Entidades sociais condenam leilão do petróleo em manifestação na Paulista

Diversas entidades realizaram uma manifestação, no dia 9, na Avenida Paulista, contra os leilões do petróleo. Com a palavra de ordem “Leilão, leilão, é privatização! O petróleo é nosso e não abrimos mão”, os manifestantes condenaram a 11ª rodada de leilão, prevista para os dias 14 e 15 de maio.

No ato, estiveram presentes CGTB, CUT, Nova Central, Aepet, FUP, UNE, UMES, FMP, CNAB, Sindipetro Unificado de São Paulo, Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Associação de Moradores do Grajaú, e diversos sindicatos. Para as entidades, o ato foi fundamental para a mobilização do dia 14, quando será realizada nova manifestação, no Rio de Janeiro.

O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), ressaltou que “essa iniciativa foi fruto da consciência adquirida por homens e mulheres. Eles pensam que nesse país tem um bando de bobos, mas não tem. Nós já enfrentamos aqui a ditadura, nós já tivemos que empunhar armas em defesa da democracia e do nosso Brasil. Nós saímos na rua e botamos para fora um presidente que queria destruir nosso país. Nós também colocamos um operário na Presidência da República e não vai nos custar nada invadir esse leilão no Rio de Janeiro e impedir que a nossa riqueza seja entregue pelas multinacionais”.

De acordo com Bira, “é a mesma coisa que eles querem fazer com a infraestrutura do Brasil. O ministro da Fazenda, senhor Guido Mantega, junto com Paulo Bernardo e o Bernardo Figueiredo foram fazer um road show em Washington para entregar as obras de infraestrutura para as multinacionais. E quem vai patrocinar essa baixaria é o BNDES com dinheiro do trabalhador brasileiro”.

Fernando Siqueira, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), também esteve presente e destacou: “Agora pouco uma jornalista me perguntou por que somos contra os leilões? Temos vários motivos. Mas vou dizer os principais. Em primeiro lugar porque a Petrobrás já descobriu no pré-sal 54 bilhões de barris de petróleo, que somados aos 14 que tínhamos antes fazem um total de 68 bilhões de barris. Isso nos dá uma autossuficiência para mais de 60 anos. Então para que leilão?”, indagou. Para Siqueira, “um segundo ponto importante é que esse leilão está colocando uma área altamente nobre, não só em termos ambientais, mas também com possibilidade de ter petróleo que é a Margem Equatorial. Nessa Margem Equatorial pode ter um novo pré-sal com uma reserva de 30 bilhões de barris. E esse leilão vai ser regido pela lei do Fernando Henrique, que dá 100% do petróleo para quem produz e uma obrigação de pagar apenas 10% dos royalties em dinheiro”.

O dirigente da CUT, Julio Turra, criticou a diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard: “Ela não tem interesse em manter o patrimônio do Brasil, é uma entreguista”, afirmou Turra, ressaltando que o leilão “é um atentado contra o patrimônio público do povo brasileiro. É um retrocesso! É um roubo!”.

Os movimentos sociais e sindical preparam um grande ato no Rio de Janeiro, neste dia 14, para protestar contra a decisão do governo de retomar os leilões. “Vamos tomar as ruas em grandes movimentos para barrar a entrega do patrimônio brasileiro”, convocou Itamar Sanches, coordenador do Sindipetro Unificado, Itamar Sanches.

 

Com informações: CGTB e FUP

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