Sessão da CPI da Merenda é marcada por repressão e agressões a secundaristas pela PM e depoimento de Fernando Capez.
Na quarta-feira (14) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) ocorreu a sessão da CPI da merenda, que investiga os roubos e os desvios da merenda escolar no Estado de São Paulo. As sessões que começaram com os depoimentos dos envolvidos pela Cooperativa Orgânica de Agricultura Familiar (COAF), passam agora a colher depoimentos e investigar as pessoas públicas e políticas, citadas na operação Alba branca. Fernando Capez, deputado estadual e presidente da ALESP foi o nome da vez a ser investigado.
Mais de 50 estudantes estavam na ALESP para acompanhar a sessão e muitos deles, dormiram na porta ou chegaram mais cedo para garantir um lugar, já que o plenário só cabe 24 pessoas. Enquanto os estudantes não entravam, os tucanos por sua vez, com seus cargos comissionados e contratados conseguiam entrar antes e assim ocupavam a fila a fim de impedir a entrada dos estudantes no plenário. A PM ameaçava os estudantes falando que eles não entrariam no plenário e que iria impedir qualquer tentativa de entrada. Por sua vez a PM agiu com truculência pra cima dos estudantes ali presentes e agiu covardemente pra cima de todos os presentes. A PM agrediu estudantes, levou injustamente um estudante secundarista e jogou gás de pimenta em todos ali, que só queriam entrar para acompanhar a sessão da CPI. O estudante e assessor de imprensa da UMES, Tiago Cesar foi agredido covardemente e atingido diretamente no olho com o gás de pimenta, ele foi atendido no local e passa bem.
Com toda a truculência da PM do lado de fora do plenário, a sessão continuou colhendo e investigando o depoimento de Fernando Capez. O tucano negou o recebimento de qualquer valor da COAF, negou também ter falado por telefone ou trocado mensagens com qualquer um dos acusados de envolvimento nas irregularidades denunciadas. “Também não interferi junto à Secretaria de Educação e não ofereci qualquer benefício a qualquer participante”, afirmou o deputado. Ele afirmou que nos autos do processo não existem ligações diretas com ele, o que torna as acusações contra ele “falsas”.
Para Caio Gulherme, presidente da UMES, o depoimento do Capez foi totalmente vazio e que a repressão policial aos estudantes é inaceitável. “Capez, peça chave no escândalo da merenda tucano falou nada com nada e é preciso que se investigue a fundo para confirmar a sua participação nos desvios da merenda. Já no lado de fora é totalmente inaceitável essa ação da PM de reprimir estudante que só queria acompanhar a sessão, a PM claramente agiu com truculência, intimidou e agrediu os estudantes. Só queremos lutar por uma escola pública melhor e para que os ladrões de merenda sejam punidos. Seguiremos acompanhando o desfecho das investigações e faremos de tudo pra garantir os ladrões de merenda na cadeia”. Afirmou Caio.
Acompanhe o video da ação truculenta da PM aos estudantes neste link CPI da Merenda
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