141043391_3325112897593161_1825179374004965390_o.jpg

“Cinema Soviético e Russo em Casa” retorna hoje com “Anna Karenina. A História de Vronsky”

 

141043391_3325112897593161_1825179374004965390_o.jpg

 

A nova temporada do projeto “Cinema Soviético e Russo em Casa” começa nesta sexta-feira (22), com a exibição de “Anna Karenina. A História de Vronsky” (2017), do diretor Karen Shakhnazarov.
A exibição gratuita será realizada no canal do CPC-UMES Filmes do Youtube.
No longa, o diretor apresentou nova abordagem do clássico de Liev Tolstoi, a partir do ponto de vista do Conde Vronsky.
A exibição estará disponível de sexta, 22/01, 19h, até domingo, 24/01, 19h.
Para acessar o canal clique em http://bit.ly/CPCUMESFilmes,

Aproveite para se inscrever e ativar o sininho para receber as notificações de novidades.

Veja o trailer:

 

 

Anna Karenina. A História de Vronsky

Karen Shakhnazarov (2017), com Elizaveta Boyarskaya, Maksim Matveyev, Vitaly Kishchenko, Kirill Grebenshchikov e Makar Mikhalkin, Rússia, 138 min.

Sinopse

Corria o ano de 1904. Um hospital militar russo funciona numa semi-abandonada aldeia chinesa. Serguey Karenin, chefe desse hospital, fica sabendo que o oficial ferido que está sendo operado é o conde Vronsky, amante de sua mãe. Karenin vai até Vronsky e lhe dirige a pergunta que o atormentara por toda a vida: o que fez sua mãe querer deixar de viver? Publicado em 1877, o aclamado romance de Tolstoi narra o trágico caso extraconjugal de Anna Karenina. Nesta adaptação cinematográfica, Shakhnazarov o tempera com os escritos Vikenty Veresaev sobre a guerra russo-japonesa, avançando 30 anos no tempo para recontar a história sob o ponto de vista de Vronsky, em vários flashbacks.

Direção: Karen Shakhnazarov (1952)

Nascido em Krasnodar, na região de Kuban, no Cáucaso, Karen Georgievich Shakhnazarov formou-se, em 1975, pelo VGIK (Instituto Estatal de Cinema). Em 1987, seu filme “O Mensageiro” recebeu prêmio especial no 15o. Festival Internacional de Moscou. Dirigiu 13 longas-metragens, entre os quais “Cidade Zero” (1988), “O Assassino do Tzar” (1991), “Sonhos” (1993), “A Filha Americana” (1995), “A Cidade dos Ventos” (2008), “A Enfermaria Número 6” (2009), “Tigre Branco” (2012), e “Anna Karenina. A História de Vronsky” (2017). Com muitos prêmios nacionais e internacionais, seus filmes apresentam uma densa reflexão crítica sobre a restauração do capitalismo e o desmembramento da União Soviética. Assumiu em 1998 a direção geral do Mosfilm, o maior estúdio de cinema da Rússia.

Argumento Original: Liev Tolstoi e Vikenty Veresaev

Liev Tolstoi (1828-1910)
Liev Nikolaevich Tolstoi, considerado um dos mais importantes autores da literatura realista de todos os tempos, nasceu em Yasnaia Polyana, na Rússia, em 9 de setembro de 1828. Com nove anos ficou órfão de pai e mãe, sendo criado por tias e educado por diversos preceptores. Em 1843, iniciou o curso de letras e direito na Universidade de Kazan, mas abandonou os estudos 4 anos depois.  Em 1851 iniciou carreira de oficial, no Exército de Cáucaso. No ano seguinte lutou na Guerra da Crimeia, entre russos e turcos, e nessa época escreveu suas primeiras obras: “Infância” (1852) e “Adolescência” (1853). Em 1856 deixou o Exército. Nesse mesmo ano escreveu “Crônicas de Sebastopol” e “Juventude”, completando sua trilogia autobiográfica. Ao regressar de uma viagem à Europa, isolou-se em sua propriedade rural, determinado a se dedicar à literatura. Casou-se nesse período com Sofia Bers, com quem teve nove filhos. Em 1865 iniciou, no formato de folhetim, a publicação de “Guerra e Paz”, uma das maiores obras literárias de todos os tempos. A publicação do romance completo viria 3 anos depois. Em 1877 lançou “Ana Karenina”, outro dos seus romances de grande repercussão. Isolando-se da sociedade e distanciando-se cada vez mais da família, Tolstoi decidiu entrar para um mosteiro. Planejou sua fuga de casa e em 31 de outubro de 1910 finalmente embarcou num trem, levando apenas a filha Aleksandra e um criado. Com a saúde abalada, foi obrigado a descer na cidadezinha de Astapovo. O fato tornou-se público, e telegramas e visitas chegaram de toda a Rússia e outras partes da Europa. Liev Tolstoi resistiu mais alguns dias, mas faleceu pouco depois. 

Vikenty Veresaev (1867-1945)

Médico, poeta, novelista, e tradutor russo-soviético da escola realista, na linha de Anton Tchekhov e Maksim Gorky, Veresaev exercia a medicina e escrevia em paralelo. Em 1895 lançou seu romance “Sem Caminho”, mas seu primeiro grande sucesso foi “Notas de um Médico”, de 1901, obra crítica semi-autobiográfica sobre a formação e a prática da medicina. Desde o final do século XIX participou ativamente dos círculos marxistas russos. Em 1903 se instalou em Moscou e fez parte de círculos de escritores. Em 1904, durante a guerra russo-japonesa, foi mobilizado para prestar serviço como médico militar e deslocou-se para a distante Manchúria. As cruéis e difíceis situações que enfrentou naquele momento são descritas por Veresaev na obra “Na Guerra Japonesa”, e no ciclo “Contos Sobre a Guerra Japonesa”. Ganhou notoriedade como crítico com seu estudo da obra de Tolstoi e Dostoievsky – “Vida Ativa. Sobre Dostoievsky e Liev Tolstoi” – de 1910. Sua obra mais importante e reconhecida é “Guerra Civil”, um romance sobre o processo por que passou o país de 1919 a 1921. Traduziu a “Ilíada” e a “Odisseia”, entre outros clássicos da literatura grega.  Em 1945 lhe foi concedido o Prêmio Stalin no âmbito literário. 

Música Original: Yuri Poteenko

Yuri Poteenko nasceu em Molodohvardiysk, Ucrânia. Recebeu por cinco vezes a indicação para o prêmio Águia de Ouro, pela Melhor Trilha Sonora Original, incluindo as que criou para “A Ilha Inabitada” (Fyodor Bondarchuck, 2009), “TigreBranco (Karen Shakhnazarov, 2012) e “O Espião” (Aleksey Adrianov, 2012).

0 respostas

Deixe uma resposta

Want to join the discussion?
Feel free to contribute!

Deixe um comentário