Grêmio do Astrogildo: escola está sem merenda desde o início das aulas
A UMES recebeu mais uma denuncia sobre a falta de merenda nas escolas de São Paulo. Desta vez a denuncia foi feita pelo grêmio da escola Astrogildo Arruda que afirmou que a cozinha não conta nem mesmo com cozinheiras e serventes para organizar a alimentação dos alunos.
“A cozinha está fechada desde o início das aulas desse ano”, disse o presidente do grêmio, Jeferson Fernando. Ele explica que o estudantes se mobilizaram para descobrir o porquê do problema, mas a diretoria disse apenas que não há funcionários. “A diretoria disse que o governo cortou o quadro de funcionários e agora não tem ninguém para distribuir a merenda”.
Para Jeferson a falta de merenda é um problema muito serio. Ele explicou que a escola fica em uma região afastada da zona leste, e que muitos alunos que estudam na escola são de baixa renda. “A merenda é essencial na escola. Muitos alunos se alimentam com a merenda, mas os mais pobres, que precisam muito da merenda e que se animam a vir pra escola por causa da merenda hoje eles não podem contar nem com isso”.
Já a aluna Luana M., do 3º ano do ensino médio, disse que a escola colocou as cozinheiras em outra função. Ao tratar da falta de merenda a estudante afirmou que a escola conta com duas cozinheiras. “Temos duas cozinheiras, mas é lógico que elas não estão trabalhando na cozinha”, comentou a estudante. Segundo ela desde o início das aulas a merenda foi distribuída apenas duas vezes, e o “prato” foi bolacha.
Por sua vez, Caio Guilherme, diretor da UMES pela região leste, que foi visitar a escola e apoiar o grêmio na luta para reestabelecer a merenda, lembrou que hoje o governo de São Paulo cortou a merenda escolar na maioria das cidades do Estado. Durante sua vizita a cozinha permaneceu fechada durante todo o intervalo.
Sessão de cinema com debate
Nesta quinta a UMES realizou na escola a exibição do filme “Capitães da Areia”, de Cecília Amado (2011). A sessão de cinema faz parte do ciclo de debates da UMES nas escolas de São Paulo visando discutir a educação e os crescentes cortes contra os direitos da juventude, promovendo o resgate da cultura nacional. A maratona de atividades também conta com apresentações capoeira, palestras e muito mais.
“Capitães da Areia”, de Cecília Amado (2011), retrata a vida de meninos de rua em Salvador com base na obra de Jorge Amado de mesmo nome, livro publicado em 1937. O filme da base para a discussão da maioridade pena, aprovada em 2015 pelo presidente da Câmara, eleito na chapa de Dilma para presidente.
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