MEC atrasou pagamento de bolsas de pesquisa da Capes em mais de 60 dias

Alunos de pós-graduação que recebem a já miserável bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) estão com as bolsas de estudo atrasadas.

 

Muitos dos pesquisadores, que tem dedicação exclusiva, ficaram desde o mês de novembro sem seus pagamentos, que atualmente estão em R$ 1500,00 para mestrado e R$ 2200 para doutorado. Semana passada, o MEC afirmou que iniciou a normalização dos pagamentos. Entretanto, estudantes afirmam que ainda não receberam o conjunto dos atrasados.

Na última terça-feira (13) algumas bolsas começaram a ser regularizadas. A CAPES se pronunciou, informando que “o pagamento das bolsas de estudo relativo ao mês de dezembro foi realizado hoje (09/01) e que os valores serão creditados nas contas dos bolsistas dentro dos prazos de compensação bancária”. Ainda fica faltando as bolsas relativas a janeiro e, em alguns casos, as de novembro.

Desde o ano passado, pesquisadores têm reclamado do atraso do pagamento e relatando também que estão com dificuldade para pagar as contas. O desespero dos pesquisadores se dá, principalmente, pelo contrato de exclusividade, o que não os permite criar qualquer tipo de vínculo empregatício.

Na terça-feira, os pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizaram protesto pelo pagamento das bolsas.

As pesquisas realizadas pelos alunos da pós-graduação, representam 80% dos projetos da Fiocruz. Estas pesquisas estão paradas, e o atraso do pagamento já chega a 60 dias.

Quase 4 mil pessoas assinaram uma petição online a fim de solicitar a regularização do pagamento das bolsas de estudo. No Facebook, mais de 14 mil internautas confirmaram presença em um evento nomeado de “Círculo de oração para que a bolsa caia”.

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