Professores mantém greve e exigem que governo abra negociação
Sessenta mil professores ocuparam a Avenida Paulista, nesta sexta-feira (17), exigindo a abertura das negociações junto ao Governo do Estado. Os professores denunciam a defasagem salarial de 75,33% e reivindicam a reposição das perdas, o fim da superlotação das salas de aula, contratação de professores temporários com garantia de direitos e aumento do vale alimentação e transporte, entre outras reivindicações.
Durante a assembleia realizada no vão-livre do MASP foi aprovado a continuidade da greve e o calendário de mobilizações para esta semana, com a convocação de uma assembleia na sexta-feira (24), às 14 horas, no vão-livre do MASP, na avenida Paulista.
Para o presidente da UMES, Marcos Kauê, “a greve é importante para denunciar o descaso com a educação pública, um total desrespeito com os estudantes, professores, famílias e com a sociedade em geral. Nossas escolas públicas estão completamente largadas as traças, nossos professores são desvalorizados e recebem salários miseráveis”. Ele acrescenta que “as salas estão superlotadas, chegando até 50 alunos por classe em alguns casos”. Para Kauê as escolas são arcaicas e não são interessantes para os estudantes, “elas continuam iguais a 40 anos atrás”.
Após a assembleia, os professores saíram em passeata pela avenida 23 de Maio, até a Praça da República, onde realizaram um Ato Unificado do Funcionalismo. Para a presidenta da Apeoesp, Bebel, “o descontentamento dos servidores de diferentes categorias mostra que a situação é um problema que envolve não só os trabalhadores, mas a população. Queremos valorização, afinal, nós prestamos serviços à sociedade, que tem por direito um serviço público de qualidade”.
Após uma audiência pública na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na quarta-feira (15) para discutir a greve da categoria, os professores ocuparam a Alesp por 24 horas, e conquistaram o compromisso do presidente da Casa, Fernado Capez, na intermediação das negociações junto ao governador Geraldo Alckmin. Capez também se comprometeu em debater as reivindicações dos professores em uma nova audiência pública na Alesp, nesta quarta-feira (22), no plenário Juscelino Kubitschek. O compromisso do presidente da Assembleia é de convocar o secretário da Educação para comparecer àquela Casa, caso as negociações não avancem.
Na próxima quinta-feira (23) às 11 horas a diretoria da Apeoesp se reunirá com o Secretário da Educação para discutir os pontos da pauta de reivindicação. Durante a reunião da diretoria da Apeoesp com o Secretário, os professores organizaram uma ampla mobilização na Praça da República, na sede da secretaria da educação.
Calendário de mobilizações
Quarta-feira (22): Audiência pública no plenário Juscelino Kubitschek da Alesp, a partir das 14 horas;
Quinta-feira (23): fechamento das principais rodovias estratégicas no Estado a partir das 7 horas; vigília na Praça da República, durante a reunião da Apeoesp com o Secretário da Educação a partir das 11 horas;
Sexta-feira (24): assembleia estadual, às 14 horas, no vão-livre do MASP, na avenida Paulista.
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