Encontro gremios UMES

Encontro de Grêmios de São Paulo – Unir forças para derrotar Bolsonaro e libertar o Brasil

Encontro gremios UMES

Estudantes se reuniram na sede central da entidade – Foto: Thaynan Diniz/UMES

Nesta segunda-feira (25), a União Municipal dos Estudantes Secundaristas – UMES realizou o Encontro de Grêmios da Cidade de São Paulo, que reuniu, na sede central da entidade, representantes de escolas de toda a capital paulista.

 

O encontro de grêmios livres debateu os ataques contra a Educação brasileira e as ameaças de do governo Bolsonaro à democracia. Durante todo o dia, os estudantes discutiram diferentes formas de ampliar a denúncia dos desmandos bolsonaristas e a necessidade de fortalecimento das entidades estudantis, que são uma importante trincheira na defesa dos direitos do povo brasileiro.

 

Além dos representantes dos grêmios e da diretoria da UMES, participaram do encontro representantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES).

 

Os estudantes denunciaram os ataques de Abraham Weintraub, o ministro da bolsonarista, contra o ensino público. Segundo eles, Weintraub se apresentou como o pior ministro da Educação da nossa história. “Em 2019, o governo Bolsonaro estrangulou a verba da Educação, Ciência e Tecnologia do nosso país. Mais de 17 mil bolsas de pesquisa foram canceladas este ano, causando impactos alarmantes no desenvolvimento do nosso país”.

 

“Nosso papel é impulsionar esse processo, organizar debates, assembleias, manifestações e levantar toda a cidade de São Paulo para ser uma grande trincheira contra a tentativa de acabarem com as entidades estudantis, as organizações populares e toda a economia do nosso país”, destaca trecho do documento do Encontro de Grêmios.

 

As lideranças da capital paulista também trocaram experiências sobre as diferentes realidades de suas escolas, ampliando os vínculos e a cooperação entre os estudantes presentes no encontro.

 

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), participou do encontro e saudou os estudantes que se mobilizam em defesa da Educação. “Fiquei muito feliz de participar do Encontro de Grêmios da UMES. Conversar com gente da cidade inteira que trouxe pra cá a realidade, do chão da escola, o dia-a-dia dos estudantes e ouvir as necessidades que eles possuem”, disse o deputado.

 

“Senti que a moçada saiu daqui pronta pra fazer luta. Luta em defesa do Brasil. Combatendo Bolsonaro e lutando por dias melhores, nas escolas e no Brasil”, destacou Orlando Silva.

 

Orlando na UMES

Orlando Silva deputado federal (PCdoB-SP), participou do encontro de grêmios – Foto: Thaynan Diniz/UMES

 

Leia os documentos de discussão do Encontro de Grêmios de São Paulo:

 

UNIR FORÇAS PARA DERROTAR BOLSONARO
E LIBERTAR O BRASIL

Desde que assumiu o poder, Bolsonaro tem dedicado seus esforços para destruir todos os avanços democráticos e sociais que foram conquistados na história brasileira.

 

Os ataques do clã bolsonarista aos direitos populares começaram a partir da nomeação das mais ilustres personagens da imbecilidade para a composição de seu ministério. Em todas as áreas, os retrocessos são de grandes proporções.

 

É o caso do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, que incentivou as queimadas e o desmatamento na Amazônia e se omite frente aos vazamentos de óleo no Nordeste. Ou a esclarecida ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que defende a submissão das mulheres aos homens: “menino veste azul, menina veste rosa”.

 

Na corrupção, com seu Laranjal de candidatos fantasmas, liderados pelo brilhante ministro do Turismo, Marcelo Álvaro – que recentemente capturou e estrangulou a Secretaria Especial de Cultura.

 

Das milícias, seus infames amigos de condomínio, e de gabinetes como o próprio Fabrício Queiroz;

 

Privatistas dos mais baixos escalões como o próprio Paulo Guedes, figura asquerosa que se tornou reconhecido por aplicar golpes em fundos de pensão e tenta implementar o modelo que destruiu as aposentadorias do Chile no nosso país, acabando com a Previdência Social e pondo fim ao sonho de descanso da maior parte da população brasileira.

 

Abraham Weintraub, o ministro da Educação bolsonarista, também não foge à regra. Após defender o corte de verbas para as universidades e institutos federais que seriam locais de “balburdia”, Weintraub se apresentou como o pior ministro da Educação da nossa história.

