Escândalo da merenda: Capez diz ‘não ser responsável pelas ações de seus assessores’
Foto: Reprodução/Centro de Liderança Pública
O presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), afirmou que não é “responsável pela ação de seus assessores”, após ser citado como destinatário de propina por ex-dirigentes da cooperativa Coaf, acusada de fraudar a merenda em São Paulo.
A investigação apurou um contrato da Coaf com a Secretaria Estadual da Educação para fornecimento de R$ 8,5 milhões em suco de laranja.
Capez diz que prefere acreditar que seu nome tenha sido usado por ex-assessores. Dois ex-assessores do tucano são investigados: Jéter Rodrigues, que disse anteriormente ao jornal Folha de S. Paulo, que Capez nunca lhe pediu nada, e Merivaldo dos Santos, que caiu em um grampo da polícia.
Segundo ex-dirigentes da Coaf, o governo cancelou um primeiro contrato, em que não houve propina, para fazer um segundo, mediante um acerto. Para o presidente do Legislativo, se houve um esquema na merenda, ele ocorreu em um “nível hierárquico mais baixo”, sem envolvimento de políticos do PSDB.
O desembargador Sérgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justiça de São Paulo, decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Capez, e de dois ex-assessores do governo Alckmin – Luiz Roberto dos Santos, o ‘Moita’, ex-Casa Civil, e Fernando Padula, ex-Secretaria da Educação – citados na Operação Alba Branca, investigação que desmontou quadrilha da merenda escolar.
Sergio Rui da Fonseca autorizou a abertura de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) contra Capez, ‘Moita’, Padula e integrantes da cooperativa Coaf por corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e organização criminosa.
Fonte: Jornal Hora do Povo
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