OCDE aponta que educação brasileira não desenvolve capacidades básicas de milhões de estudantes
Em 2015 o governo federal cortou mais de R$ 11,4 bilhões da educação, e já para 2016 o governo de SP anunciou cortes de R$ 1,5 bilhão
Enquanto os governos (federal e estadual) seguem anunciando cortes e mais cortes na educação, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicou na semana passada um relatório onde o Brasil aparece como o segundo país com maior número de estudantes com baixa performance em matemática básica, ciências e leitura.
O documento intitulado “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?” avaliou 64 países com base em dados de 2012, do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da própria organização.
O estudo aponta que cerca de 1,1 milhão de estudantes brasileiros não têm capacidade de compreender o que leem, ou mesmo conhecimentos essenciais em matemática e ciências. Em todo o mundo este número corresponde a 12,9 milhões de estudantes com 15 anos de idade.
No Brasil foram avaliados 2,7 milhões de alunos de 15 anos, onde 1,9 milhão apresentaram dificuldades em matemática básica, 1,4 milhão em leitura e 1,5 milhão em ciências. Partindo desses resultados o estudo indica que 1.165.231 estudantes possuem dificuldades para cumprir tarefas básicas nas três áreas de conhecimento.
Ano passado o governo federal cortou mais de R$ 11,4 bilhões da educação, enquanto o governo estadual R$ 670 milhões. Neste ano o governo do estado já anunciou cortes de R$ 1,5 bilhão na pasta.
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