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EE. Joaquim Luiz de Brito realizou o “IV Brito sem Homofobia”.

 

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A Escola Estadual Joaquim Luiz de Brito, situada na Freguesia do Ó, zona oeste de São Paulo, realizou pela quarta vez o projeto ”Brito sem homofobia” que contou com diversas palestras, shows, filmes, debates, apresentações, oficinas reflexivas entre outras, que visam englobar a comunidade escolar a cerca do combate a homofobia no ambiente escolar e sociedade

 

O projeto “Brito sem Homofobia” iniciou-se em 2013 tendo como foco a inclusão do debate sobre as dificuldades enfrentadas no âmbito escolar da aceitação da diversidade. De acordo com um artigo sobre homofobia da “Revista Escola” de junho de 2013, citando o estudo  sobre “Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil”, da Fundação Perseu Abramo, a escola é considerada o melhor lugar para por fim a homofobia, cabendo aos educadores tratarem do tema com seus educandos. Nos “Parâmetros Curriculares Nacionais”, no segmento de “Temas Transversais” que perpassam todas as disciplinas, a “Orientação Sexual” é um item que  deve ser abordado, cabendo a escola e o educador  informar, problematizar e debater os diferentes tabus, preconceitos e discriminações, entre as quais a homofobia, abrindo espaço para o respeito e o reconhecimento da diversidade sexual.

 

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A E.E.Joaquim Luiz de Brito tornou-se pioneira ao fazer um evento que traz em pauta esse tema ao cotidiano da vida dos alunos na escola. Nos três primeiros eventos alcançou em média anualmente oitocentos alunos  e pretendeu-se ampliar esse número, com o diferencial de abertura maior para a comunidade onde cada aluno poderá trazer convidados. Nesta quarta edição ampliou as discussões, abordando o racismo, a questão de gênero e o sexismo.

 

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Samuel, criador do livro guardei no armário palestrou na escola durante o evento e afirmou “É de total importância que o projeto se replique para mais escolas, para que assim, possamos fomentar ainda mais essa discussão e poder ter a sociedade que queremos, livre de preconceitos. Pra mim é uma resistência ser negro e gay, no cenário da escrita atual, pois sabemos o quanto a literatura brasileira é opressora e classista com os nossos iguais. Somos relatados ainda como ruins e problemáticos, mas temos que quebrar esses paradigmas e resistir sempre, precisamos invadir a literatura e dizer que estamos aqui, livres!” Disse Samuel.

 

Léo Aquila, palestrante parabenizou o evento e afirmou a importância dos debates no âmbito escolar “Desde já, gostaria de parabenizar a organização do evento da escola pelo entendimento de organizar essas oficinas, palestras e debates e deixar os portões abertos para todos e todas entrarem, desta forma, conseguimos atingir ainda mais pessoas e conscientizar sobre a causa. Venho de uma época difícil, onde o entendimento a homofobia não era claro e totalmente preconceituoso. Sofri muito, pois as pessoas não sabem como lidar com a situação, prejudiquei-me na escola por conta disso e hoje faço a discussão para combatermos a homofobia, pois o que antes era uma sujeira debaixo do tapete, hoje é realidade. Precisamos discutir o que é necessário, uma escola, um trabalho e uma sociedade sem preconceitos”. Disse Léo Aquila.

 

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