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8ª Edição da Mostra Permanente de Cinema Italiano homenageia Francesco Rosi – VEJA A PROGRAMAÇÃO

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O Bandido Giuliano, de Francesco Rosi, fime de abertura da programação de 2023

Situado no coração do Bixiga, o Cine-Teatro Denoy de Oliveira apresenta a 8ª edição da Mostra Permanente de Cinema Italiano. Desde 2016, seguimos exibindo (e descobrindo) a vasta dimensão de estilos e temas da cinematografia daquele país. Nossa Mostra, que começou como uma pequena homenagem à histórica imigração italiana no bairro do Bixiga, já possui em seu currículo quase 300 filmes exibidos – alguns, até então, inéditos no Brasil.

Neste ano, escolhemos homenagear o cineasta Francesco Rosi, por ocasião de seu centenário, completado em novembro de 2022. Um artista do pós-guerra, Rosi dedicou-se em suas obras a questionar os interesses escusos por trás da construção da instável democracia em seu país. A selvagem interferência estrangeira, a Máfia, a especulação imobiliária, alianças políticas perigosas… Rosi debruçou-se sobre tais temas em um momento quase tão obscuro quanto o dos anos sob o fascismo, e trouxe à tona um lado incômodo da história italiana, não tão diferente da história do Brasil – ou, pelo menos, com algumas confluências.

A 8ª edição da Mostra Permanente de Cinema Italiano traz 43 filmes de 23 diretores ao longo de todo ano de 2023, sempre às segundas-feiras, às 19h, com entrada gratuita. Confira programação abaixo: 

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PROGRAMAÇÃO DE 2023

 

30/01 – O BANDIDO GIULIANO

Francesco Rosi (1962), 123 min. Drama/Ficção policial

 

06/02 – FELIZES PARA SEMPRE

Francesco Rosi (1967), 115 min. Romance/Fantasia

 

13/02 – NÃO HAVERÁ SESSÃO NESSE DIA

20/02 – NÃO HAVERÁ SESSÃO NESSE DIA

 

27/02 – EM NOME DO PAPA REI

Luigi Magni (1977), 105 min. Comédia/Ficção histórica

 

06/03 – A CORRUPÇÃO

Mauro Bolognini (1963), 82 min. Drama

 

13/03 – LIBERA, AMORE MIO!

Mauro Bolognini (1975), 112 min. Comédia/Drama/Guerra

 

20/03 – DE PORTAS FECHADAS

Dino Risi (1961), 100 min. Comédia

 

27/03 – DESCULPE O INCÔMODO

Dino Risi (1990), 94 min. Drama/Comédia

 

03/04 – CRISTO PAROU EM ÉBOLI

Francesco Rosi (1979), 150 min. Drama/Obra de Época

 

10/04 – COMÍCIOS DE AMOR

Pier Paolo Pasolini (1964), 92 min. Documentário

 

17/04 – ACCATONE – DESAJUSTE SOCIAL

Pier Paolo Pasolini (1961), 117 min. Drama

 

24/04 – O NOME DO FILHO

Francesca Archibugi (2015), 94 min. Comédia

 

01/05 – AS AVENTURAS DE PINÓQUIO

Luigi Comencini (1972), 127 min. Fantasia

 

08/05 – A GAROTA DE BUBE

Luigi Comencini (1964), 109 min. Drama/Romance

 

15/05 – O DIA DA DESFORRA

Sergio Sollima (1966), 110 min. Faroeste

 

22/05 – QUANDO OS BRUTOS SE DEFRONTAM

Sergio Sollima (1967), 112 min. Faroeste/Spaghetti western

 

29/05 – LUCKY LUCIANO – O IMPERADOR DA MÁFIA

Francesco Rosi (1973), 115 min. Crime/Drama

 

05/06 – A MULHER MACACO

Marco Ferreri (1964), 93 min. Drama/Comédia

 

12/06 – ROMEU E JULIETA

Franco Zeffirelli (1968), 138 min. Romance/Drama

 

19/06 – A HORA DA RELIGIÃO

Marco Bellocchio (2002), 105 min. Drama

 

26/06 – AS MÃOS SOBRE A CIDADE

Francesco Rosi (1963), 105 min. Drama

 

03/07 – O MAGNÍFICO TRAÍDO

Antonio Pietrangeli (1964), 124 min. Comédia/Comédia erótica

 

10/07 – LA PARMIGIANA

Antonio Pietrangeli (1963), 110 min. Comédia/Drama

 

