Professores de São Paulo continuam em greve por aumento salarial
Os professores da rede estadual decidiram continuar em greve por tempo indeterminado durante assembleia realizada na Avenida Paulista, nesta sexta-feira (15). Na assembleia 45 mil professores rejeitaram a proposta de reajuste salarial zero da Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin.
Dois dias antes, na quarta-feira (13), os professores se reuniram com representantes do governo Alckmin que informaram que em até 30 dias enviarão projeto de lei estendendo o atendimento médico de saúde dos servidores públicos (Iamspe) aos professores. Durante a reunião o governo também sinalizou que vai diminuir o intervalo contratual dos professores temporários para três anos. Hoje os professores temporários precisam se afastar 40 dias após um ano de trabalho, para não haver vínculo empregatício. Porém nada de aumento salarial.
Durante a assembleia a presidente da Apeoesp, Bebel, criticou a reunião. De acordo com ela a única possibilidade de uma reunião “positiva” seria se o governo apresentasse uma proposta para “o índice do reajuste salarial”.
Para o presidente da UMES, Marcos Kauê, a equiparação do piso salarial dos professores só será possível com o fim dos cortes na educação promovidos pelo governo federal (R$ 7 bilhões podendo chegar a R$ 14 bilhões) e estadual (R$ 470 milhões).
“Hoje o salário de um professor é de R$ 2.145,00 para 40 horas semanais. Por sua vez um profissional com ensino superior recebe uma média salarial de R$ 4.237,00 no nosso estado. É justo equiparar os salários dos professores com os demais profissionais de nível superior”, disse Kauê.
Os professores reivindicam o reajuste salarial que equipare perdas salariais, valorização da carreira, aumento do valor do vale-transporte e do vale-alimentação. Também condenam o fechamento de salas de aulas, e sua superlotação, motivo pelo qual 20 mil professores foram demitidos.
A paralisação completou hoje (18/05) 69 dias. A próxima assembleia será realizada no dia 22 de maio.
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