4º ato contra o aumento da passagem

Manifestação na Av. Paulista em direção a prefeitura (Foto: MPL)

 

“Pela quarta vez saímos em manifestação contra o aumento da tarifa e vamos continuar na rua porque este aumento da passagem não justo”, afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, sobre o 4º ato conjunto contra o aumento da passagem. Para ele trata-se de um aumento acima da inflação que não será aceito pela juventude e pela população da cidade. “Os empresários querem ganhar mais sem investir ou melhorar o nosso transporte, e junto com os governos estadual e municipal estão repassando a conta para o usuário, para a população e para cada um de nós”.

 

“Desde 2013 ficou muito claro que aumentar a passagem não é uma medida vista com bons olhos pela população. Porém, agora a situação é muito pior, estamos passando por uma das piores recessões que o país já enfrentou, com milhões de desempregados. Um aumento nessa conjuntura só vai tornar a nossa vida mais difícil. E pra que? O que vai melhorar no transporte, para onde vai esse dinheiro” afirmou Kauê, que explicou que de 2013 para cá a passagem subiu de R$ 3,00 para R$ 3,80, um aumento de 27% enquanto a inflação acumulada no período foi de 17,76%.

 

 

A concentração da manifestação teve início às 17 horas, reunindo milhares de pessoas entre o cruzamento da Avenida Faria Lima com a Avenida Rebouças (zona Oeste da capital). Após mais de uma hora de concentração a manifestação se dividiu em duas marchas: uma em direção ao Palácio dos Bandeirantes (zona sul) e outra em direção ao prédio da prefeitura (centro). Outras duas marchas foram organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-teto (MTST), um deles em Itaquera (zona Leste) e outro no metrô Capão Redondo. Ao todo mais de 12 mil pessoas participaram da manifestação.

 

Ao discorrer sobre a participação do MTST nas manifestações contra o aumento, Agnes Caroline, uma das coordenadoras do movimento, comentou que o “aumento da tarifa é menos comida no nosso prato, menos comida na geladeira. É por isso que a periferia está nas ruas, não queremos esse aumento”. Ela também criticou a violência policial contra as pessoas que lutam por seus direitos. Participaram da manifestação diversas entidades sociais como a UNE, UBES e UPES. Para o MPL “cada vez que aumenta a tarifa, mais pessoas deixam de usar o transporte público” afirmou Erica Oliveira, criticando os altos lucros das empresas de ônibus.

 

Manifestantes em direção ao Palácio dos Bandeirantes

 

Ainda para a UMES “nesse momento de crise que vivemos devido às políticas do governo federal, o que precisamos é de políticas que acolham o povo brasileiro e não que o excluam os seus direitos”, afirmou Kauê. “Por isso vencemos a truculência da polícia e da Secretaria de Segurança Pública que queriam ver o fim de nossas manifestações contra o aumento. E com isso a cada dia ganhamos mais apoio da população. Nesta manifestação a policia foi obrigada a conter sua truculência e tudo correu bem e manifestamos nossa indignação contra esse aumento abusivo porque queremos apenas cobrar do estado à revogação do aumente da tarifa”.

 

A próxima manifestação será amanhã (quinta, 21 de janeiro) no Terminal Parque Dom Pedro II, com concentração a partir das às 17 horas.

 

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