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Academia Brasileira de Letras diz que Censura em Rondônia é gesto deplorável

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A Academia Brasileira de Letras (ABL) publicou nota em repúdio à tentativa do governo de Rondônia de censurar 43 livros de autores como Machado de Assis e Euclides da Cunha e ordenar o recolhimento dos exemplares das escolas e bibliotecas.

Para a ABL, “trata-se de gesto deplorável, que desrespeita a Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão”.

O governo de Rondônia enviou memorando para as coordenarias regionais de Educação ordenando o recolhimento de 42 títulos de livros como os clássicos da literatura brasileira “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, e “Macunaíma”, de Mário de Andrade. Segundo o memorando os livros “são inadequados para crianças e adolescentes”.

A entidade máxima dos escritores brasileiros destaca ainda que “é um despautério imaginar, em pleno século XXI, a retomada de um índice de livros proibidos”.

“A ABL não admite o ódio à cultura, o preconceito, o autoritarismo e a autossuficiência que embasam a censura”.

 

Leia a nota:

“A Academia Brasileira de Letras vem manifestar publicamente seu repúdio à censura que atinge, uma vez mais, a literatura e as artes. Trata-se de gesto deplorável, que desrespeita a Constituição de 1988, ignora a autonomia da obra de arte e a liberdade de expressão. A ABL não admite o ódio à cultura, o preconceito, o autoritarismo e a autossuficiência que embasam a censura.

É um despautério imaginar, em pleno século XXI, a retomada de um índice de livros proibidos. Esse descenso cultural traduz não apenas um anacronismo primário, mas um sintoma de não pequena gravidade, diante da qual não faltará a ação consciente da cidadania e das autoridades constituídas”.

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