Comunidade da E. E. Saboia: estamos lutando contra um governo que abre cadeia e fecha escola
Hoje os estudantes da Escola Estadual Padre Saboia de Medeiros realizaram sua segunda manifestação contra o fechamento da escola. A medida faz parte da reforma proposta pelo governo Alckmin, e pode levar ao fechamento mais de 1000 escolas.
“Parece que o governo Alckmin e o governo federal de Dilma decidiram juntos atacar a educação. Ambos cortaram da educação e agora o Alckmin vêm com essa medida que vai fechar milhares de escolas. Isso é inaceitável, e a UMES vai mobilizar os estudantes da cidade contra esses crimes. Por isso estamos incentivando e fortalecendo essas manifestações, e dia 9 de outubro realizaremos uma marcha na Avenida Paulista contra essas políticas neoliberais” disse Marcos Kauê, presidente da UMES que compôs comando de organização da manifestação junto ao grêmio e estudantes.
Confira a última manifestação dos estudantes do Saboia
Para o presidente do grêmio, Pedro Vieira, a medida atende apenas os interesses do governo antipopular de Alckmin sem se preocupar com os estudantes. Ele disse que é um absurdo tirar a escola da juventude para transforma-la em um prédio administrativo da diretoria de ensino.
A manifestação teve início em frente ao Saboia e partiu em marcha até a Diretoria de Ensino Sul 1, em Santo Amaro. Ao todo participaram mais de 400 estudantes que contaram com professores, pais, e muitos membros da comunidade. Também estavam presentes representantes da Apeoesp, o deputado estadual Carlos Giannazi e diversos estudantes da Escola Estadual Santos Dias, que fica em Interlagos. “Estamos aqui ajudando os estudantes e professores do Saboia porque nossa escola também esta passando por essa ‘reestruturação’ que vai fechar o noturno e transferir o ensino médio para outras escolas. Pedimos a ajuda de todos para que colaborem com essas mobilizações. Não vamos desistir, vamos lutar até o fim e vamos vencer”, afirmou Ana Carolina, estudante da escola Santos Dias.
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Para a diretora do Saboia, Denise Elisei, que mesmo em férias participou de toda a manifestação, “a escola Padre Saboia não pode fechar por diversos motivos. Primeiro porque é uma escola de extrema importância no bairro, ela tem uma importância histórica, social e econômica. É uma escola que atende muitas comunidades do entorno. Hoje temos 800 alunos, e no último período temos melhorado os índices do IDESP (indicador de qualidade do ensino em São Paulo), temos colocado alunos em importantes universidades públicas e em algumas universidades privadas de relevância. Então é uma escola que têm sua importância”, disse a diretora indignada que ao fim afirmou que “estamos aqui lutando contra um estado que abre cadeia e fecha escola”.
Ana Carolina, da Escola Estadual Santos Dias, “estamos aqui ajudando os estudantes e professores do Saboia porque nossa escola também esta passando por essa ‘reestruturação’ que vai fechar o noturno e transferir o ensino médio para outras escolas. Pedimos a ajuda de todos, para que colaborem com essas mobilizações. Não vamos desistir, vamos lutar até o fim e vamos vencer”.
Reunião com a Diretoria de Ensino
Chegando a diretoria de ensino uma comissão composta por estudantes, membros do grêmio, pais, professores, direção da escola, representantes da UMES, Apeoesp e CSP-Conlutas foi recebida.
A reunião teve início com uma representante da Diretoria de Ensino afirmando que o fechamento da escola era uma proposta do governo do Estado. De acordo com a porta-voz, se a comunidade escolar realmente deseja que a escola siga em funcionamento, estes devem apresentar explicações e argumentos para que a escola não feche. “Com estes dados a diretoria irá avaliar”, afirmou.
Na reunião Kauê afirmou que a diretoria de ensino permaneceu calada quando foi questionada sobre os critérios e o porque do fechamento da escola. Para o dirigente da UMES quem fecha escola não defende a educação. “A diretoria de ensino deveria discutir como reduzir a superlotação das salas de aula, como melhorar a qualidade do ensino e como acabar com a evasão. O que o governo do Estado está fazendo segue dentro do projeto de Dilma, a tal da Pátria Educadora, que só corta e corta da educação”.
O representante da Apeoesp, Pedro Paulo, pediu o mapa das escolas que seriam fechadas, porém o seu pedido foi negado pela diretoria.
“É um absurdo o governo fechar a escola e nos transferir para salas superlotadas, em outras escolas que nada tem a ver com nossa formação” disse o presidente do grêmio, Pedro Vieira. Por sua vez, o estudante Vicente disse que a diretoria de ensino deveria ser menos burocrata. “Estes números são pessoas, são estudantes, não estamos falando de gado”.
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