Professores das universidades federais fazem greve dia 10
Docentes das Instituições Federais de Ensino Superior reivindicam aumento real de salário e melhores condições de ensino
Os Professores das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) realizam no próximo dia 10 uma paralisação nacional da categoria, que fará vigília durante a audiência entre o ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e a Secretaria Executiva de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC). A decisão foi tomada durante assembléia realizada nos dias 29 e 30 e será em conjunto com a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras) – atualmente em greve, e o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) – com greve marcada para iniciar no dia 21.
Além da paralisação, o ANDES-SN também deliberou um extenso calendário de mobilizações que dura até maio, em conjunto com outros servidores federais. As datas foram definidas pelas entidades que compõem o Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF). No dia 8, aconteceram atos nos estados, pautando as reivindicações unificadas dos SPF.
Os professores foram responsáveis por uma enorme greve em 2012, a maior realizada pelo setor até hoje. Na ocasião conquistaram o mesmo acordo que todos os demais servidores federais; 15% divididos em três anos. Os docentes também reivindicam que o aumento previsto para o ano que vem seja incorporado ao deste ano, visando um reajuste que represente algum aumento real. O previsto não cobre sequer a inflação do período, em 5,9%.
De acordo com Marina Barbosa Pinto, 1º secretária do ANDES-SN e da coordenação do Setor das Ifes, “consideramos também a mobilização conjunta com os demais servidores federais e específica do setor da educação federal, que já tem uma greve em curso iniciada pela Fasubra e outra deliberada para o dia 21 de abril, dos companheiros do Sinasefe, que estiveram presentes na reunião e trouxeram relatos da mobilização nas suas bases. Além disso, foram destacados os resultados que a implantação do projeto de carreira do governo trouxe para a realidade dos professores, consolidando a desestruturação da carreira – o que já era previsto pelo movimento desde 2012 quando a proposta foi amplamente rejeitada pela categoria. Avaliamos ainda o aprofundamento da precarização das condições de trabalho nas IFE”.
Até agora, o governo se negou a negociar com os docentes. A categoria participou das duas manifestações em Brasília, e os servidores técnico-administrativos das universidades federais estão em greve desde 17 de março. No entanto, o Ministério do Planejamento não deu resposta aos funcionários, bem como o Ministério da Educação (MEC) não o faz com os professores. Foram duas reuniões e há mais uma marcada para o dia da paralisação nacional.
Em nota publicada recentemente, o MEC deixou claro que não tem intenção de negociar, classificando o acordo assinado pela Fasubra – o mesmo que receberam os demais servidores – como “o segundo melhor firmado por uma categoria com o governo federal”.
Faz parte da pauta de reivindicações ainda a fixação da data-base em 1º de maio; incorporação de todas as gratificações ao vencimento, assegurando isonomia salarial; piso remuneratório no valor de R$ 2.748,22 para 20h por semana, correspondente ao salário-mínimo do DIEESE em 1º de janeiro de 2014; interstício de 5% entre os níveis da carreira; remuneração integral e isonômica dos integrantes de mesmo nível da carreira; dentre outros.
Há uma reunião apontada para os dias 26 e 27 de abril, quando os docentes irão decidir se haverá greve nacional das IFES em 2014.
Fonte: Hora do Povo
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