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Diretoria da UMES recebe Cesar Callegari para discutir sobre educação e a reforma do ensino médio

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Nesta segunda, dia 28 de maio, a diretoria da UMES recebeu o Sociólogo Cesar Callegari em sua sede central e promoveu uma plenária sobre os panoramas da educação brasileira. Callegari é especialista em gestão de políticas, programas e instituições públicas nos setores de educação, cultura, ciência e tecnologia. É membro do Conselho Nacional de Educação, onde é Presidente da Comissão de Elaboração da Base Nacional Comum Curricular.

  

No inicio da plenária, Callegari discursou para os presentes acerca dos problemas de nossa educação e da calamitosa reforma do ensino médio, “Durante muito tempo, a nação procurou se encontrar com uma perspectiva de futuro, mas se deparou com grandes problemas de investimento e o sonho de uma escola melhor para todos passou. Hoje, a reforma do ensino médio não garante uma escola de qualidade, não garante com que os estudantes possam sair da escola com o mínimo de conhecimento possível para ser um cidadão crítico. O ensino básico com isso fica comprometido, com a redução de conteúdo e currículo de ensino e assim, já entra com a educação defasada para o ensino médio. É provado cientificamente que as crianças aprendem mais nos anos iniciais do ensino e com essa deforma, ocorre o retrocesso, a calamidade e assim, a escola fica comprometida e os estudantes com amplo déficit de conhecimento. Somos um país desigual, desigual na educação, desigual na economia e desigual em tudo, já sabemos o quanto precisamos melhorar e a nossa escola, nossa educação é taxada ao fracasso por esse governo que não investe na pasta. Além disso, os tubarões do ensino vem cada vez mais querendo se apropriar mais da educação pública e sabemos muito bem com que interesses eles tem com a nossa escola. Precisamos de investimento público, uma reformulação do ensino básico que garanta o estudante dentro da escola, que garanta uma educação de qualidade, uma escola bem estruturada e com docentes qualificados e remunerados! Os estudantes tem de tudo para que possam se mobilizar e lutar por uma escola de qualidade e uma escola para todos e todas e no momento, se faz fundamental que possamos lutar contra essa reforma do ensino médio vigente, que não melhora o que precisa melhorar, muito pelo contrario, vem acabar o que temos e sucatear ainda mais a nossa escola” Disse Callegari.

 

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Lucas Chen, presidente da UMES deu sua declaração durante a plenária “Nesta semana, vimos à greve dos caminhoneiros parar o Brasil como vimos no ano passado com a Greve Geral. Estas manifestações são o reflexo da indignação do povo com este governo que se elegeu na base da mentira e da corrupção, e ainda tem a coragem de desafiar o povo brasileiro aprovando uma série de “deformas” que quebram a indústria, tiram o dinheiro do povo e entregam para os banqueiros, rasgam a CLT e destruíram o Ensino Médio. O povo conseguiu barrar a reforma da Previdência, os sindicatos estão barrando a reforma trabalhista na base e dentro das fábricas, e agora nós estudantes barraremos esse absurdo que é a reforma do ensino médio! Não aceitaremos essa ilusão de escolha individual itinerária de educação pois precisamos de uma base que nos ensine tudo, e enquanto nossas escolas estiverem caindo aos pedaços, o ensino técnico continuará defasado e não será voltado para a área de desenvolvimento. Os diversos pontos mentirosos sobre essa reforma serão debatidos pelos estudantes nas escolas e nas plenárias regionais que realizaremos no próximo período e assim, no dia do estudante, nossa aula será ocupando as ruas em defesa do Brasil e da Educação” Afirmou Chen.

 

Gabriel Gracia, 1° Tesoureiro da entidade falou dos problemas da nossa escola atual e conclamou os estudantes as ruas! “A lei da reforma do ensino é um crime contra a educação brasileira e contra todos estudantes das escolas públicas, essa suposta “reforma” do ensino médio só comprova a falta do interesses do governo Temer de investir na escola pública para que ela seja atrativa para o estudante e que seja de qualidade, essa deforma trás como as principais mudanças a flexibilização dos currículo e deixa como matérias obrigatórias apenas português e matemática, mas sabemos que na prática isso só precarizara mais ainda o ensino público brasileiro, pois as escolas públicas já não oferecem a estrutura necessária para termos um bom aprendizado em todas as matérias pois faltam laboratórios, quadras e principalmente equipamentos. Essa reforma também autoriza que 40% do ensino médio sejam feito a distância e abre portas para a privatização do ensino e por isso que nós estudantes precisarmos ocupar as escolas e as ruas para lutar contra essa reforma!! Dia 11 de agosto os estudantes ocuparam as ruas para lutar pela revogação da reforma do ensino médio!”.

 

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Para Larissa Sotero, diretora de escolas técnicas, o problema consiste ainda mais no ensino técnico “Sabemos como nossas escolas públicas sofrem com a ausência de investimento e de cuidados do estado, e ainda sim, se planeja e implanta uma reforma em que abre ainda mais margem para o sucateamento, e para a entrega da educação para o setor privado. E ainda, temos a PEC 55 (PEC da Morte) que congela o investimento público que muito afeta o setor da educação”.

  

“E ainda mais do ensino técnico, pois dizer que as estruturas das escolas estaduais podem fornecer ensino técnico além de ser uma falácia, as escolas públicas hoje se quer tem estrutura para o ensino comum, caso realmente aconteça na prática, só poderão fornecer cursos de baixa qualidade teórica e prática”.

 

“Porque não se investe, logo, não se tem estrutura para comportar o material necessário para a formação de qualidade. Afastando cada vez mais do desenvolvimento científico e industrial, que impulsiona o crescimento da economia e consequentemente do país, como nação”.

 

“Descaso que já fez antes no PRONATEC, programa que fornece vagas para os alunos em instituições profissionalizantes privadas, transferindo dinheiro público para estes, que nem se quer pode ser chamada de técnico, uma vez que forma jovens em cursos extremamente precários e de serviço, como de auxiliar administrativo, operador de computador, e por aí vai”.

  

“Com a reforma do ensino médio, os alunos não vão conseguir ingressar no mercado de trabalho com esta tal formação técnica que hoje nos é oferecida, quando tão pouco se investe na educação, quem nos dirá em empregos para esses juventude que se forma mal e porcamente, e paralelamente à crise que hoje existe, com mais de 26 milhões de desempregados no BRASIL”.

 

“Assim como já acontece na reforma do ensino médio que não fortalece a educação e o real ingresso do aluno no mercado de trabalho, totalmente contrário aos argumentos dito pelo governo desde 2014, quando na verdade, o que realmente faz é pouco caso da formação do jovem, enquanto fortalece as instituições privadas” Afirmou Larissa Sotero.

 

 

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