Agressão ambiental da Chevron no Equador é exposta na Alemanha e em El Salvador

A embaixada do Equador em Berlim, capital da Alemanha, inaugurou, na terça, uma amostra fotográfica do desastre causado a esse país pela norte-americana Chevron, na época Texaco.

Imagens das graves consequências da contaminação com petróleo feita por essa companhia foram apresentadas em uma exposição de 31 fotografias sob o título “A mão suja na Amazônia equatoriana”.

O embaixador de Quito em Berlim, Jorge Jurado, explicou que 30 mil pessoas da Amazônia equatoriana iniciaram há 10 anos uma ação contra a Chevron-Texaco, que explorou o petróleo durante 20 anos nessa região. Acrescentou que a companhia foi a responsável pelo derramamento de não menos de 71 milhões de litros de resíduos de hidrocarbonetos e 64 milhões de petróleo cru em mais de dois milhões de hectares da selva equatoriana. Foi projetado ainda o documentário “A verdade sobre a Chevron na Amazônia equatoriana”, que explica o acontecido no nordeste desse país.

Em 13 de novembro último, o governo do Equador reconheceu a legitimidade da decisão emitida pela Corte Nacional de Justiça (CNJ), que ordenou à petroleira membro do cartel Chevron-Texaco pagar nove bilhões 511 milhões de dólares pelos danos ambientais ocasionados entre os anos 1964 e 1990.

O desastre provocado pela multinacional foi denunciado também na capital de El Salvador. A mostra de fotografias foi inaugurada na terça-feira pelo embaixador equatoriano, Segundo Andrango, em um ato no Museu Nacional de Antropologia Doutor David J. Guzmán (MUNA).

O diplomata advertiu que nos últimos dias foram testemunhas de “como a Corte Permanente de Arbitragem de Haia trabalha e atua para favorecer o capital das empresas multinacionais e contra o bem-estar humano e global”.

No ato estiveram presentes membros do corpo diplomático, equatorianos residentes em El Salvador, personalidades e membros de um comitê de solidariedade com o Equador recentemente criado por iniciativa da deputada Lourdes Palácios da Frente Farabundo Marti para a Libertação Nacional, FMLN.

 

Fonte: Hora do Povo – Edição 3.206

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