Estudantes e trabalhadores contra os juros e a recessão

 

A UMES em conjunto com o movimento sindical e diversas entidades dos movimentos sociais realizou nesta terça (19) a primeira manifestação do ano contra os juros altos responsáveis pela transferência de R$ 449,7 bilhões aos bancos entre janeiro e novembro de 2015. Enquanto aumentava os juros dos bancos o governo diminuía os direitos do povo com cortes e mais cortes anunciados para a educação, saúde, direitos sociais e trabalhistas ao longo do ano passado.

 

“Durante o ano de 2015 a cada 45 dias acampamos na frente do banco central para denunciar que a política de juros altos do governo federal estava piorando cada vez mais a vida da população, destruindo a nossa pátria e a nossa educação. O governo dizia que aumentava os juros para controlar a inflação e nós avisamos desde janeiro que se continuasse assim o povo ficaria sem condições de colocar até mesmo comida no prato”, afirmou Marcos Kauê, sobre a manifestação contra os juros altos. “Hoje essa política fez a inflação passar de 10%, e nós estudantes não conseguimos mais entrar na universidade e aqueles que já estavam matriculados nas universidades públicas viveram greves por pagamento de salário e por condições mínimas de trabalho”.

 

 

“Quem ganha com juros altos são os banqueiros e isso não podemos mais aceitar. Esta manifestação mostra que as centrais sindicais e os sindicatos aqui presentes não concordam com essa medida, pois ela representa a exploração da classe trabalhadora,” afirmou Canindé Pegado, Secretário-Geral da UGT, que em conjunto com a CGTB, CUT, CTB, Nova Central e Força Sindical exigiram o fim dos juros altos.

 

O ato teve início as 10:30 horas da manhã em frente ao Banco Central na Avenida Paulista e reuniu mais de 200 lideranças sindicais, estudantis e dos movimentos sociais. O resultado da reunião do BC não foi anunciado, e ainda não sabemos se haverá aumento ou não da taxa de juros, embora o governo tenha indicado que elevaria mais uma vez a taxa Selic. Nesse sentido Kauê lembrou que a política de juros altos levou ao corte de bilhões da educação. “Embora seja nítido que a vida do povo está mais difícil, que o mercado, os transportes e a feira estão mais caros, que falta trabalho, saúde e educação, a decisão do governo continua sendo nos levar ao abismo mantendo os juros altos, mesmo sabendo o quanto é danoso para nossa população. Mas nós estudantes em conjunto com os trabalhadores não vamos aceitar, vamos continuar nos mobilizando por menos juros e mais educação, mais trabalho e mais salário. Chega dessa política de tudo aos bancos e nada à população! A juventude esta aqui para lutar pelo futuro de seu país”.

 

 

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