Governo propõe impopular intervenção militar no Estado do Rio de Janeiro
O governo federal preparou uma intervenção na Segurança Pública no Rio de Janeiro. Ministros da equipe econômica e das áreas de segurança e Justiça se reuniram na noite de quinta-feira (15) com o Temer para acertar os detalhes.
A operação entrou em vigor na sexta-feira e segundo informações dos mesmos, a ação deve durar até dezembro.
A decisão sobre a intervenção precisará de aprovação do Congresso, com prazo de dez dias para que seja votado, mas possivelmente seja votado neste começo de semana ainda.
A decisão da intervenção também chega no mesmo momento em que o governo estuda criar o Ministério da Segurança Pública, que poderia ter caráter extraordinário, com prazo de duração e ser extinto quando esfriar a crise na segurança.
Para o Sociólogo Ignácio Cano, especialista em segurança pública da UERJ “É mais um passo na direção de sempre. Sacraliza o mito de que a solução passa pelo Exército, que a militarização é a solução”
Não está claro quanto isso custará aos cofres públicos, mas Cano argumenta que o dinheiro poderia ser gasto para recuperar o aparato policial do Estado, contratar policiais ou recuperar viaturas. “Essa intervenção federal pode gerar uma resistência nos aparatos de segurança, porque muitos não concordam. E não vai resolver o problema porque o Exército não investiga. Trata-se de uma operação cosmética para mostrar que os Governos estão fazendo alguma coisa”, explica Cano.
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