CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: O Trem
Neste sábado, 21/12, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “O Trem”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! A próxima sessão será no dia 18 de janeiro de 2014.
O TREM
John Frakenheimer (1964), com Burt Lancaster, Paul Scofield, Jeanne Moreau, Michel Simon, Gérard Buhr, FRANÇA/EUA, 133 min.
Sinopse
França, 1944. As obras de arte dos museus franceses vinham sendo gradativamente enviadas para a Alemanha. Cumprindo os desígnios de seus chefes, de ampliar a escala do roubo, Von Waldheim, coronel nazista, embarca um grande lote num trem, disposto a levá-lo a qualquer custo. Dada a iminente libertação de Paris, a Resistência precisa atrasar esse trem para impedir que ele chegue ao seu destino, uma operação perigosa que deve ser realizada sem o risco de danificar a preciosa carga.
Direção: John Frankenheimer (1930-2002) e Arthur Penn (1922-2010)
Nascido em Nova Iorque, John Frankenheimer iniciou sua carreira na CBS, como diretor de programas de televisão ao vivo, realizando ao longo da década de 1950 duas centenas de episódios de séries americanas. Dirigiu mais de 50 peças para televisão e telefilmes, entre os quais “A Quinta Coluna” (1960) e “As Neves do Kilimanjaro” (1960), de Ernest Hemingway. Ganhou o Oscar de Melhor Diretor com “Sete Dias de Maio” (1964). Dirigiu também “O Homem de Alcatraz” (1962), “O Trem” (1964), “O Segundo Rosto” (1966), “O Homem de Kiev” (1962), “The Iceman Comet” (1973), “Ronin” (1998).
Arthur Hiller Penn nasceu na Filadélfia, estudou na Black Mountain College, começou seu trabalho na televisão e estreou no cinema em 1958 com “The Left Handed Gun”. Da Broadway, levou para a tela “O Milagre de Annie Sullivan” (1962). Iniciou a filmagem de “O Trem” em 1964, porém o ator-produtor Burt Lancaster, impressionado com o baixo retorno de bilheteria de “O Leopardo” (Luchino Visconti), obra que estrelara no ano anterior com grande repercussão na crítica, sentiu-se mais seguro substituindo-o por Frankhenheimer. Entre 1966-70, Penn conseguiu encaixar uma sequência de quatro filmes, “Caçada Humana”, “Bonnie and Clyde”, “Deixe-nos Viver” e “Pequeno Grande Homem”, que expuseram sob ângulos diversos o establishment americano a uma crítica demolidora. O jogo tornou-se pesado. As oportunidades rarearam. De seus planos B e C destaca-se “Um Lance no Escuro” (1975).
Argumento Original: Rose Valland (1898-1980)
Antonia Rosa Valland nasceu em Saint-Etienne-de-Saint-Geoirs, França. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes de Lyon e na Escola Nacional de Belas Artes em Paris, fazendo paralelamente o curso de história da arte na École de Louvre. Em 1932, tornou-se assistente voluntária no Museu Jeu de Paume. Quando os alemães começaram a transferir as obras de arte de museus da França para coleções privadas, em 1941, Valland era superintendente do Jeu de Paume, que funcionava como central de armazenamento, triagem e distribuição para a Alemanha. Integrante da Resistência, a historiadora foi produzindo na surdina um inventário detalhado das obras que passaram pelo museu, com os nomes dos responsáveis por cada transferência, bem como seu destino e destinatário. Esse trabalho permitiu que grande número de obras fossem repatriadas após a 2ª. Guerra Mundial. Em 1961, ela publicou suas experiências durante a Ocupação no livro “Le Front de L’Art”. Recebeu do governo francês a Legião de Honra.
Música Original: Maurice Jarre (1924-2009)
Nascido em Lyon, Maurice-Alexis Jarre iniciou seu aprendizado musical no conservatório de Paris, onde estudou percussão, composição e harmonia. Celebrizou-se, principalmente, por compor trilhas musicais das quais se destacam as parcerias com o diretor David Lean, que lhe renderam três prêmios Oscar: “Lawrence da Arábia” (1962), “Dr. Jivago” (1965) e “Passagem para a India” (1984). Jarre compôs para o teatro, concertos, óperas, balés e gravou seis Cds. Trabalhou também com John Frankeheimer (“O Trem”, 1965), René Clément (“Paris Está em Chamas?”, 1966), Richard Brooks (“Os Profissionais”, 1966), Anatole Litvak (“A Noite dos Generais”, 1967), Luchino Visconti (“Os Deuses Malditos”, 1969), John Huston (“O Homem que Queria Ser Rei”, 1975), Moustapha Akkad (“O Leão do Deserto”, 1981), Peter Weir (“Sociedade dos Poetas Mortos”, 1989).
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