Escolas da zona sul vão às ruas contra o roubo da merenda

 

“Estamos convocando todos os estudantes da região sul para sair às ruas e se manifestar contra o roubo da merenda e o fechamento de nossas salas de aula. Estamos mobilizando diversas escolas e muitos grêmios estão envolvidos nessa luta”, comentou o vice-presidente da UMES, Tiago Cesar, sobre a manifestação dos estudantes da região sul contra o roubo da merenda.

 

“Os estudantes da zona sul estão organizados para denunciar todo e qualquer descaso com a escola pública”, comentou Keila Pereira, diretora da UMES pela região sul, durante jogral. “Por isso é essencial ocupar as ruas, principalmente porque além de querer fechar escolas o governo Alckmin faz o absurdo de roubar nossa merenda”. Para ela esse é o momento de afirmar a educação pública como prioridade, mas também para exigir a punição dos ladrões de merenda responsáveis por mais esse ataque contra a educação.

 

 

A manifestação teve início às 7 horas da manhã, quando dezenas de alunos marchavam pelas ruas da Cidade Dutra, ou mesmo enquanto outros pegavam ônibus de suas escolas, até a Avenida Senador Teotônio Vilela, onde realizaram um ato conjunto.

 

Os mais de 80 alunos se organizaram a partir das escolas Maestro Callia, Beatriz Lopes, Prof. Dr. Laerte Ramos de Carvalho, e José Vieira de Morais, na Cidade Dutra, em conjunto com a Nair Olegário Cajueiro, Prof. Eulália Silva, Eugenio Mariz de Oliveira Netto e José Lins do Rego, no Jardim Ângela. “Nessas e em muitas outras escolas da região estamos realizando, há semanas, panfletagens e debates sobre o escândalo da merenda”, explicaram os diretores da UMES.

 

O estudante Kaique Luna, da escola Maestro Callia, disse, durante o jogral na Avenida Senador Teotônio Vilela, que o roubo da merenda é um crime muito grave contra a juventude, porque é um esquema que demonstra claramente o compromisso do governo de São Paulo com a educação publica: “destroem a educação e roubam merenda para propina”. A liderança também denunciou o sucateamento das escolas e cobrou mais investimento para a educação.

 

 

Para a estudante Tais, também do Callia, há uma grande mobilização do governo para reprimir os estudantes que se levantam contra o roubo da merenda. Durante o Jogral ela afirmou que a direção das escolas foi orientada pelo governo à abafar o roubo da merenda. Para isso estão reprimindo e barrando tanto a mobilização de alunos e professores para impedir que se manifestem contra mais este crime. Nesse sentido Keila lembrou que na semana passada, durante outra manifestação na zona sul, a vice-diretora da E. E. Beatriz Lopes chamou a policia contra os estudantes que lutavam por educação de qualidade e contra o roubo da merenda. “Como uma diretora de escola, que pretende ensinar os jovens, pode adotar uma postura como essa? Ela inclusive ameaçou as chapas do grêmio e disse que o seu envolvimento nas manifestações será punido com a desclassificação dos estudantes do processo eleitoral”?

 

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