12/2010, aprovada por proposta do presidente Lula, com participação decisiva da então ministra Dilma Rousseff – como lembrou a presidente -, não obriga a que haja leilão algum para que a Petrobrás explore, acrescente novas áreas e extraia petróleo das reservas que descobriu na camada pré-sal.

Este é exatamente o conteúdo do artigo 8º da Lei Nº 12.351, sancionada pelo presidente Lula em dezembro de 2010, conteúdo que é detalhado no artigo 12 da mesma lei: “visando à preservação do interesse nacional e ao atendimento dos demais objetivos da política energética, a Petrobras será contratada diretamente pela União para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção”.

Portanto, só existe leilão no pré-sal quando a intenção for a de passar a exploração e produção no pré-sal para aquelas empresas estrangeiras cuja atividade a presidente Dilma chamou de “privatização do pré-sal” – e que atendem pelo nome de Exxon Mobil, Shell, Chevron, BP, ConocoPhilips e suas fachadas.

Para a Petrobrás, não existe necessidade alguma de perpetrar algum leilão.

Aliás, a lei é clara: só é possível leilão quando o interesse nacional não estiver em jogo. Porém, o que a ANP quer entregar às petroleiras multinacionais é uma área com reservas, no mínimo, duas vezes maiores que os maiores campos em atividades no país.

Como isso é indefensável, criaram uma segunda lenda: a de que a Petrobrás não tem capacidade para extrair todo o petróleo existente no Brasil.

Resta saber para que precisamos extrair todo o petróleo existente no Brasil. Para ficarmos sem petróleo? Para exportarmos esse petróleo bruto para os EUA e outros países centrais resolverem os seus problemas, ou melhor, os problemas dos seus monopólios multinacionais?

Evidentemente, temos que extrair o nosso petróleo de acordo com as nossas necessidades e de acordo com os nossos interesses. Quem argumenta que precisamos extrair todo o petróleo – ou a maior parte dele a curto prazo – é porque quer que ele seja explorado de acordo com necessidades e interesses que não são os nossos – numa palavra, que são contra os nossos.

Além disso, nós temos a companhia pioneira e com maior experiência no mundo na exploração e extração de petróleo em águas profundas – como é o caso do pré-sal. A Petrobrás, que pertence ao povo brasileiro, é a sétima maior empresa do mundo – e a quinta maior empresa de petróleo. Fortalecida pelo presidente Lula, foi capaz de aumentar a produção de petróleo em 41,7% e as reservas em 117% durante o seu governo, gastando na extração apenas metade do custo das multinacionais do cartel petrolífero. Depois de 11 leilões do petróleo – realizados, evidentemente, para beneficiar o cartel petrolífero contra a Petrobrás – a empresa brasileira produz 97% do petróleo extraído de nossas reservas.

Sobre a suposta falta de recursos da Petrobrás, bastaria mencionar os US$ 11 bilhões que ela acaba de captar no exterior para ter condições de continuar a investir no país.

A Petrobrás tem um plano de investimentos de 484 bilhões de reais (US$ 236,7 bilhões) em quatro anos (2007-2010), somando todos os investimentos orçamentários do governo federal, Estados e municípios, mais todos os investimentos privados das obras do programa.

No plano da Petrobrás, se propõe a formação e contratação de 1 milhão de técnicos na área de petróleo e gás, dentre os quais, 200 mil engenheiros. Além da construção de refinarias, portos, navios e centros de pesquisa. Com esses investimentos, as milhares de empresas da cadeia do petróleo, que empregam milhões de trabalhadores, e hoje representam 10% do PIB brasileiro, dobrarão o seu peso até 2010.

 

Defender a Petrobrás é defender o Brasil

Não por acaso, as pessoas associam a defesa do pré-sal com a defesa da Petrobrás. Pois o sentido da existência da Petrobrás é a defesa do nosso petróleo, de mantê-lo sob controle nacional – em suma, a Petrobrás existe como pilar da independência do país.

Nos últimos anos a Petrobrás já mostrou a sua capacidade de multiplicar as nossas reservas e a produção de petróleo. Está investindo mais do que qualquer outra empresa do mundo para aumentar ainda mais essa condição.

Qual a lógica, então, de se entregar uma descoberta como o pré-sal – e uma área com reservas superiores às que o país tem atualmente – às multinacionais?

À exceção da traição nacional, a única justificativa seria um pensamento profundamente colonizado, intimidado, tacanho e vira-lata, sintonizado com a campanha reacionária de que o Brasil não tem capacidade de ter indústrias fortes, de dominar tecnologia de ponta e de ter empresas capazes de controlar setores estratégicos da nossa economia, como o das telecomunicações, portos, petróleo e etc. Para esse pensamento, tantas vezes criticado por Lula, apenas o capital estrangeiro é capaz de desenvolver esses setores – talvez porque quem pensa assim nos veja também como racionalmente inferiores…

Pois, se a explicação para tal raciocínio não for a genética ou a raça, que outra explicação haverá?

Justamente, a Petrobrás é o exemplo vivo do contrário. Afinal, na indústria do petróleo, que é a mais significativa, disputada e complexa, o Estado brasileiro foi capaz de construir a empresa que se consolidou como a mais competente do mundo. Assim como construiu a Embraer, a Vale do Rio Doce, a Telebrás e tantas outras, sabotadas e entregues ao capital estrangeiro.

