Sem repressão, manifestantes garantem a ordem em SP

Uma multidão, com cerca de 130 mil pessoas ocuparam as principais vias de São Paulo, na segunda-feira, 17, numa gigantesca manifestação contra o aumento da passagem do transporte público (ônibus, Metrô e CPTM), elevado para R$ 3,20.

A concentração foi no Largo da Batata, de onde os manifestantes saíram em passeata tomando todas as faixas da Avenida Faria Lima.

Durante a manifestação, os participantes entoavam palavras de ordem como “mão para o alto, R$ 3,20 é um assalto!”; “governador preste atenção: a juventude não aceita repressão!”; “se a tarifa não baixar, a cidade vai parar!”; “governador, pode escolher, ou cai a tarifa ou cai você!”.

Sem a truculência e intervenção da PM, a manifestação foi pacífica, não havendo nenhuma ocorrência de violência, depredação de patrimônio particular ou público. A resposta dos manifestantes foi: “que coincidência! Não tem polícia, não tem violência!”.

Ao chegar ao cruzamento da Avenida Rebouças, uma parte seguiu em direção à Avenida Paulista e outra, a maior, pela Faria Lima. Já na avenida Juscelino Kubitschek, uma outra parte se dirigiu para a Marginal Pinheiros, tomando as sete faixas da via. A avenida paulista também foi tomada pelos manifestantes, que entoaram o Hino Nacional Brasileiro. (Veja um dos vídeos da manifestação!)

Na marginal, outra multidão vinda do sentido oeste se juntou à manifestação na altura da Ponte Estaiada, em frente à Rede Globo, onde manifestantes também protestaram contra a emissora.  

A manifestação seria encerrada na Ponte Estaiada. Porém, manifestantes ainda seguiram pela Avenida Morumbi, rumo ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Na semana passada, Alckmin afirmou que não cogita abaixar o preço da tarifa dos transportes públicos e não se manifestou após os protestos.

 

REDUÇÃO DA TARIFA

Nesta terça-feira, 18, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, se comprometeu a examinar a planilha de custos de transporte do município para “refletir no que eu poderia cortar de serviços para viabilizar a redução da tarifa”. Ele, no entanto, não revogou o aumento durante a reunião do Conselho da Cidade, que foi unânime ao pedir a suspensão do novo valor de R$ 3,20.

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