Ministério público pede adiamento de edital que privatiza escolas de GO

Estudantes durante manifestação em dezembro (Foto: CGC Educação)

 

Após identificar pontos inconstitucionais no edital de chamamento de Organizações Sociais (OSs) para administrar 23 escolas em Goiás, o Ministério Público Federal, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e o Ministério Público de Contas do Estado recomendaram o adiamento da convocação até que as irregularidades sejam solucionadas.

 

A recomendação, divulgada ontem (16), foi feita à secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira. O governo goiano tem dez dias para se manifestar.

 

De acordo com os promotores e procuradores, a iniciativa do governo de Goiás fere a valorização dos profissionais de educação, estipula valores a serem repassados às entidades sem divulgar os critérios utilizados na definição, foi estabelecido sem diálogo com a comunidade escolar, entre outros.

 

"Chegamos à conclusão que o projeto referencial é inconstitucional", disse o promotor do MP-GO Fernando Krebs, um dos que assinam o texto. "Vai piorar a qualidade da educação. Vai promover a terceirização, a privatização às avessas da escola pública", acrescentou.

 

O edital de chamamento das OSs foi publicado no fim de dezembro do ano passado. Ontem (15), ocorreu a abertura de envelopes com as propostas. Nenhuma das dez organizações participantes entregou a documentação completa. Uma nova sessão foi agendada para o próximo dia 25.

 

"Se o edital não for suspenso, vamos recorrer à Justiça e pedir uma decisão liminar". Caso o edital não seja adiado, a intenção é levar a questão ao conhecimento da Procuradoria-Geral da República para uma eventual ação direta de inconstitucionalidade.

 

Fonte: Agência Brasil

 

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário