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Hoje, dia 30 de agosto foi mais um dia de luta para os estudantes secundaristas de São Paulo.

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Depois da manifestação do dia 16 de agosto, os estudantes aprovaram na plenária do dia 25 de agosto realizada no Cine-teatro Denoy de Oliveira, na sede da UMES, realizar a manifestação de hoje. Durante o decorrer da semana foram feitas diversas manifestações e panfletagens em portas de escolas para organizar o ato. E hoje, cerca de 2000 estudantes ocuparam as ruas novamente contra a “Deforma” do ensino médio.

 

A proposta aprovada por Michel Temer através de medida provisória tem gerado revolta entre a juventude, pois sucateia ainda mais a educação pública brasileira, além de propor uma Base Comum Curricular que torna obrigatório apenas as disciplinas de Português e Matemática excluindo todas as outras matérias do currículo básico. A reforma também prevê a separação do ensino em 5 áreas distintas, de escolha do estudante, porém não informa o currículo dessas áreas e não garante que as 5 sejam ofertadas em todas as escolas, ou seja a escola mais próxima da casa do aluno pode não ofertar a área de escolhida por ele, obrigando ele a se deslocar até que encontre a área que quer em outra escola, além de outros pontos sem clareza e outros problemáticos como ensino à distancia e repasse de verbas publicas ao setor privado.

 

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Os estudantes escolheram o dia de hoje para realizar a manifestação na tentativa de demonstrar ao Supremo Tribunal Federal a indignação com essa proposta, pois o STF deve votar ainda hoje, sobre a constitucionalidade da reforma. A proposta é a terceira pauta do dia e ainda não começou a ser discutida. A ação foi feita ao STF pelo PSOL no ano passado e em um primeiro momento foi negada por entender que alterações no texto já contemplavam o pedido, contudo após reconsiderar, o Ministro Edson Fachin incluiu a ação na pauta.

 

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Segundo Lucas Chen, presidente da UMES, “a luta não acaba aqui, pois caso o STF não derrube a Reforma as mobilizações continuarão, e serão cada vez maiores, pois essa é uma medida arbitraria do governo federal que não consultou a população e os estudantes. Depois dessas manifestações os grêmios voltaram para suas escolas fortalecidos e com muito mais responsabilidade de ampliar o debate com cada estudante.”

 

Arbitrário também foi o tratamento dado aos estudantes pela Tenente Isabel, do 11° Batalhão, que desde o principio conduziu o policiamento de forma nunca vista por nenhum dos manifestantes presentes. O abuso da Tenente foi desde fiscalizar exageradamente o carro de som, atrasando a saída, até inventar hospital para desligar o som da manifestação. Para finalizar a arbitrariedade a despreparada Tenente deu voz de prisão e conduziu no “chiqueirinho” do camburão o presidente da entidade, Lucas Chen e o tesoureiro, Jonathan Oliveira, por “desobediência”, já que estes não mantiveram a manifestação em apenas uma faixa conforme seus caprichos[?!].

 

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Sobre estes lamentáveis incidentes a diretoria da UMES se posiciona em breve nota abaixo:

 

“Após anos de realizações de diversas manifestações, a diretoria da UMES vivenciou hoje mais um fato que traz à tona o completo despreparo da Polícia Militar em lidar com manifestações populares. A UMES exige que o Governador se posicione à respeito das atitudes arbitrarias e os abusos de autoridade da Tenente Isabel, que ao final de nossa manifestação levou detidos o presidente e tesoureiro de nossa entidade.”

 

 

Veja aqui outras matérias sobe a manifestação:

 

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Veja abaixo as fotos da manifestação

 

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