20 de outubro: ocupar a Paulista contra os juros de Dilma

Foto: Marcha dos estudantes contra os juros na Avenida Paulista (1-9-15)

 

“Neste momento vivemos em São Paulo as consequências de um projeto de destruição da educação. Tudo isso tem a ver com o ajuste neoliberal de Dilma contra o povo e contra o nosso país. Por isso nesta terça (20) os estudantes vão ocupar a Avenida Paulista contra os juros altos de Dilma, que colocaram o Brasil em crise, abrindo espaço para barbaridades como a ‘desestruturação’ de Alckmin para desorganizar ainda mais nossas escolas”, afirmou Marcos Kauê, ao convocar os estudantes de São Paulo para a manifestação contra os juros altos do governo federal, às 8 horas em frente ao Banco Central na Paulista.

 

A manifestação esta sendo organizada pela UMES em conjunto com diversas centrais sindicais, como a Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), diversos sindicatos e entidades dos movimentos sociais.

 

Desde as eleições Dilma subiu os juros sete vezes consecutivas, para 14,25%, após dizer que seus concorrentes eleitorais é que elevariam os juros e cortariam direitos sociais e trabalhistas. O seu estelionato eleitoral está custando alto ao povo brasileiro, que já viu mais de R$ 338 bilhões e 326 milhões serem roubados, até agosto, tudo para enriquecer ainda mais os banqueiros e rentistas, principalmente internacionais. Por outro lado, para garantir a felicidade dos bancos o povo sofre desde o início do ano com cortes superiores a mais de R$ 79 bilhões na educação, saúde e diversos direitos. Na educação estes cortes já superam os R$ 10,4 bilhões e basicamente paralisaram as universidades federais, deixando algumas sem recursos até mesmo para pagar água ou luz. E os trabalhadores viram direitos como o seguro desemprego e até mesmo a pensão das viúvas serem cortados.

 

O pagamento de juros fez com que até agosto os desempregados somassem mais de 1,9 milhão, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através de sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de agosto, pesquisa que considera penas aqueles que estavam procurando trabalho no período, e não o número total de desempregados. É uma situação muito grave, e é impossível não relaciona-la ao caos que estamos vivendo em São Paulo com esse absurdo projeto de desorganização das escolas do governo Alckmin, assim como vimos há alguns meses, quando o ajuste neoliberal de Dilma permitiu a redução da maioridade penal de Cunha.

 

Confirme sua presença para a manifestação do dia 23 contra a “desestruturação”

 

“Ir pra rua contra os juros é a melhor forma de garantir investimento público. Precisamos provar que essa história da Dilma de que não tem dinheiro para as necessidades do povo é mentira”, concluiu Kauê.

 

O “ajuste” de Dilma possui apenas um objetivo: aumentar os ganhos dos bancos. Para isso Dilma tira do setor público e do setor produtivo para transferir recursos ao setor financeiro que nada produz à sociedade, e a consequência é a redução salarial e os massivos cortes em nossos direitos, o que de forma alguma pode fazer a economia do país voltar a crescer.

 

A taxa básica de juros (Selic) no patamar de 14,25%, significa juros reais (descontada a inflação) em torno de 5%, o que coloca o Brasil no patamar do país com a maior taxa de juros do mundo. A média internacional é de -0,7%.

 

Até o final do ano o Brasil deve pagar ao menos R$ 450 bilhões em juros, valor superior a previsão da arrecadação de impostos do governo federal (R$ 444,231 bilhões).

 

Concentração: 8 horas na Avenida Paulista, n° 1.804, em frente à sede do Banco Central

 

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