UMES paralisa escolas estaduais por educação pública de qualidade

 

“É papel dos estudantes se organizarem por uma educação pública de qualidade, e nós estamos juntos com os professores em greve por essa luta e por melhores salários”, afirmou Marcos Kauê, presidente da UMES, durante sua intervenção na paralisação da escola estadual Brasílio Machado.

 

A paralisação dos estudantes nesta sexta-feira (20) se dividiu em duas manifestações, uma na zona leste e outra no centro, que ocorreram simultaneamente, enquanto os professores estavam em assembleia de greve na Paulista. Com muita animação e indignação os estudantes contaram a historia de abandono de suas escolas e cantaram diversas palavras de ordem, como “o professor é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, indicando a falta de dialogo do governo para atender as exigências dos professores. Outra palavra de ordem muito cantada combatia os cortes na educação: “é ou não é, piada de salão, tem dinheiro pra banqueiro mas não tem pra educação”.  

 

A manifestação organizada na região central pelo presidente da UMES, Marcos Kauê, paralisou os estudantes da escola estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana. A paralisação foi iniciada as 7 horas da manhã, enquanto os estudantes organizaram sua assembleia. Após a assembleia os estudantes foram em marcha para a Diretoria Estadual de Ensino da região centro-sul, e se reuniram com a Dirigente Regional de Ensino, Maria Isabel Faria, para exigir educação de qualidade e melhores salários para os professores.  

 

“Atualmente a situação é muito grave, e mesmo as escolas estando totalmente abandonadas, os professores com salários de fome, o governador Geraldo Alckmin cortou R$ 470 milhões da educação no estado”, disse Kauê. No nosso estado 59% dos professores aderiam a greve.

 

Na zona leste a paralisação foi organizada pelo diretor da UMES, Caio Guilherme, que reuniu as escolas Vital Fogaça, Barão de Ramalho, Padre Antão, Caetano Miele e Nossa Sra. da Penha no terminal Penha, próximo ao mercadão.

 

 

“A manifestação foi positiva, tivemos uma média de 130 alunos completamente indignados com a situação da educação no Estado. Eles cantaram palavras de ordem, alguns contaram no microfone o acontece em suas escolas, e a ideia é continuar, não podemos parar até o governo olhar pra situação da escola pública e dar as devidas condições que os alunos e professores merecem”, afirmou Caio.

 

A paralisação foi organizada durante a semana passada junto aos grêmios e lideranças das escolas denunciando o total abandono da educação nas escolas estaduais da cidade de São Paulo.

 

“Os estudantes e seus pais estão indignados com as salas superlotadas e sem professores, com vazamentos e até mesmo rachaduras”, conta Kauê afirmando que “algumas dessas escolas não têm material para prática de educação física, ou até mesmo papel higiênico nos banheiros”.

 

A UMES realizará novas paralizações nesta quinta-feira, e organizará uma minifestação em frente a Secretaria Estadual de Educação.

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