3ª. Mostra Mosfilm trará ao Brasil “Alexandre Nevsky” restaurado
Inteiramente restaurado em 2015, “Aleksandr Nevsky”, obra-prima de Serguey Eisenstein, abrirá a mostra que será realizada na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, entre os dias 22 e 27 de novembro, e, em Porto Alegre, na Casa de Cultura Mário Quintana, entre os dias 24 de novembro e 03 de dezembro.
Como nas mostras anteriores, promovidas em 2014 e 2015 pelo Centro Popular de Cultura da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (CPC-UMES), os 10 filmes selecionados abarcam produções de diferentes épocas e gêneros, realizadas pelo maior e mais antigo estúdio de cinema da Rússia.
Fundado em 1924, o Mosfilm possui um acervo de 2500 obras da era soviética e pós- soviética, cuja grande maioria é inédita no Brasil.
“Os filmes desta terceira mostra estão escolhidos. Agora estamos trabalhando na criação das legendas”, informa Bernardo Torres do CPC-UMES Filmes, que firmou contrato em 2014 para distribuição em DVD e Blu-Ray no Brasil das produções do Mosfilm. “Salvo uma ou outra exceção, os filmes que temos apresentado nas mostras são uma avant-première dos DVDs que vamos lançar no ano seguinte”, completa Susana Lischinsky.
Os filmes selecionados para a 3ª. Mostra Mosfilm são os seguintes:
Aleksandr Nevski – Serguey Eisenstein (1938), 112 min.
Na primeira metade do século 13, o príncipe russo Alexandr Nevsky organiza um exército popular que derrota a invasão dos ancestrais das hordas hitleristas, os Cavaleiros Teutônicos. Com trilha musical de Prokofiev, o filme foi cuidadosamente restaurado em 2015.
Noite de Inverno em Gagra – Karen Shakhnazarov (1985), 85 min.
Ex-famoso dançarino de sapateado leva uma vida discreta, mas sonha em repetir o sucesso dos anos 50. A oportunidade virá quando o programa de
TV “Nomes Esquecidos” informa que ele não está mais vivo!
O Quadragésimo Primeiro – Grigori Chukhray (1956), 90 min.
Exímia atiradora do Exército Vermelho, com cartel de 40 inimigos abatidos, Mariutka se apaixona por prisioneiro sob sua escolta, o tenente Nikolaievich
do Exército Branco. Filme de estreia de Grigori Chukhray, baseado na obra de Boris Lavrenyov. A primeira adaptação do romance foi dirigida por Yakov Protazanov em 1927.
Arsenal – Aleksandr Dovzhenko (1928), 73 min.
No segundo filme da trilogia silenciosa de Dovzhenko, que compreende “Zvenígora”, “Arsenal” e “Terra”, veteranos bolcheviques da 1ª. Guerra Mundial promovem o levante dos operários da fábrica de armamentos Arsenal contra o governo burguês de Kiev, por uma Ucrânia soviética.
Boris Godunov – Serguey Bondarchuk (1986), 140 min.
Bondarchuk estrela e dirige a tragédia escrita por Pushkin, ambientada nos anos 1598-1605, às vésperas da “era das perturbações”. O tema, também compartilhado pela ópera de Mussorgsky, é a ascensão e queda do czar Boris Godunov frente a um jovem monge que se faz passar pelo filho do czar Ivan IV, o Terrível.
O Conto do Czar Saltan – Aleksandr Ptushko (1966), 82 min.
Imortalizado na ópera de Rimsky-Korsakov, o poema de Aleksandr Pushkin sobre uma rainha traída pelas irmãs invejosas e exilada em uma ilha mágica com seu filho, recebe a adaptação do mestre dos efeitos especiais, cujas animações se integram à realidade com rara inteligência e leveza.
Solaris – Andrei Tarkovsky (1972), 166 min.
Grande Prêmio do Júri e Prêmio da Crítica Internacional, no Festival de Cannes, em 1972, Solaris conta a história da investigação sobre um planeta dotado de inteligência capaz de penetrar no íntimo dos seres humanos e materializar clones de suas mais secretas lembranças.
Um Acidente de Caça – Emil Loteanu (1978), 105 min.
Adaptado da novela de Anton Chekhov, publicada como folhetim em 1884-85 e considerada precursora do romance policial psicológico, o filme penetra
no vazio moral da aristocracia decadente ao narrar o drama da jovem Olga, cobiçada por três homens de meia-idade.
A Estrela – Nikolai Lebedev (2002), 97 min.
Grupo especial do Exército Vermelho – codinome, A Estrela – é enviado a uma missão de reconhecimento atrás das linhas inimigas, no verão de 1944. Refilmagem do romance homônimo de Emmanuil Kazakevich, publicado em 1947, com sucesso instantâneo de público e crítica.
Cossacos do Kuban – Ivan Pyryev (1949), 115 min.
Nas estepes do rio Kuban, dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, “Cossacos do Kuban” foi a maior produção musical do cinema soviético.
Fonte: Hora do Povo
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