Servidores paralisam universidades federais contra ataques à Educação e à Previdência

 

Técnicos-administrativos mobilizaram 40 instituições em todo o país

 

Os servidores técnico-administrativos das universidades federais paralisaram suas atividades e realizaram atos na quarta-feira, 24, em diversas regiões do país. A categoria protesta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/2014, que legaliza a cobrança de mensalidade em cursos de extensão e pós-graduação lato sensu nas Instituições de Ensino Superior Públicas. Os trabalhadores também são contrários à reforma da previdência e a adesão dos hospitais universitários à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior do Público no Brasil (Fasubra), a greve de 24 horas da categoria ocorreu em 40 instituições.

 

Em Minas Gerais, os servidores realizaram diversas atividades para esclarecer os trabalhadores e a população sobre a necessidade de rechaçar os ataques a educação pública. Para o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais (SINDIFES), a PEC que autoriza a cobrança dos cursos de especialização nas instituições federais de ensino “contradiz o artigo 206 da Constituição Federal que afirma ser dever do Estado garantir a gratuidade do ensino, em todos os níveis, nas instituições públicas”, e que, se aprovada trará precedente para que o mesmo ocorra nos demais níveis.

 

No Paraná, os funcionários do Hospital de Clínicas (HC), vinculado à Universidade Federal do Paraná (UFPR) em Curitiba, cruzaram os braços para reivindicar melhores condições de trabalho. Segundo a servidora Carmem Miranda, “as cirurgias estão sendo suspensas por falta de material. Na verdade falta tudo. Nosso hospital entrou numa UTI. Está entubado para pior”, denunciou.

 

Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), houve a paralisação da biblioteca central, do Restaurante Universitário (RU) e laboratórios. E nota, a Associação dos servidores da UFSM, além de criticar a proposta de Emenda à Constituição 395/2014, denunciou que “governo e empresários preparam uma nova reforma da previdência que promete piorar ainda mais as condições para a aposentadoria no país, especialmente para as mulheres”.

 

No Rio Grande do Norte, houve um ato público em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes em Natal-RN e a realização de audiência pública com o tema: “Cessão de servidores dos hospitais universitários: solução, caos ou abandono?”.

 

Fonte: Jornal Hora do Povo

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