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Protestos contra cortes de Bolsonaro na Educação e Ciência levam milhares de estudantes às ruas

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Estudantes de todo o Brasil realizaram atos e mobilizações nas universidades públicas, Institutos Federais (IFs) e Cefets na quinta-feira (9) contra os cortes orçamentários na Educação e a tentativa de cobrança de mensalidades nas universidades públicas brasileiras. 

A União Municipal dos Estudantes de São Paulo (UMES), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) além de entidades como FASUBRA e a ANDES-SN, realizam atos em diversas cidades contra os cortes. Na cidade de São Paulo, o protesto foi realizado em frente ao Theatro Municipal, na Praça Ramos. 

 

O bloqueio linear de 14,5% nos recursos repassados ao Ministério da Educação, promovido no final de maio pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), afetará diversas áreas e, para as Instituições Federais de Ensino Superior, representará R$ 1 bilhão a menos em um orçamento já bastante enxuto.

Outra pauta que os estudantes levarão para as ruas, além da recomposição orçamentária dos IFs, é a luta contra a tentativa de cobrança de mensalidade nas universidades públicas, prevista na Proposta de Emenda à Constituição 206/19. O parecer favorável à PEC 206 aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados.

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Após intensa mobilização nas últimas semanas, houve acordo entre os parlamentares de que o mesmo só será votado após as eleições em Outubro. No entanto, é necessário pressionar para o arquivamento da matéria que ameaça a gratuidade da Educação Superior pública.

Na mesma semana, o MEC anunciou um corte de R$ 3,2 bilhões nas despesas discricionárias das universidades, ou seja, aquelas despesas referentes ao pagamento de água, luz, manutenção de estrutura, etc. Muitas delas já ligaram o sinal amarelo, como a UFRJ, onde o impacto foi de quase R$50 milhões e que anunciou que só conseguirá pagar água, luz e segurança até o mês de agosto. 

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Lucca Gidra, presidente da UMES-SP, afirmou que a manifestação é uma resposta da sociedade contra os cortes e desmandos de Bolsonaro. 

“Bolsonaro recentemente tem vindo com uma avalanche de ataques à educação, veio com um projeto de Homeschooling, veio querer cobrar mensalidade em universidade pública e mais recente ainda, veio querer cortar R$ 3 bilhões das universidades e dos IFs. Está na hora da gente dar uma resposta nas ruas. E a manifestação de amanhã vai ter essa importância porque a gente precisa dar uma resposta a altura pra mostrar que ele não pode fazer o que ele quer com a Educação, que ele não pode fazer o que ele quer com o país. Ele não pode sair por aí picotando a verba da educação e achar que não vai ter uma resposta da sociedade”, disse. 

“A manifestação é uma forte resposta da sociedade, uma forte resposta do movimento estudantil, dos estudantes das universidades, das escolas, dos IFs para barrar esse desprojeto que ele tem feito contra a educação e para barrar toda essa avalanche de ataques que ele tem realizado”, afirmou Lucca.

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