CINEMA NO BIXIGA – Sinopse do próximo filme: Ministério do Medo

Neste sábado, 25/01, o Cinema no Bixiga apresenta o filme “Ministério do Medo”. O filme inicia às 17 horas, no Cine-Teatro Denoy de Oliveira, na Rua Rui Barbosa, 323, Bela Vista. Entrada franca! 

 

MINISTÉRIO DO MEDO

Graham Greene (1944), com Stephen Neale, Marjorie Reynolds, Carl Esmond, Hillary Brooke, EUA, 86 min.

 

Sinopse

À espera de um trem para Londres, depois de ser liberado de um hospital psiquiátrico onde ficara internado por dois anos, Stephen Neale mata o tempo em uma feira de caridade e ganha um bolo ao adivinhar o seu peso. Ele não sabe, mas o prêmio o colocará na rota de uma rede de espionagem queopera em favor da Alemanha nazista. Com as bombas a cair sobre a Inglaterra, distinguir amigos e inimigos torna-se um exercício cada vez mais incerto.

 

Direção: Fritz Lang (1890-1976)

Cineasta, produtor e argumentista nascido em Viena, Friedrich Anton Christian Lang perdeu um olho na 1ª. Guerra Mundial e no hospital começou a escrever roteiros para filmes. Estreou em 1919, com “Halbblut”. Essa primeira fase do diretor, auxiliado por sua esposa, a roteirista Thea von Harbou, o fez ficar conhecido como o maior representante do expressionismo alemão, com filmes como “Metropolis” (1927) e “O Vampiro de Dusseldorf” (1931). Conta a lenda que Hitler, após assistir “Metropolis”, convidou o casal para produzir na UFA – o principal estúdio de cinema da Alemanha. Enquanto Thea aceitou a proposta, Lang exilou-se em Paris. Em 1934, emigrou para os EUA onde realizou 24 filmes, entre os quais “Fúria” (1936), “Vive-se Uma Só Vez” (1937), “Os Carrascos Também Morrem” (1943), que contou com a colaboração de Bertolt Brecht no argumento e roteiro, “Ministério do Medo” (1944), “Um Retrato de Mulher” (1944), “O Diabo Feito Mulher” (1952), “Os Corruptos” (1953), “Enquanto a Cidade Dorme” (1956). De volta à Alemanha dirigiu “Os Mil Olhos do Dr. Mabuse” (1960). Mestre do film noir, Lang dizia que sua visão da sociedade não era pessimista, mas realista – pelo menos a da sociedade que ele retratava. Sua  influência é reivindicada por cineastas como Buñuel, Orson Welles e Hitchcock.

 

Argumento Original: Graham Greene (1904-91)  

Henry Graham Greene nasceu em Berkhamstead, formou-se em Oxford, empregou-se no The Times, ganhou notoriedade com o romance “The Man Within”, em 1929. Na 2ª. Guerra Mundial foi membro do serviço secreto inglês, do qual cultivou durante a vida uma imagem pouco lisonjeira. Escreveu mais de 70 romances, peças de teatro, coletâneas de contos e memórias que originaram meia centena de filmes, entre eles  “Orient Express” (Paul Marin, 1934); “O Ministério do Medo” (Fritz Lang, 1944); “Quando os Destinos se Cruzam” (Herman Shumlin, 1945); “O Ídolo Caído”, “O 3º. Homem”, “Nosso Homem em Havana” (Carol Reed, 1948, 1949. 1959); “Os Comediantes” (Peter Glenville, 1966); “Viagens com Minha Tia” (George Cuckor, 1972), “O Cônsul Honorário” (John Mackenzie, 1973); “O Fator Humano” (Otto Preminger, 1978). Das obras que receberam mais de uma adaptação cinematográfica destacam-se “Brighton Rock” (John Boulting, 1938; Rowan Joffé, 2010), e “O Americano Tranquilo” (Joseph L. Mankiewicz, 1958; Philip Noyce, 2002).

Greene dedicou sete livros à luta anti-imperialista na América Latina. Em 1984 expôs em “Getting to Know the General” as razões pelas quais o atentado que matou o líder panamenho Omar Torrijos, seis meses após a posse de Ronald Reagan na presidência dos EUA, esteve longe de ser um inocente acidente aéreo.

 

Música Original: Victor Young (1899-1956), Miklos Rosza (1907-95)

Nascido em Chicago, Victor Young foi compositor, arranjador, maestro e violinista. Aos dez anos, passou a morar com a irmã em Varsóvia, onde estudou música e estreou profissionalmente na Filarmônica daquela cidade. Estudou também piano no Conservatório de Paris. Trabalhou como arranjador e maestro em rádio e teatro nos EUA, foi diretor musical da Paramount Pictures. Em um período de 20 anos escreveu música para mais de 300 filmes. Recebeu 22 indicações para o Oscar. Compôs as trilhas dos clássicos “Depois do Vendaval” (1952) e “Os Brutos Também Amam” (1953), ambos do diretor John Ford. È autor das canções “Stella by Starlight” e “When I Fall in Love”, imortalizadas nas vozes de Ray Charles e Nat King Cole.

Miklós Rósza nasceu em Budapeste, Hungria. Entre 1925 e 1929 estudou música no Conservatório de Leipzig, Alemanha. Mudou-se para Paris em 1932. Começou a compor música para cinema em Londres, trabalhando na Korda London Filmes, e aportou em Hollywood em 1939. Compôs para Billy Wilder as trilhas de “Sete Covas no Egito” (1943) e “Pacto de Sangue” (1944). Ganhou três prêmios Oscar pela participação em “Quando Fala o Coração” (Alfred Hitchcock, 1945), “Fatalidade” (George Cukor, 1947), “Ben-Hur” (William Wyler, 1959).

 
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