 

Em 2019, o governo Bolsonaro estrangulou a verba da ciência e tecnologia do nosso país. Mais de 17 mil bolsas de pesquisa foram canceladas este ano, causando impactos alarmantes no desenvolvimento do nosso país.

 

A verba para a Educação Básica também foi duramente golpeada por este governo. E, agora tentam colocar fim ao FUNDEB, principal fonte de recursos para as escolas brasileiras.

 

 É HORA DA FRENTE DEMOCRÁTICA!

 

 Reconhecer nosso inimigo é importante, pois temos um governo que coloca em risco a nossa democracia.

 

Não é à toa que Eduardo Bolsonaro, porta voz deste desgoverno, declarou: “Se a esquerda radicalizar, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5…”. O sonho dos saudosos da Ditadura é poder torturar, matar, abusar e silenciar seus opositores sem serem responsabilizados pelos crimes cometidos, para assim entregarem todas nossas riquezas.

 

Desde já, Bolsonaro já libera a festa dos bancos nas aposentadorias, inicia a privatização de setores estratégicos do desenvolvimento como a Eletrobrás e setores da Petrobrás e a venda da Embraer à Boeing, tenta acabar os financiamentos da educação e saúde que na prática fecharia as portas de hospitais, escolas e faculdades públicas. Cada dia mais que Bolsonaro se mantém na presidência, a destruição do estado brasileiro aumenta.

 

O povo tem dado a resposta de que não aceitará nenhuma agressão aos seus direitos. Organizadas pelas entidades estudantis, gigantescas manifestações tomaram as ruas de todo o Brasil na campanha contra os cortes na educação e por uma educação de qualidade. Os grandes tsunamis da educação nos dias 15 e 30 de maio, 12 de julho, 13 de agosto, 7 de setembro e por último 2 e 3 de outubro, fizeram com que o governo fosse obrigado a recuar dos cortes na verba das universidades e institutos federais e reverter-se parte do arrocho da verba da educação.

 

O povo se organiza para derrotar o fascismo e o obscurantismo bolsonarista. Nas nossas manifestações, já se somam os que se arrependeram do voto em Bolsonaro nas últimas eleições, mas percebem hoje que ele não é nenhum messias.

 

Nosso papel é impulsionar esse processo, organizar debates, assembleias, manifestações e levantar toda a cidade de São Paulo para ser uma grande trincheira contra a tentativa de acabarem com as entidades estudantis, as organizações populares e toda a economia do nosso país.

 

A história do Brasil mostra que a luta vale a pena, derrotamos a escravidão e a ditadura, criamos grandes centros de estudo como as mais belas universidades por todo o país, um ensino técnico de qualidade que permitiu a criação das mais refinadas tecnologias e indústrias de grande porte como a Petrobras, isto tudo refletiu em melhores condições de vida para nossos familiares, amigos e a sociedade no geral. É hora de unirmos todas as forças numa grande frente democrática para derrotar Bolsonaro e podermos retomar nosso caminho para o desenvolvimento de um país soberano, livre de miséria, fome, desemprego, assassinatos e as mais variadas formas de opressão.

 

 UM GRÊMIO EM CADA ESCOLA!

 

 Qual é a escola dos nossos sonhos? É uma escola sem nenhum tipo de estrutura, sem professores, com falta de materiais básicos, onde somos tratados como um simples número para o estado ou é aquela que atende de fato a realidade, com um investimento real do estado na educação nacional, que tenha laboratórios, quadras de qualidade, professores valorizados? Aquela escola que nos ajude a realizar os nossos sonhos de entrar na Universidade pública que é o nosso espaço de direito, uma escola que de fato tenha uma transformação prática e efetiva e que nos leve para museus para conhecer a nossa história na prática?

 

Para de fato termos uma escola que não aprisione os nossos sonhos, precisamos fortalecer os grêmios estudantis, fazendo debates, projetos nas nossas escolas e assim fortalecemos cada dia mais o movimento estudantil que tem uma belíssima história em defesa da educação brasileira, por isso temos a UMES-SP, a União Municipal dos Estudantes Secundaristas que construiu os grandes tsunamis da educação e que em unidade vai derrotar os inimigos do povo e da educação.

 

FORTALECER O ENSINO TÉCNICO, PÚBLICO E GRATUITO

 

A luta pelo ensino público, gratuito e de qualidade sempre foi a principal bandeira de luta dos estudantes ao longo da História do Brasil. É por meio de um ensino de qualidade podemos proporcionar a desconstrução da intolerância que hoje assola o país.