17/07 – UM BURGUÊS MUITO PEQUENO

Mario Monicelli (1977), 122 min. Drama

 

24/07 – GUARDAS E LADRÕES

Mario Monicelli (1951), 105 min. Comédia

 

31/07 – CADÁVERES ILUSTRES

Francesco Rosi (1976), 127 min. Mistério/Thriller político

 

07/08 – O GRITO

Michelangelo Antonioni (1957), 116 min. Drama/Romance

 

14/08 – O ECLIPSE

Michelangelo Antonioni (1962), 125 min. Drama/Romance

 

21/08 – CIÚME À ITALIANA

Ettore Scola (1970), 99 min. Comédia

 

28/08 – A VIAGEM DO CAPITÃO TORNADO

Ettore Scola (1990), 132 min. Aventura/Comédia

 

04/09 – SENTADO À SUA DIREITA

Valerio Zurlini (1968), 89 min. Drama/Guerra

 

11/09 – A PRIMEIRA NOITE DE TRANQUILIDADE

Valerio Zurlini (1972), 105 min. Romance/Drama

 

18/09 – DOIS VINTÉNS DE ESPERANÇA

Renato Castellani (1952), 110 min. Romance/Drama

 

25/09 – SOB O SOL DE ROMA

Renato Castellani (1948), 104 min. Comédia/Drama

 

02/10 – PAI PATRÃO

Vittorio e Paolo Taviani (1977), 114 min. Drama

 

09/10 – A NOITE DE SÃO LOURENÇO

Vittorio e Paolo Taviani (1982), 107 min. Drama/Guerra

 

16/10 – OS SETE IRMÃOS CERVI

Gianni Puccini (1968), 105 min. Drama/Guerra

 

23/10 – PAISÀ

Roberto Rossellini (1946), 120 min. Drama/Guerra

 

30/10 – O MEDO

Roberto Rossellini (1954), 84 min. Drama

 

06/11 – BEM-VINDO AO SUL

Luca Miniero (2010), 106 min. Comédia

 

13/11 – BEM VINDO AO NORTE

Luca Miniero (2012), 110 min. Comédia

 

20/11 – A GAROTA QUE SABIA DEMAIS

Mario Bava (1963), 92 min. Mistério/Thriller

 

27/11 – CIDADE DAS MULHERES

Federico Fellini (1980), 139 min. Fantasia/Comédia dramática

 

04/12 – A ESTRADA DA VIDA

Federico Fellini (1954), 115 min. Drama

 

DIRETORES EXIBIDOS NA MOSTRA

 

FRANCESCO ROSI (1922-2015)

Nascido em Nápoles, Francesco Rosi estudou Direito. Nos anos 40 trabalhou no rádio como jornalista. Ingressou na indústria cinematográfica em 1948, foi assistente de vários cineastas, entre os quais Luchino Visconti com quem fez “La Terra Trema” (1948), “Belíssima” (1951) e “Senso” (1956). Sua carreira, marcada por obras de grande empenho social e político, começou em 1958 com “A Provocação”. Tem entre seus filmes grandes sucessos como “O Caso Mattei” (1972), “Lucky Luciano” (1973) e “Cadáveres Ilustres” (1976). Recebeu o Urso de Prata de Melhor Diretor em 1962 por “Bandido Giuliano” e o Prêmio de Ouro do 11° Festival de Moscou (1979) por “Cristo Parou em Eboli”. Em 2008 foi homenageado no Festival de Berlim com um Urso de Ouro pelo conjunto da obra.

 

LUIGI MAGNI (1928-2013)

De Roma. Em 1968, foi roteirista do filme de Mario Monicelli, “A Garota com a Pistola”, sucesso de crítica e público. Seu primeiro filme foi  “Faustina”(1968), mas foi com “Os Carbonários”(1969) que alcançou sucesso, tendo a maior bilheteria do cinema italiano do ano. O filme marcou o início da parceria com o ator Nino Manfredi. Em 1977, Magni alcançou novamente o sucesso com o filme “Em Nome do Papa Rei”. Já foi membro do júri no Festival Internacional de Filmes de Moscou e se aposentou do cinema em 2004, com a morte de Nino Manfredi, com quem trabalhou até 2003.

