Arrocho de verbas do governo fecha o Museu Nacional, o mais antigo do país
O Museu Nacional, mais antiga instituição científica do Brasil e o maior museu de história natural e antropológica da América Latina, fechou as portas na última segunda-feira (12). Graças à “política de austeridade fiscal”, do governo federal, o museu ficou sem verba para o pagamento dos serviços de limpeza e vigilância.
“Impotente diante do que parece ser uma total insensibilidade da chamada “política de austeridade” diante das necessidades básicas de nossa Universidade [a UFRJ, responsável pelo museu] e, neste caso, do Museu Nacional, só nos resta esclarecer a comunidade universitária e a sociedade sobre a realidade que explica a suspensão das visitas, e vir a público para solicitar o apoio da sociedade e buscar sensibilizar as autoridades governamentais”, afirma o comunicado da direção do museu, sobre o fechamento.
“Naquela que deveria ser a “Pátria Educadora”, conforme promessa da Presidente Dilma Rousseff em sua posse, a UFRJ não tem recebido os recursos que lhe cabem, inclusive para pagamento das empresas que prestam serviços de limpeza e portaria ao Museu Nacional”, ressalta a nota.
A situação é grave. Segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), as verbas para custeio foram cortadas em 20% já em 2014. Nesta quarta-feira (14), a reitoria da UFRJ, comunicou que o governo pagou R$ 8 milhões para as despesas. “Esses recursos correspondem à liberação para execução parcial de 1/18 do Orçamento Anual UFRJ/2015”, explica a UFRJ.
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