Batizado de capoeira na UMES

 

Neste domingo (28) a UMES em parceria com o Grupo Geração Capoeira realizou o primeiro batizado da UMES. Na ocasião os alunos do professor-instrutor Pavio em conjunto com os alunos do professor-instrutor Royal participaram da festa do batizado, que entregou 16 cordas.

 

Durante a abertura, realizada no Teatro Denoy de Oliveira, na sede da UMES, o presidente da entidade, Marcos kauê, que também é aluno das turmas da UMES do professor Pavio, fez uma breve saudação aos capoeiristas e alunos presentes. “A capoeira é uma luta de libertação. Foi criada no Brasil como uma luta de defesa dos escravos, e posteriormente se transformou em uma luta pela libertação dos negros na época da escravidão. Como prova disso está Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares”.

 

Ao iniciar o batizado Royal agradeceu aos alunos e a todos os amigos presentes, sobretudo ao Mestre Bambú, do Grupo Geração Capoeira. O professor também agradeceu a presença do instrutor China, aos contramestres Lasanha e Juninho, mestrando DJ, formada Cascavel, monitor Mala, estagiário Mineiro, professor Pardal e a Monitora Forró.

 

Durante a sua fala Kauê também agradeceu a presença do Alfredão, presidente do Congresso Nacional Afro-Brasileiro.

 

Por sua vez Pavio disse que “os mestres de capoeira são os grandes responsáveis por manter viva a cultura da capoeira, principalmente quando o Estado abre mão de sua responsabilidade ao ser dirigido por ideias neoliberais. Hoje a Pátria Educadora corta R$ 9,4 bilhões da educação, não investe na cultura popular brasileira, e deixa a capoeira a míngua, bem como o faz com nosso povo ao cortar mais de R$ 70 bilhões dos direitos sociais e trabalhistas”.

 

“Hoje quem luta para que a capoeira esteja presente no dia a dia das escolas são os mestres de capoeira, quando este deveria ser o papel do Estado”, disse Pavio.

 

“Foram os capoeiras que mantiveram vivas diversas manifestações da nossa arte e cultura, como o samba de roda, o maculelê, e até mesmo o carnaval”, disse Kauê, explicando que Getúlio Vargas foi o responsável pela liberação da prática da capoeira no Brasil, após a revolução de 1930, já que era proibida até então.

 

Kauê lembrou que resgatar a tradição da capoeira como uma luta pela libertação do Brasil é fundamental nos dias de hoje. “Hoje o governo federal corta da educação, da saúde e dos trabalhadores. E a capoeira representa a libertação dessa política velha e atrasada de tirar do povo para entregar para o estrangeiro. Por isso acreditamos na importância da capoeira na UMES”.

 

Dessa forma Kauê disse que a “capoeira precisa fazer parte do currículo escolar das escolas para contar a história do Brasil ampliando e fortalecendo a nossa luta de libertação nacional”.

 

  

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