Alckmin se nega a conversar com professores durante inauguração de obra
Apesar de ter dito diversas vezes que o governo está aberto ao diálogo, Alckmin entrou no carro e ignorou cerca de 10 professores que chegaram no fim do evento em Ribeirão Pires, nesta segunda-feira (04), na região metropolitana, onde o governador lançava uma obra da Sabesp.
Aos gritos de "negocia, governador", o grupo da rede estadual de ensino carregava faixas, panfletos e bonecos de chuchu, em referência ao apelido jocoso de Alckmin. Eles tentaram bloquear a saída do carro do governador, em um protesto que durou poucos minutos, por volta de 11h30 da manhã.
Juscelino Rodrigues, professor e diretor de escola nos municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, era um dos participantes e confirmou ter recebido reajuste em agosto do ano passado. "Ele (Alckmin) incorporou a bonificação, que a gente já recebia, com o reajuste, que foi de 22,8%. Mas não repôs a inflação dos últimos quatro anos, que foi mais de 22%".
Rodrigues afirma que a bonificação já vinha embutida no holerite como "gratificação do magistrado". "Esse bônus sempre veio no nosso salário. E outra: é dinheiro do Fundeb, não é do Estado". O professor disse que chegou com 1h30 de atraso à agenda de Alckmin porque "todo mundo estava escondendo as informações sobre o endereço da visita".
Segundo Rodrigues, os professores tiveram de se passar por repórteres perdidos na Prefeitura de Rio Grande da Serra para obter a localização exata da agenda do governador.
Sobre o momento adequado para dar novo reajuste aos professores estaduais, Alckmin desconversou e disse que é preciso cautela nesse momento de crise econômica.
Fonte: Estadão
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