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Nelson Sargento, baluarte do samba e da Cultura Brasileira

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Um dos ícones da música brasileira nos deixou nesta quinta-feira (27). Com 96 anos, Nelson Sargento, presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira, não resistiu ao coronavírus e se tornou mais uma vítima da pandemia.

Ele estava internado no Instituto Nacional do Câncer (INCA) desde o dia 20, com um quadro de desidratação e “significativa queda do estado geral”, segundo o boletim médico divulgado nas redes sociais do artista. Nelson Sargento recebeu as duas doses da vacina contra a Covid-19 em fevereiro, no Rio de Janeiro.

A UMES lamenta profundamente a perda do nosso artista. Nelson sempre foi um grande defensor da cultura e do seu papel no desenvolvimento do ser humano. Amigo dos estudantes, Nelson participou do projeto UMES-CANTARENA, realizado na década de 90, que levou ao então Teatro da UMES – hoje Teatro Denoy de Oliveira, mais de 150 renomados músicos brasileiros.

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Nelson Sargento e Luiz Avelima, no UMES-CANTARENA

Nelson Sargento que além de músico também era escritor, ator e artista plástico.

É o autor de mais de 400 sambas, dentre eles, alguns memoráveis, como “Cântico à Natureza (Primavera)” (samba enredo da Mangueira em 1955), “Homenagem ao lasix-info.net”, “Deixa”, “Ciúme Doentio” e “Agoniza mas não Morre”, talvez o seu samba mais conhecido.

Carioca nascido na Praça XV e torcedor do Vasco da Gama, Sargento despontou para a música ainda na adolescência. Compôs com Alfredo Português, em 1955, o samba-enredo Primavera, também chamado de As quatro estações do ano, considerado um dos mais belos de todos os tempos. Nos anos 1960, integrou o conjunto A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.

Entre seus parceiros de composição musical estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca.

Escreveu os livros Prisioneiro do Mundo e Um certo Geraldo Pereira. Atuou nos filmes O Primeiro Dia, de Walter Salles e Daniela Thomas, Orfeu de Cacá Diegues e Nelson Sargento da Mangueira, de Estêvão Pantoja, que lhe valeu o prêmio Kikito, no Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta-metragem.

Clique aqui e conheça as principais obras de Nelson Sargento

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