 

MAURO BOLOGNINI (1922-2001)

Nasceu na Toscana. Formado também em arquitetura, estudou cenografia na Academia Nacional Italiana de Cinema. Foi assistente de Luigi Zampa na Itália, e Yves Allégret e Jean Delannoy na França. Estreou em 1953 com ”Ci Troviamo In Galleria”. Seu primeiro sucesso de crítica e público foi “O Belo Antônio”, em 1960. Além de grandes títulos de cinema, Bolognini também dirigiu produções teatrais e óperas. Entre suas obras, estão: ”A Longa Noite das Loucuras’ (1959), ”Caminho Amargo” (1961), ”Desejo que Atormenta” (1962), ”As Bruxas” (1967) e ”A Grande Burguesia” (1974).

 

DINO RISI (1916-2008)

O milanês Dino Risi estudou medicina e formou-se em psiquiatria. Foi crítico de cinema, roteirista, trabalhou como assistente de direção. Nos anos 50, mudou para Roma, se tornando um dos grandes criadores da commedia all’italiana, junto a Ettore Scola, Mario Monicelli e Pietro Germi. Dirigiu 54 filmes, entre eles: “O Signo de Vênus” (1955), “Um Vida Difícil ” (1961), “Aquele que Sabe Viver” (1962), “Operação San Genaro” (1966), “Esse Crime Chamado Justiça” (1971). “Perfume de Mulher” valeu a Vittorio Gassman o grande prêmio de interpretação masculina no Festival de Cannes de 1975. Em 2002, recebeu o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, pelo conjunto da obra.

 

PIER PAOLO PASOLINI (1922-1975)

Poeta, escritor e cineasta, Pasolini nasceu em Bolonha. Compôs os primeiros poemas em dialeto friulano, “Poesia a Casarsa” (1942). Seus romances “Vadios” (1954) e “Uma Vida Violenta” (1959) lhe asseguraram o êxito literário. Dirigiu, entre 1955 e 1959, a revista Officina, escrevendo depois roteiros e realizando vários filmes, entre os quais “Accattone” (1961), “Mamma Roma” (1962), “O Evangelho Segundo Mateus” (1964), “Gaviões e Passarinhos” (1966), “Édipo Rei” (1967), “Teorema” (1968), “Medeia” (1969), “Pocilga” (1969), “Decameron” (1971), “Salò ou os 120 Dias de Sodoma” (1975). Repudiado pelo Vaticano, quando lançado em 1964 no Festival de Veneza, “O Evangelho…” foi reabilitado em 2014, um ano após a posse do Papa Francisco, como “o melhor filme já feito sobre a vida de Jesus Cristo”.

 

FRANCESCA ARCHIBUGI (1960)

Nascida em Roma, começou a trabalhar como atriz aos 16. Formou-se em Direção de Cinema pelo Centro Sperimentale di Cinematografia de Roma. Seu primeiro filme é “Mignon è partita” (1988), que conquistou 5 David di Donatello. Seu segundo filme, “Verso sera” (1990), com Marcello Mastroianni e Sandrine Bonnaire, foi eleito Melhor Filme do Ano no Prêmio David di Donatello. Também é conhecida por  “Questione di cuore” (2009) e “Campo das Ilusões” (1993).

 

LUIGI COMENCINI (1916-2007)

Nasceu na província de Bréscia. Roteirista e diretor com mais de 40 filmes em sua carreira. Junto a Dino Risi, Ettore Scola e Mario Monicelli, é considerado um dos mestres da commedia all’italiana. “Retorno ao Lar” (1960) é um de seus principais filmes. A comédia “Pão, Amor e Fantasia” (1953) levou o Urso de Prata em Berlim, em 1954. Ganhou o David di Donatello de Melhor Diretor e foi indicado à Palma de Ouro com o filme “Quando o Amor é Cruel” (1966). Em 1974, seu filme “Delitto d´amore” representou a Itália em Cannes e, em 1986, dirigiu “Un ragazzo di Calabria”, apresentado no Festival de Veneza em 1987, numa edição em que Comencini recebeu o Leão de Ouro pela sua carreira.

 

SERGIO SOLLIMA (1921 – 2015)

Nascido em Roma, Sergio Sollima foi um dos grandes nomes do velho oeste italiano. Na década de 30, graduou-se no Centro Experimental de Cinematografia e aliou-se à Resistência na luta contra o fascismo. Sua estreia acontece com  “L’amore difficile” (1962), antologia de curtas românticos protagonizados por Nino Manfredi. Em 1966, Sollima migra para o velho oeste. Seu primeiro filme, “Dia de Desforra”, atinge grande sucesso. Em sequência, filma “Face a Face” (1967) e “Corra, Homem, Corra” (1968), ambos muito populares, tornando-se assim um dos grandes nomes do velho oeste.

 

MARCO FERRERI (1928-1997)

Nasceu em Roma. Estudou Veterinária, mas trabalhou também como jornalista. Era conhecido por suas opiniões fortes e pontuais sobre socialismo e religião. Sua carreira começou com a efervescência cultural do pós-guerra, com uma série de documentários pedindo aos cineastas que parassem de enganar o público com seus filmes. Em 1959, dirige seu primeiro longa, uma comédia espanhola chamada “El Pisito”. Em 1961, inicia sua carreira na Itália, reunindo-se com Cesare Zavattini para um filme policial, “As Mulheres Acusam”. Os filmes de Ferreri se tornam mais críticos à sociedade moderna: “A Mulher Macaco” (1964) sobre como a sociedade enxerga e objetifica as mulheres. Entre seus filmes estão “Dilinger está Morto” (1969), “Liza (1972)”,  “A Comilança” (1973) e “Crônica de um Amor Louco” (1981).

 

FRANCO ZEFFIRELLI (1923-2019)

Gianfranco Corsi (Franco Zeffirelli) nasceu em Florença, ficou órfão aos cinco anos, foi criado por um grupo de atrizes inglesas, entre elas Mary O’ Neill, que lhe ensinou inglês, literatura, teatro e Shakespeare. Estudou arquitetura em Florença. Depois da guerra mudou-se para Roma e foi assistente de grandes cineastas como De Sica, Visconti e Rossellini. Nos anos 50, voltou-se para a ópera, encenou espetáculos como “L’Italiana in Algeri”, de Rossini, e dirigiu estrelas como Maria Callas. Após “La Bohème”, de Puccini, voltou ao cinema e fez “A Megera Domada” (1967). No ano seguinte, com “Romeu e Julieta” (1968), ganhou o Oscar de Melhor Diretor. Dirigiu também  “Irmão Sol, Irmã Lua” (1972), “La Traviata” (1982), “Otelo” (1986), “Hamlet” (1990), entre outros.

 

MARCO BELLOCCHIO (1939)

Nasceu em Bobbio, Emilia-Romagna. Estudou cinema em Roma, no Centro Experimental de Cinematografia, e depois em Londres. Dirigiu, aos 26 anos, seu primeiro filme, o polêmico e inconformista “De Punhos Cerrados” (1965), até hoje uma de suas obras mais vistas. Realizou cerca de 30 longas, entre os quais: “La China È Vicina” (1967), “Nel Nome del Padre” (1972), “Sbatti Il Mostro In Prima Pagina” (1972), “A Gaivota” (1977), “A Hora da Religião” (2002), “Bom Dia, Noite” (2003), “Vencer” (2009), “O Traidor” (2019).

 

ANTONIO PIETRANGELI (1919-1968)

Romano, escrevia resenhas de filmes para revistas. Como roteirista, destaca-se sua participação nas obras “Obsessão” (1943), de Visconti e “Europa ‘51”(1952), de Rossellini. Na direção, estreou em 1953 com o filme “O Sol nos Olhos”. “Adua e seus Amigos” (1960) foi um filme de destaque. “Conheço Bem Essa Moça” lhe rendeu três prêmios Nastro d’Argento de melhor diretor, melhor roteiro e melhor ator coadjuvante (Ugo Tognazzi). Pietrangeli faleceu aos 49 anos enquanto trabalhava no filme “História de um Adultério”, finalizado pelo diretor Valerio Zurlini.

 

MARIO MONICELLI (1915-2010)

Crítico cinematográfico desde 1932, de 1939 a 1949 colaborou em cerca de 40 filmes, como argumentista, roteirista e assistente de direção. Como diretor, estreia em parceria com Stefano Vanzina em 1949 com “Totò Cerca Casa”. A colaboração dos dois diretores gerou oito filmes, entre eles, o célebre “Guardie e Ladri” (1951). “Os Eternos Desconhecidos” (1958), é considerado o primeiro do filão da commedia all`italiana. Em 1959, “A Grande Guerra” ganhou o Leão de Ouro do Festival de Veneza e rendeu sua primeira indicação ao Oscar. A segunda viria em 1963, com “Os Companheiros”. Diversas outras películas merecem destaque, em sua carreira de mais de 60 filmes: “O Incrível Exército de Brancaleone” (1966), “Meus Caros Amigos” (1975), “Um Burguês Muito Pequeno” (1977), “Quinteto Irreverente” (1982).

 

MICHELANGELO ANTONIONI (1912-2007)

Nasceu em Ferrara. Graduado em Economia, chega a Roma em 1940, onde entra para o Centro Sperimentale di Cinematografia, na Cinecittà. O primeiro sucesso foi “A Aventura” (1960), seguido por “A Noite” (1961) e “O Eclipse” (1962), que formam uma trilogia. Em 1964, lança seu primeiro filme colorido “O Deserto Vermelho”. Em 1966, seu primeiro filme em inglês, “Blow-Up – Depois Daquele Beijo”, e “Zabriskie Point” (1970), rodado nos EUA. Em 1985, sofreu um AVC e, apesar de ficar parcialmente paralítico e quase impossibilitado de falar, dirigiu outro filme com ajuda de Wim Wenders, “Além das Nuvens” (1995). Nesse mesmo ano é premiado com um Oscar pelo conjunto da sua obra.

 

ETTORE SCOLA (1931-2016)

Nasceu em Trevico. Ingressou no cinema como roteirista em 1953. Escreveu para Steno (“Um Americano em Roma”, 1954), Luigi Zampa (“Gli Anni Ruggenti”, 1962), Dino Risi (“Il Sorpaso”, 1962). Seu primeiro filme foi “Fala-me de Mulheres”, em 1964. Obteve reconhecimento internacional com “Nós Que Nos Amávamos Tanto” (1974), tocante painel da Itália pós-guerra. Em 1976, ganhou Prêmio de Melhor Direção no 29º Festival de Cannes, com “Feios, Sujos e Malvados”. Realizou vários filmes de sucesso, incluindo “Um Dia Muito Especial” (1977), “Casanova e a Revolução” (1982), “O Baile” (1983), “Splendor” (1987), “O Jantar” (1998), “Concorrência Desleal” (2000). Em 2011 dirigiu “Que Estranho se Chamar Federico”, uma homenagem ao amigo Federico Fellini.

 

VALERIO ZURLINI (1926-1982)

Nascido em Bolonha, estudava Direito quando ingressou na Resistência, em 1943. Depois da 2ª Guerra Mundial, foi assistente de direção no Piccolo Teatro de Milão. Realizou em 1954 seu primeiro longa: “Quando o Amor é Mentira”, baseado no romance de Vasco Pratolini, Le Ragazze di San Frediano. Seu segundo longa, “Verão Violento” (1959), lhe trouxe notoriedade. “A Moça com a Valise” (1961) repetiu a dose. Mas Zurlini ficou mais conhecido por suas adaptações literárias: “Dois Destinos” (1962), adaptação de outro romance de Vasco Pratolini; “Mulheres no Front” (1965), baseado em romance de Ugo Pirro; “La Promessa” (1970) em uma peça de Aleksei Arbuzov e seu último filme “O Deserto dos Tártaros” (1976), em romance de Dino Buzzati.

 

RENATO CASTELLANI (1913-1985)

Nasceu em Varigott, na Ligúria, passou parte de sua infância na Argentina, em Rosário. Em 1927, volta à Itália para estudar Arquitetura e logo depois segue carreira militar. No cinema, trabalhou como consultor militar, crítico, roteirista e assistente de direção. Seu primeiro filme foi o drama “Un colpo di pistola” (1942), mas ficaria conhecido por suas obras neorrealistas, como os clássicos  “Sob o Sol de Roma” (1948) e “Inferno na Cidade” (1959). Em 1952, com “Dois Vinténs de Esperança”, ganha o Grand Prix do Festival de Cannes. 2 anos depois, conquista o Leão de Ouro no Festival de Veneza por “Romeo e Julieta”.

 

VITTORIO (1929-2018) E PAOLO TAVIANI (1931)

Nasceram na Toscana. Realizaram 22 filmes, ao longo de 60 anos. Iniciaram a carreira em 1954 com o curta “San Miniato, luglio ’44”. Em 1960 rodaram o documentário “L’Italia Non É Un Paese Povero” junto com Joris Ivens. Com “Os Subversivos” (1967) e “Sob o Signo de Escorpião” (1969), começaram a fazer sucesso. Seus próximos filmes são considerados clássicos: “Pai Patrão” (1977), Palma de Ouro no 30º Festival de Cannes; “A Noite de São Lourenço” (1982), Prêmio Especial do Júri em Cannes. Entre seus filmes mais conhecidos, estão “Kaos” (1984), “Bom Dia, Babilônia” (1987); “Noites com Sol” (1990) e “Aconteceu na Primavera” (1993).

 

GIANNI PUCCINI (1914-1968)

De Milão, foi jornalista, crítico, cineasta e roteirista. Ainda sob o fascismo, foi diretor da revista Cinema, que buscava mudar o rumo da cinematografia italiana, na época à mercê dos “telefones brancos”. Como roteirista, contribuiu para o filme “Obsessão” (Luchino Visconti, 1943), entre outros. É conhecido por suas comédias de costumes, faroestes e clássicos políticos. Entre suas obras estão: “Boneca Noturna” (1958), “Essa Noite Eu Caso Com a Lua” (1960), “A Derradeira Missão” (1960), e “Seis Mandamentos para um Pistoleiro” (1967),

 

ROBERTO ROSSELLINI (1906-1977)

Nasceu em Roma. Seu pai era proprietário do Cine-Teatro Barberini. Nos anos 30, quando a família teve os bens confiscados pelo governo fascista, Rossellini ganhou a vida na indústria cinematográfica e chegou a obter sucesso com filmes encomendados pelo regime. Ao mesmo tempo, registrava em segredo as atividades da Resistência. Nos últimos dias da ocupação nazista, levou a câmera às ruas para captar a insurreição popular que libertou a cidade em junho de 1944. Nascia o clássico “Roma, Cidade Aberta” (1945), baseado no roteiro que criou em parceria com Sergio Amidei e Federico Fellini. Entre suas obras estão “Paisá” (1946), “Alemanha Ano Zero” (1948), “Stromboli” (1949), “Europa 51” (1952), “Romance na Itália” (1953), “Joana D’Arc (1954), “Índia: Matri Bhumi” (1959), “De Crápula a Herói” (1959), “Era Noite em Roma” (1960).

 

LUCA MINIERO (1967)

De Nápoles, Luca Miniero formou-se em Literatura Moderna. Começou dirigindo campanhas para a TV. Seu primeiro curta, “Piccole Cose Di Valore Non Quantificable” (1999), em parceria com o diretor Paolo Genovese, chamou atenção da crítica. Em 2010, produz seu primeiro longa: “Bem-Vindo ao Sul” – filme mais assistido da Itália naquele ano, façanha que ele volta a conquistar em 2012 com a sequência “Bem-Vindo ao Norte”. Dirigiu também “La scuola più bella del mondo” (2014), “Un boss in salotto” (2014) e “Sono tornato” (2018).

 

MARIO BAVA (1914-1980)

Nasceu em Sanremo. Passou sua infância dentro de estúdios da era muda do cinema onde seu pai, Eugenio Bava, trabalhava com escultor, fotógrafo e câmera. A carreira de Bava começa como assistente de fotografia, para depois migrar para o departamento de efeitos especiais junto a seu pai. Como diretor, inicia com “I Vampiri” (1957), considerado o primeiro filme de terror italiano depois da era do cinema mudo. Depois, dirige “A Máscara do Demônio’ (1960), terror gótico de enorme sucesso. Suas obras mais conhecidas são: “A Garota Que Sabia Demais” (1963) e “Seis Mulheres Para o Assassino” (1964), que criaram as principais características do sub-gênero giallo.

 

FEDERICO FELLINI (1920-1993)

 

Nascido e criado em Rimini, região da Emilia-Romagna, Fellini se mudou para Roma em 1939, e começou escrever e desenhar caricaturas na revista Marc´Aurelio – vários desses textos foram adaptados para uma série de programas de rádio sobre os recém casados “Cico e Paullina”. Estreou no cinema, em 1942, redigindo histórias para o comediante Aldo Fabrizzi. A partir de 1945, colaborou intensamente como roteirista com três dos principais criadores do movimento neorrealista (Roberto Rossellini, Alberto Lattuada, Pietro Germi), antes de desenvolver um estilo alegórico e barroco que se tornou sua marca registrada. Fellini participou da elaboração de 51 roteiros e dirigiu 25 filmes, entre os quais “Os Boas Vidas” (1953), “Estrada da Vida” (1954), “Noites de Cabíria” (1957), “A Doce Vida” (1960), “8½” (1963), “Roma” (1972)”, “Amarcord” (1973), “Ensaio de Orquestra” (1978). “E La Nave Va” (1983).

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