Secretário Estadual da Educação desrespeita professores e propõe zero de reajuste salarial

Em reunião realizada com a diretoria da APEOESP nesta quinta-feira (23), o Secretário Estadual da Educação mais uma vez desrespeitou o magistério, os estudantes e toda a comunidade escolar, ao não oferecer nenhuma proposta aos professores em greve.

 

Na verdade, o Governo Estadual, ao que parece “não está nem aí” para a situação de milhares de estudantes que estão sem aulas e para a situação da nossa categoria, que continua com baixíssimos salários e péssimas condições de trabalho.

 

Ao final da reunião, diante do resultado apresentado, dois mil professores presentes na Praça da República decidiram caminhar até a Marginal do Tietê, para ocupá-la em sinal de protesto e para denunciar a situação da rede estadual de ensino e os desmandos do Governo. Impedidos pela tropa de choque na altura da Praça da Sé, em mais uma ação truculenta do Governo Alckmin, retornaram à Praça da República.

 

Reajuste zero!

 

Apesar de já terem transcorridos 44 dias do início de nossa greve e de sua promessa de apresentar propostas salariais em abril, o Secretário nada propôs, desdizendo-se e jogando a questão para uma data indefinida, antes de julho. O que ele nos ofereceu mais uma vez? Zero de reajuste salarial. Não vamos aceitar!

 

Há meses estamos lutando por uma política salarial que reponha nossas perdas e na pauta de reivindicações da nossa greve pleiteamos um plano de composição salarial para um aumento de 75,33% destinado à equiparação salarial com os demais profissionais com formação de nível superior (de acordo com a meta 17 do Plano Nacional de Educação). O Governo Estadual, por intermédio dos meios de comunicação, vem tentando desqualificar nossa reivindicação como inaplicável, deixando de dizer que não estamos pleiteando todo o aumento de uma só vez.

 

O Secretário deixou claro na reunião que não tem poder de decisão na questão salarial, bem como em outras questões da pauta. Entretanto, segundo fontes da Assembleia Legislativa e do próprio Governo, avoca para si toda a negociação, sem nada oferecer. Vamos continuar pressionando o governo de todas as formas e vamos recorrer a todos os canais possíveis para que sejam realizadas negociações e apresentadas propostas.

 

Sem respostas

 

Além da questão salarial, todos os demais pontos da pauta foram apresentados na reunião, porém, novamente, o Secretário pouco teve a acrescentar.

 

Sobre os professores da categoria O, continua afirmando que o Governo enviará projetos de lei para acabar com a duzentena (mantendo-se a quarentena) e para assegurar o direito ao atendimento médico pelo IAMSPE. Essas promessas também foram feitas em 2013 e descumpridas, por isso exigimos que sejam firmados compromissos por escrito e enviados imediatamente os projetos.

 

Em relação ao desmembramento de classes superlotadas, mais enrolação. A SEE chegou a pôr em dúvida a autenticidade de listas de alunos de diversas classes com superlotação, tanto no ensino regular quanto na Educação de Jovens e Adultos, como se esta realidade conhecida de todos nós fosse uma invenção da APEOESP e dos professores.

 

Denunciamos na reunião os abusos que vêm sendo praticados contra o direito de greve nas escolas e nas regiões, culminando até mesmo com o uso de arma de fogo contra professores por seguranças da Diretoria de Ensino Leste 3, na capital. Denunciamos também o cancelamento de atribuições de turmas de esforço escolar no caso de professores em greve; o corte de ponto e tantas outras medidas destinadas a nos intimidar.

 

Também cobramos soluções para as perícias médicas – que continuam a ser realizadas em locais distantes das residências dos professores; negativas de licenças e readaptações; atrasos nas aposentadorias; ou seja, todo um conjunto de questões que a SEE não soluciona.

 

No caso dos Professores Coordenadores Pedagógicos, a SEE afirma que está realizando estudos para uma revisão dos módulos nas grandes escolas, mas que não reeditará a Resolução 75/2013 na sua forma original.

 

Fonte: Apeoesp

 

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