Inezita Barroso dedicou a sua vida à música brasileira de raiz
Inezita Barroso faleceu no último domingo (8). Aos 90 anos, a cantora e apresentadora estava internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo desde 19 de fevereiro. Ela deixa uma filha, Marta Barroso, três netas e cinco bisnetos.
Inezita é reconhecida como a principal disseminadora da musica caipira no país, sendo uma das principais interpretes do ritmo no Brasil. Fez carreira no rádio e na televisão, além do cinema e teatro, onde atuou e produziu espetáculos musicais. Apresentou durante os últimos 35 anos o tradicional programa “Viola, Minha Viola” na TV Cultura, onde sempre fez questão de levar os representantes da música caipira de todos os rincões deste país.
Junto a Gravadora CPC-UMES Inezita gravou o CD Sou Mais Brasil, do produtor Synésio Gimenez Jr. que reuniu alguns dos mais expressivos músicos, aqueles que estiveram presentes em vários momentos da trajetória de Inezita: assim, temos Théo de Barros (que divide com ela um emocionante “Cuitelinho”), o violeiro Roberto Correa (em “Viola Enluarada”), Paulinho Nogueira (“Procissão de Sexta-feira Santa”), Natan Marques (“A Saudade Mata a Gente”, “Pingo D’Água” e “Ave Maria”), Robertinho do Acordeon e Roberto Sion (“Ave Maria”), Toninho Ferraguti (“No Bom de Baile”), Caçulinha (“Pingo D’Água), Tião do Carro (“ Meu Casório”), Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí (“Lampião de Gás”), além de Cézar do Acordeon e seu Regional.
Acesse os links para ouvir: Lampião de Gás e Moda da Pinga.
Ela nasceu na Barra Funda, capital paulista, em 4 de março de 1925, Ignez Magdalena Aranha de Lima foi cantora, instrumentista, violonista, violeira, arranjadora, folclorista, atriz, formada em Biblioteconomia pela USP, professora doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa. Em novembro de 2014, ela foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras.
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