Cinemateca apresenta mostra que comemora os 90 anos do Mosfilm
Entre os dias 13 e 19 de novembro, a Cinemateca Brasileira apresenta a mostra "Mosfilm – 90 Anos" composta por 10 filmes representativos de diversos períodos do cinema soviético e pós-soviético.
Criado em 1924, o Mosfilm é não só o mais antigo, como também o maior estúdio de cinema da Europa. Tem em seu acervo mais de 2500 produções e é dirigido, desde 1998, por Karen Shakhnazarov, cineasta de obra sólida e criativa.
O Centro Popular de Cultura da UMES, que participa da curadoria da mostra, informa que dos 10 filmes selecionados nenhum foi exibido em cinema ou televisão, no Brasil, e só dois podem ser encontrados em DVD.
Tigre Branco
Karen Shakhnazarov (2012)
Shakhnazarov mescla filosofia e mistério nesta batalha entre o tanquista Naydenov e um “tanque fantasma” alemão, nos dias finais da 2ª. Guerra Mundial. Recebeu indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
A Linha Geral
Sergei Eisenstein (1929)
O mais aclamado dos cineastas soviéticos toma como pano de fundo a coletivização da agricultura para contar como a chegada de uma desnatadeira e um trator podem modificar antigos e tradicionais padrões de pensamento.
Lenin em Outubro
Mikhail Romm (1938)
Dez anos depois do "Outubro", de Eisenstein, onde o protagonista são as massas trabalhadoras, Romm aceita o desafio de individualizar e dar vida à figura de Lenin.
Às Seis da Tarde Depois da Guerra
Ivan Pyriev (1944)
Musical sobre a saga de dois amantes que, separados pela guerra, prometem reencontrar-se no Dia da Vitória. De 1929 a 1969, Pyriev dirigiu 18 filmes, entre os quais "Cartão do Partido" (1936), "Tratoristas" (1939), "Cossacos de Kuban" (1949).
Primavera
Griori Aleksandrov (1947)
Quarta comédia musical estrelada por Liubov Orlova sob a direção de Aleksandrov, cineasta que assina com Eisenstein os roteiros de "A Greve" (1925), "Outubro" (1928), "Linha Geral" (1929), "Que Viva México" (1932). A história se passa nos primeiros anos da reconstrução da URSS, após a 2a. Guerra Mundial.
O Retorno de Vasili Bortnikov
Vselvolod Pudovkin (1952)
Dado como desaparecido na guerra, Vasili Bortnikov regressa ao lar e encontra a mulher casada com outro. Último filme do lendário diretor dos clássicos "Mãe" (1926) e "Tempestade Sobre a Ásia" (1928).
Fascismo Ordinário
Mikhail Romm (1965)
Narrado pelo próprio diretor, que pôs a alma nesse projeto repleto de inovações formais, "Fascismo Ordinário" é, ainda hoje, considerado por muitos como o mais profundo, completo e impactante documentário produzido sobre o tema.
As 12 Cadeiras
Leonid Gaidai (1971)
Na Rússia Soviética, ex-aristocrata procura os diamantes escondidos pela sogra – baseado no romance de Ilia Ilf e Evgueni Petrov. Campeãs de bilheteria, as comédias de Gaidai venderam mais de 600 milhões de ingressos na URSS.
A Mãe
Gleb Panfilov (1989)
Egresso do VGIK, onde também se formaram Klimov, Tarkovsky, Chukhrai e outros expoentes da sua geração, Panfilov realiza, após Pudovkin (1926), Leonid Liukov (1941) e Mark Donskói (1956), a quarta filmagem do célebre romance de Maxim Gorki.
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