A Petrobrás é o coração do Projeto Nacional de Desenvolvimento brasileiro. Nossa maior empresa, no setor mais estratégico e complexo da economia, com a maior capacidade de gerar riqueza e ditar o ritmo e a qualidade do nosso crescimento econômico. É impossível lutar pela soberania, independência e desenvolvimento do Brasil sem lutar pela Petrobrás e pela defesa do nosso petróleo. Em especial das suas maiores reservas, aquelas da camada pré-sal.

 

A UNE tem lado: o lado do Brasil e da Petrobrás

A UNE já tem uma posição há mais de meio século: aquela sintetizada pela frase “O Petróleo é Nosso!”. A UNE tem lado: o lado do Brasil e da Petrobrás.

De todas as lutas travadas pela UNE, nenhuma sintetiza tão bem os seus 75 anos de história como a do “Petróleo é Nosso”. Lançada em 1947, rapidamente saiu das universidades para se espalhar por todo o país, contribuindo para a criação da Petrobrás por Getúlio Vargas seis anos mais tarde. A palavra de ordem o Petróleo é Nosso passou a ser sinônimo de soberania, nacionalismo, coragem e desenvolvimento. Nesta campanha, a UNE passou a ter o reconhecimento de todo o povo brasileiro como uma entidade que lutava não só pela educação, mas pela libertação e independência do Brasil.

E essa luta do Petróleo é Nosso está sendo travado neste exato momento. O congresso da UNE terá a responsabilidade histórica de dar a resposta à tentativa de entregar 40 bilhões de barris às multinacionais em outubro deste ano. Um crime maior do que a privatização das Teles e da Vale do Rio Doce.

Por isso o movimento Mutirão defende neste 53º congresso da UNE, que a luta central de todos os estudantes brasileiros seja barrar o leilão do Pré-Sal marcado para outubro. Vamos ocupar as ruas de todo o país, e seremos milhões gritando o Petróleo é Nosso. A UNE honrará a sua história, e mais uma vez estará na linha de frente da luta em defesa da soberania do Brasil sobre as suas riquezas.

Solicite a Carteirinha da UMES e obtenha descontos

 

Os estudantes podem solicitar a Carteirinha da UMES/Bilhete Único do Estudante de 2013. Com ela, os estudantes têm o benefício de pagar MEIA-TARIFA em ônibus, Metrô e CPTM, e MEIA-ENTRADA em cinema, teatros, shows, estádios, entre outros eventos culturais na capital paulista, garantido através da lei municipal 13.715/04 e lei estadual 7.844/92. Com a Carteirinha, é possível muito mais economia para você e sua família.

Portanto, não perca tempo e solicite já a sua Carteirinha da UMES/SPTrans no valor de R$ 39,00. Ou, se não precisar do transporte, solicite apenas a Carteirinha da UMES para meia-entrada, no valor de R$ 25,00.

Para solicitar a sua Carteirinha 2013 basta que sua escola cadastre seus dados atualizados no sistema SPTrans para que, então, você possa ir a um dos postos da SPTrans ou da UMES (Sede Central ou Posto Vergueiro), munido de uma foto 3×4 (caso não possua o cartão do ano passado), o RG e R$ 39,00. Pronto! Sua carteirinha chegará na sua escola. Caso esteja reaproveitando o cartão, o crédito poderá ser inserido.

 

CURSOS DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNICO

Os alunos de cursos de educação profissional de níveis básico (idiomas, informática, cursos em geral) e técnico também podem obter o benefício da MEIA-ENTRADA.

Para isso, basta levar o comprovante de matrícula, uma foto 3×4, cópia do RG e a taxa de R$ 25 a uma das sedes da UMES. A sua carteirinha fica pronta na hora!

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CONTATO

 

MEIA-ENTRADA NA COPA DAS CONFEDERAÇÕES E COPA 2014 É COM A CARTEIRINHA DA UMES!

Assembleia aprovou o fim da greve

Professores encerram greve após negociação e mantêm mobilização por aumento

Assembleia aprovou o fim da greveDepois da assembleia realizada na última sexta-feira, 10, os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram suspender a greve, iniciada em 22 de abril. A categoria considera que a mobilização trouxe importantes conquistas e ressalta que manterá a pressão sobre o governo estadual para garantir mais direitos e aumento salarial.

De acordo com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), entre as principais conquistas da campanha está a criação de uma comissão para discutir novos reajustes e a implantação da jornada do piso (no mínimo 1/3 da jornada para atividades extraclasse). Além disso, ressalta a conquista de benefícios aos professores temporários, como o fim das provas aplicadas aos professores das chamadas “categoria F” e “categoria O”; diminuição da quarentena de 200 para 40 dias – tempo que os professores da “categoria O” não podem ser admitidos; direito de atendimento médico pelo IAMSPE aos professores da “categoria O”; concurso público no segundo semestre para professores PEB II e compromisso de não privatizar o IAMPSE (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual).

Após a assembleia aprovar a suspensão da greve, um grupo se manifestou insatisfeito com o resultado e reagiu com violência atirando garrafas e outros objetos sobre o carro de som. O ato levou a polícia a reagir e dispersar o grupo. Não houve feridos.

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