8 de março, Dia Internacional de luta das mulheres!
A UMES-SP saúda e parabeniza todas as mulheres pelo seu dia Internacional de lutas pela emancipação feminina. Esse dia não só se dá em memória a todas que deram suas vidas pela conquista de direitos, que unidas deram início a uma grande greve operária em meados de 1917 em repúdio as condições cruéis que viviam a população Russa durante o governo do Czar Nicollau II, mas também por todas que prosseguiram na luta com o passar dos anos e a todas que não desistiram, e não desistem, de lutar contra os retrocessos advindos de sociedades patriarcais.
A conquista do voto e o movimento sufragista abriu espaço para grandes vitórias. No Brasil, durante o Governo do Presidente Getúlio Vargas em 1932 as mulheres conquistaram o direito de votar e ser votada. Depois de muito lutar, participar ativamente da construção de uma sociedade mais justa e igualitária não é mais um crime ou algo proibido: é Direito .
Foi com muito afinco também que o direito a educação e aos estudos se tornou realidade.
Antes, em conventos, aprendendo o mínimo, ideologias cristãs e a serem “boas donas de casa”. Hoje obtendo papel de grande destaque nas escolas e nas grandes universidades do país, ocupando cada vez mais esses espaços que eram majoritariamente masculinos. Não é atoa que no Enem 2018, das 55 redações nota 1000, 42 eram de mulheres.
E não é atoa, que um dos principais planos de Bolsonaro e Ricardo Valéz (Ministro da Educação) é acabar com o que resta da educação pública brasileira, defendendo a aprovação de uma escola anti-democrática com o projeto escola sem partido. Quando o mesmo diz que a “Universidade precisa ser garantida a uma elite intelectual” ou mesmo que o “hino precisa ser entoado pelos estudantes com o Slogan de seu governo no final e tudo isso gravado”, só nos garante que esse projeto é de uma escola só com o partido deles e com sua ideologia em sala de aula, negando a discussão cultural, étnica, racial, de gênero e educação sexual que influencia diretamente na adolescência de nossas meninas e meninos.
É notório, que nós mulheres já conquistamos muito, mas, sem dúvida alguma ainda temos muito a conquistar, e em especial quando se trata de Brasil e do seu atual desgoverno.
A ministra Damares Alves (Mulher, Família e direitos Humanos) sempre expõe ideias esdrúxulas quando se trata de nós mulheres, e não é novidade, pois age exatamente como toda cúpula de Bolsonaro; (Sem pensar, sem estudar e da maneira mais individual possível).
Por isso não podemos nos deixar enganar com suas falácias!
A Reforma da Previdência vem, e vem pior que a de Temer. Aumentar em mais 20 anos o tempo de contribuição é a certeza que a população pobre, periférica e nós mulheres que muitas vezes vivemos uma dupla ou até tripla jornada morreremos sem nos aposentar; por isso exigimos: Parem de mentir para a população Brasileira; os números mostram que não há déficit na previdência, muito pelo contrário, há um superávit e bilhões em dividas não pagas geradas por grandes bancos e empresas. É necessário entender que é um desrespeito, principalmente a mulher que vai ser a principal atingida com essas mudanças, Previdência social é garantia de direitos essenciais como saúde, educação e assistência social.
Considerando a dupla jornada, se aposentar com 62 anos, sem hospitais de qualidade para atendimento, sem educação de qualidade desde o maternal até a Universidade, e com uma PEC que congela os gastos públicos durante vinte anos é jogar nós mulheres a bera do abismo e dificultar ainda mais nossa emancipação.
Por isso, esse último período precisamos nos organizar e nos unir contra todos ataques ao povo brasileiro, com unidade e o entendimento de que somente unidas, alinhadas e enfrentando com sabedoria todas as nossas divergências políticas conseguiremos enfrentar essa corja anti-democratica que se instaura no poder atualmente. Vamos juntas e juntos derrotar o escola sem partido, a reforma da previdência e todos os retrocessos apresentados.
Bolsonaro e todos os seus aliados irão cair, e vai ser pelos braços de quem constroi essa nação, e nós mulheres antes de tudo, precisamos ser linha de frente.
Feliz dia das mulheres
À Luta!
Sabrina Feitosa – Diretora de Mulheres UMES-SP
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