Estudantes e trabalhadores contra os juros de Dilma

Foto: Leonardo Varela

 

“Desde o início do ano estamos organizando estas manifestações contra os juros altos de Dilma, uma política que para dar certo cortou bilhões do povo para dar aos bancos, nos colocando em uma grande recessão, com milhões de desempregados e cortes bilionários na educação, saúde e muitos outros direitos”, denunciou Marcos Kauê durante a manifestação contra os juros de Dilma, realizada na manhã desta terça (20), na Avenida Paulista.

 

A manifestação teve inicio às 10 horas em frente ao Banco Central, e foi organizada pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores em parceria com a UMES e diversos sindicatos e organizações dos movimentos sindicais. A manifestação contou um dragão de três cabeças representando os juros, a inflação e o desemprego.

 

Confira todas as fotos em nosso Facebook

 

Para Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), presidente da CGTB, os juros altos do governo federal obrigaram o setor público a transferir mais de R$ 338 bilhões aos bancos e rentistas. “É muito mais do que foi gasto em todo o ano passado, quando foram torrados com juros R$ 311 bilhões. em vez de estancar essa sangria, cortou direitos trabalhistas, previdenciários e estimula o desemprego e a remessa de lucros promovidos pelas multinacionais. Em 12 meses, mais de um milhão de trabalhadores com carteira assinada foram desempregados. Até o final do ano, mais de 2 milhões de trabalhadores formais e informais perderão seus empregos”, denunciou o dirigente sindicalista.

 

“Dilma diz que não tem dinheiro, mas os bancos vão receber mais de R$ 450 bilhões até o fim do ano, isso é uma quantia 40 vezes maior que os cortes na educação”, disse Kauê. Ao fim de sua fala Kauê convidou a todos para a manifestação contra a desestruturação de Alckmin, que “não é nada mais que um braço dos cortes da Pátria Educadora”.

 

Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres a atual crise econômica do país aumentou a gravidade da inflação. Ele afirma que com os juros altos que sangram o país, destruindo a indústria, empregos e diversos direitos, a inflação se torna algo muito mais grave. “Se antes o dragão só tinha uma cabeça, representando a inflação, agora na vida real a situação piorou, com os juros altos sufocando a indústria e matando os empregos”.

 

“Estamos enfrentando o maior índice de desemprego dos últimos anos. Ou tomamos providencia ou ficaremos em uma situação sem saída”, disse o presidente da Força. “Uma taxa Selic de 14,25% inviabiliza a indústria nacional e os setores do comércio e de serviços. Se aumentar a taxa ou mantiver neste patamar alto, haverá aumento de desemprego neste ano”. Para João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical, “os juros altos provocam a redução no crédito, as empresas não deixam de investir e acaba havendo mais demissões”.

 

“No Brasil, os juros praticados já são os maiores do mundo, assim como é altíssima nossas cargas tributárias, mas o governo pensa em aumentar mais e recriar impostos como a CPMF, o que é um absurdo”, criticou o diretor do Sindicato dos Comerciários de São Paulo,  Josimar Andrade de Assis, também representante da UGT.

 

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário