CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Nu Entre Lobos

Neste sábado, 28/09, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Nu Entre Lobos”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca!

 

NU ENTRE LOBOS

Frank Beyer (1962), com Erwin Geschonneck, Armin Mueller-Stahl, Krystyn Wójcik, Fred Delmare, Viktor Avdyushko, ALEMANHA, 124 min.

 

Sinopse

Em Abril de 1945, os exércitos soviético e americano avançam, vencendo a resistência das tropas nazistas. Aproxima-se o fim do III Reich. Neste momento é introduzida clandestinamente no campo de concentração de Buchenwald, no leste da Alemanha, uma criança de três anos trazida dentro de uma mala por um judeu polaco evacuado de outro campo. Para salvar a vida da criança, os prisioneiros formam à sua volta um muro de solidariedade, enfrentando o terror, a tortura – e a morte.

 

Direção: Frank Beyer (1932-2006)

Paul Frank Beyer nasceu em Turingia, Alemanha, estudou teatro na Universidade de Humbolt, transferindo-se depois para a cidade de Praga, onde cursou a FAMU (Escola de Cinema da Academia de Artes Cênicas). Graduou-se em 1957 como diretor de cinema, com o filme “Zwei Mutter” (“Duas Mães”). Desde 1958 trabalhou na DEFA (Deutsche Film Aktiengesellschaft), empresa cinematográfica da RDA. Dirigiu “Cinco Cartuchos” (1960), “Amor Invencível” (1962), “Nu Entre Lobos” (1963), “Carbide e Sorrel” (1964), “Traço de Pedras” (1965). A interdição deste último pela censura forçou Beyer a concentrar-se em trabalhos para televisão e teatro. Retornou às telonas, em 1974, com “Jacob, o Mentiroso”, ganhador do Urso de Prata no Festival de Berlim de 1975. Dirigiu também “A Estadia” (1982), “A Violação” (1989), entre outros.

De 1946 a 1990, a DEFA produziu cerca de 950 filmes, 820 animações, 5800 documentários e cine-jornais. Com a anexação da Alemanha Oriental, a empresa foi dissolvida, seus estúdios foram adquiridos pelo conglomerado Vivendi-Universal e o catálogo de filmes pela Progress Film-Verleih Gmbri. Fora da DEFA, Frank Beyer voltou à televisão e conseguiu realizar apenas um filme para cinema: “A Suspeita” (1991).

 

Argumento Original: Bruno Apitz (1900-1979)

O alemão Bruno Apitz é natural de Leipzig. Trabalhou como impressor gráfico, escreveu romances, contos, peças e roteiros de cinema. Seu livro “Nu Entre Lobos” foi traduzido para mais de 30 idiomas, tornando-se mundialmente conhecido.

Durante a 1ª. Guerra Mundial, Apitz cumpriu pena por discursar aos trabalhadores defendendo o boicote ao esforço de guerra. Em liberdade, ligou-se à Liga Espartaquista de Karl Liebknecht e Rosa Luxemburgo. Entre 1928 e 1930 foi chefe de uma editora em Berlim. Presidiu a Associação dos Escritores Revolucionários Proletários, em Leipzig (1930-33). No ano seguinte foi encarcerado na penitenciária de Waldeheim, e, em 1937, enviado para Buchenwald, onde permaneceu por oito anos, até a saída dos últimos prisioneiros. Os fatos por ele vivenciados deram origem aos romances ”Nu Entre Lobos” (1958) e “Esther” (1959). Em 1976, publicou “O Arco-Íris”. Seu romance autobiográfico, “Latente”, foi lançado postumamente. De 1952 a 1979, atuou como dramaturgo na DEFA e escreveu dezenas de peças radiofônicas.

 

Música Original: Joachim Werzlau (1913-2001)

Filho de músico de orquestra, Joachim Werzlau desde jovem estudou piano e violino com o pai. Aos 15 anos, empregou-se na tradicional fábrica de pianos Blüthner, em sua cidade natal, Leipzig.

Em 1945, Werzlau ganha a vida como pianista em cinemas e escolas de dança e atua na Aliança Cultural para a Renovação Democrática da Alemanha. Entre 1949 e 1952, trabalha como crítico musical e compositor em rádios de Berlim. Daí transferiu-se para a DEFA, escrevendo as trilhas de dezenas de filmes, desde obras infantis, “Os Encrenqueiros” (Wolfgang Schleif, 1953), “Tinko” (Herbert Ballmann, 1957), a parcerias com os diretores Konrad Lobo – “Recuperação” (1956), “Lissy” (1958) – e Frank Beyer – “Duas Mães” (1957), “Amor Invencível” (1962), “Nu Entre Lobos” (1963), “Carbide e Sorrel” (1964), “Jacob, o Mentiroso” (1975). Entre suas criações figuram composições para orquestra, violino, esboços para piano, as óperas “Regina” e “Mestre Rockle”, e canções muito populares na Alemanha, como “Porque Somos Jovens” (1949).

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