Estudantes da escola Raul Fonseca vão às ruas contra o fim do ensino médio na escola

 

Na manhã desta quarta (6) os estudantes da Escola Estadual Raul Fonseca, no Ipiranga, realizarão sua primeira manifestação contra o processo de "reestruturação" de Alckmin, que na verdade fechará milhares de escolas, resultando em demissão de professores e transferência massiva de estudantes.

 

A medida consiste na divisão das escolas do estado nos ciclos fundamental I, II e ensino médio. Em 1995, ano no qual o então governador Mário Covas separou parte do fundamental I dos demais ciclos, mais de 20 mil professores foram demitidos. Desde então, as matrículas oferecidas pelo Estado foram reduzidas em 2 milhões e milhares de escolas foram fechadas.

 

"Saber que tem pessoas que nos apóiam é gratificante" disse Matheus Patrocínio, estudante do ensino médio da escola Raul Fonseca, e um dos organizadores da manifestação, ao avaliar a parceria dos estudantes da escola com a UMES.

 

A jovem liderança explicou que sua escola foi notificada semana passada durante uma reunião na Diretoria de Ensino da região, quando a direção da escola ficou sabendo que não haverá mas ensino médio na escola a partir de 2015. "Não nos conformamos com essa situação e vamos até o fim por aquilo que sabemos que é o melhor para nós mesmos" exclamou o jovem, que acompanhado de seus amigos da escola, Carolina Ossa, Vinicius Barbosa e Diogo Balieiro, foram à sede da UMES imprimir panfletos e fazer faixas para a manifestação. Também estava presente Thaís Jorge, estudante do Objetivo do Ipiranga que está apoiando a manifestação. A manifestação pode ser acompanhada pelo evento do Facebook.

 

Marcos Kauê, presidente da UMES, que ajudou os estudantes a produzirem o panfleto e as faixas que serão utilizadas durante a marcha da escola até a Diretoria de Ensino, disse que “neste momento o Governador Alckmin e o Secretário de Educação estão organizando uma ‘reestruturação’ educacional que fará os estudantes sofrerem ainda mais. A medida é uma continuação do que aconteceu em 1995, quando o governo do Estado deixou milhares de estudantes fora da escola e demitiu professores aos montes”.

 

“Essa política de desrespeitar a educação e o povo brasileiro também é perpetrada pela Presidente Dilma, que corta da educação, saúde, dos trabalhadores e das cidades, tirando do povo pra passar aos banqueiros. Por isso nesta sexta-feira os estudantes vão as ruas contra os tucanos e os neotucanos, que estão destruindo a educação e fazendo o povo pagar com os seus desgovernos”, disse Kauê, que convidou a todos os estudantes da escola Raul Fonseca para a manifestação do dia 9 de outubro. Os estudantes confirmaram sua presença e também disseram que vão mobilizar a escola para a atividade.

 

 

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