  

Quando nos referimos ao ensino técnico, esse pensamento toma uma proporção ainda maior. A sua proposta (desde a origem) é de levar não só o ensino básico para os estudantes, mas também uma qualificação profissional, maior exposição à Ciência e Tecnologia nos diversos cursos que são disponibilizados pelos institutos de ensino.

 

O ensino técnico é uma importante ferramenta para vencermos a grave crise que hoje afeta de diversas maneiras o Brasil. Os jovens brasileiros são algumas das maiores vítimas do desemprego e, mão-de-obra qualificada aumenta a possibilidade de o estudante conseguir um emprego de qualidade, tirando-o da informalidade e diminuindo assim a fila de desempregados e subempregados que hoje passa dos 30 milhões de pessoas em todo o país. Dando a possibilidade de consumo para a população, fazendo com que a economia interna saia da estagnação.

 

Ao decorrer dos anos, a única coisa que se torna perceptível nos governos que passaram pelo Brasil são seus projetos de desmanche da educação pública, dificultando a formação adequada dos estudantes e impedindo o desenvolvimento de uma mão-de-obra mais qualificada que atenda as necessidades de produção do país para podermos assim vencer essa desigualdade social e econômica.

 

No ensino técnico estadual o ataque consiste em retirar investimentos para sucatear a formação nas instituições de ensino, que deixam de oferecer maquinários para o dia-a-dia, e que possuem materiais obsoletos que dificultam o manuseio e o entendimento de quem está utilizando.

 

Nas ETECs, os problemas começam pela falta de verba que hoje é suprida pelas APMs (Associação de Pais e Mestres) que com contribuições tentam mantê-las em funcionamento, ainda que precário.

 

Os problemas não param por aí, a situação chegou ao extremo em algumas ETECs, como por exemplo, a ETEC Guaracy Silveira, onde chove mais dentro do que fora, ou em outros casos na falta de suprimentos e materiais na inexistência de computadores, laboratórios, carteiras, sala de aula e até mesmo professores.

 

Mas os problemas não param na falta de investimento. A incorporação da reforma do Ensino Médio nas ETECs, com a extinção do Ensino Médio Integrado ao Médio (ETIM) que seria substituído pelo MTEC, reduz, ao longo dos três anos, 760 horas de aula do Ensino Médio “comum”. Mais uma forma de cortar verba, reduzir investimento na educação, sucatear a qualidade, retirar a formação crítica dos estudantes e assim formar apertadores de parafuso sem condições de prestar o vestibular.

 

Este é o fim do ensino técnico para o Estado de São Paulo.

 

IFS

  

O governo Bolsonaro iniciou uma campanha de destruição do ensino público, do básico ao ensino técnico federal. Os IFs estão na mira de Bolsonaro, com os cortes na verba de custeio, o governo tentou acabar com o financiamento da educação; com Escola Sem Partido tentou censurar toda a comunidade escolar; tentou nomear interventores nas reitorias para aplicar seus ataques e com a proposta do FUTURE-SE tentou acabar com o investimento publico no ensino federal, criando margem para o setor privado dominar o ensino brasileiro e tira-lo das mãos do povo.

  

Os resultados dessas medidas são os IFs enfrentando dificuldades para manter serviços básicos, como pagar em dia contas de água e luz, assim como sucateamento dos laboratórios, redução de bolsas assistenciais, cancelamento de projetos de fomento à pesquisa e extensão, aumento da retenção e a da evasão escolar. A instituição perde qualidade e o estudante seu direito de poder contribuir para o crescimento do país.

 

As propostas de destruição de Bolsonaro vão além da falta de verba nos setores estratégicos do país, o ataque proposto pelo clã bolsonarista cerceia a democracia e o pensamento crítico. O repudio de Bolsonaro à educação e à ciência mostra a verdadeira estratégia: deixar o povo na ignorância.

 

Obscurantismo que se assemelha com a idade das trevas.

 

Isso mostra a importância da educação pública, gratuita e de qualidade, junto à ciência e tecnologia para derrotar esse projeto fascista. Ao longo da história da humanidade estas ferramentas mostraram ser a maior arma contra as ditaduras fascistas que tentaram subjugar os povos. 

 

É nesse contexto que queremos um ensino técnico que nos permita derrotar Bolsonaro.

 

É inquestionável que a função da escola seja formar cidadãos para se tornarem emancipados. Porem isso só será possível se o ensino técnico for prioridade, se tivermos orçamento para custear sua qualidade. Desse modo, o jovem se formará com maiores chances de emprego, tendo conhecimento destacado e uma profissão, podendo ajudar sua família e investir em seu futuro e nos seus sonhos.

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