7 de Setembro: Estudantes vão às ruas de caras pintadas em defesa da Educação
No dia da Independência, os estudantes realizarão atos em ao menos 40 cidades brasileiras contra os ataques do governo Bolsonaro à Educação, em defesa da Amazônia e da Democracia.
Em São Paulo, o ato será realizado na Praça Oswaldo Cruz, no começo da Avenida Paulista, às 9 da manhã
Os protestos são organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e pela União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), além de entidades estudantis estaduais e contam com apoio do movimento sindical e social.
Os estudantes se mobilizam contra o estrangulamento das universidades federais, que tiveram em média 30% da verba de custeio cortada pelo governo. Eles rejeitam também o projeto privatista “Future-se” – que entrega as instituições federais de ensino para empresas privadas travestistas de “Organizações Sociais”.
As entidades também condenam o corte das mais de 11 mil bolsas da Capes e o bloqueio orçamentário do CNPq, as duas principais instituições de fomento à pesquisa do país que foram inviabilizadas pelo governo.
O presidente da União Municipal dos Estudantes Secundaristas de São Paulo (UMES), Lucas Chen, destaca que “no dia 7 de setembro, o Dia da Independência do Brasil, os estudantes irão novamente para as ruas contra o governo Bolsonaro. Vamos defender nossa Bandeira, pintar de verde e amarelo os nossos rostos e denunciar o caráter antidemocrático e antinacional deste governo”.
Para ele, “Bolsonaro transformou a educação, a ciência, o meio-ambiente, os direitos dos trabalhadores e a democracia nos principais alvos da sua destruição”.
“Cada vez mais, Bolsonaro expõe seu ódio contra o povo brasileiro”, destacou Chen.
CARAS PINTADAS
Bolsonaro chamou a população para comparecer às comemorações oficiais – promovidas por seu (des)governo – vestindo o verde e o amarelo, para “mostrar que a Amazônia é nossa”. A medida foi encarada pelos estudantes como “oportunista” já que, quem ameaça hoje à Amazônia é o próprio governo Bolsonaro.
“Vamos mostrar, no dia 7, que patriota não é aquele ou aquela que bate continência à bandeira americana, enquanto desmonta o Estado nacional, desde a educação até o meio ambiente. Patriotas de verdade são os estudantes, trabalhadores e o povo brasileiro que luta incansavelmente para construir um país plural, democrático, soberano e desenvolvido. Nesse 7 de setembro, os caras pintadas voltarão”, afirmou o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki.
Segundo o presidente da União Nacional dos Estudantes, Iago Montalvão, o atual governo não tem política de preservação ambiental para a região amazônica. “É uma chacota com a cara do povo brasileiro. Não podemos aceitar isso. Precisamos ir às ruas, sim, para defender a nossa educação e a nossa Amazônia da destruição que esse governo tem operado. Por isso, dia 7 eu vou de preto. Eu luto pela educação e pela Amazônia”, afirmou em vídeo nas redes sociais.
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