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1° Grito em defesa da educação contra a desestruturação

 

Milhares de estudantes e professores ocuparam o vão Livre do MASP contra a desestruturação de Alckmin. O Grito pela Educação Pública rechaçou a proposta do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de fechar 94 escolas e redistribuir milhares de estudantes devido a divisão das escolas em ciclos – fundamental I, II e ensino médio.

 

Após realizado o ato no vão livre do Masp, nesta quinta (29), a manifestação marchou até a Praça da República, pela Avenida Paulista e Rua da Consolação, rumo a Secretaria Estadual da Educação. Tanto professores quanto estudantes carregavam cartazes e faixas contra a desestruturação, bem como cantavam palavras de ordem defendendo as escolas e a educação pública, gratuita e de qualidade.

 

 

“O que está acontecendo é um crime. Um crime contra os estudantes e contra o povo, porque em muitos lugares estas escolas são o único aparelho público destas regiões” afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, durante sua intervenção. “E o governo quer enterrar a educação com essa proposta. Quem quer melhorar a educação não fecha escola ou demite professor. Se a Secretaria de Educação realmente tivesse a intenção de melhorar a educação seguiria a receita da UMES: reduzir para 25 o número de alunos por sala, contratar mais professores, criar laboratórios de física, biologia e química”.

 

Kauê também convidou a todos para o ato do dia 6 de novembro, no MASP, contra a desestruturação e os cortes de Dilma na educação. “Dia seis estaremos na Avenida Paulista, para mais uma vez exigir explicações do secretário na Praça da República junto com os estudantes”. Por fim Kauê afirmou que o crime de fechar escolas não vai ser aceito pelos estudantes e pela sociedade.

 

"Queremos melhorias reais na escola pública. Valorização dos docentes, redução do número de alunos por sala, estrutura para realizar as atividades. Queremos discutir e transformar a educação paulista" afirmou a presidente da APEOESP, Maria Izabel de Azevedo Noronha (Bebel), destacando que a desestruturação nada tem de pedagógica. Para ela trata-se de uma covarde redução de gastos educação no estado, ou seja, sobre a juventude.

 

Bebel afirmou que a desestruturação do ensino infligida por Alckmin deve fechar no mínimo 163 unidades no estado, contestando o informação anunciada pelo governo, que nesta terça-feira (27) divulgou uma lista onde 94 escolas serão fechadas.

 

No dia 5 de novembro os professores decidiram ocupar as Diretorias de Ensino contra a desestruturação, e no dia 10 vão organizar uma manifestação no Palácio dos Bandeirantes, a sede do governo de Alckmin, na tentativa de pressionar para que ele desista dessa barbaridade. Os docentes também aprovaram o boicote ao Saresp, exame que avalia a qualidade do ensino, como forma de repudiar a medida.

 

Participaram do primeiro Grito contra a desestruturação diversos movimentos sociais como a MTST, a UPES, CUT.

 

 

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