Alckmin cancela visita a escola em que falta água
O governador de São Paulo e candidato à reeleição Geraldo Alckmin (PSDB) mudou sua agenda de campanha da última quarta-feira (6) para evitar ser questionado sobre o racionamento de água realizado na capital paulista, mas negado por ele em suas declarações.
Alckmin visitaria o colégio 24 de Maio na Brasilândia, área de periferia na zona norte da capital paulista, porém a assessoria de campanha anunciou na noite de terça-feira (5) a correção do local na periferia para a escola técnica na Avenida Faria Lima, o colégio 24 de Março – quase “24 de Maio”.
Negando o racionamento, no sábado o governador afirmou que “seria uma atitude até irresponsável fazer racionamento”. “Não pretendo mudar nenhuma estratégia” relacionada ao abastecimento de água do Estado, afirmou.
Em entrevista ao Viomundo, o engenheiro Júlio Cerqueira César Neto, professor aposentado de Hidráulica e Saneamento da Escola Politécnica da USP, rebate. “Irresponsável é a crise de água que o governador Alckmin nos criou. Tudo o que ele fez até agora é uma tremenda irresponsabilidade. O governo do Estado ficou 30 anos sem investir em novos mananciais!”.
“Nós ainda não estamos vivendo a crise da água. Por enquanto, nós estamos no aperitivo. A crise vai ser quando terminar o volume morto, no final do ano”, afirma o professor, além de destacar que em “vários setores da região metropolitana já estão com cortes de água à noite e ela só volta na manhã seguinte”.
Além da região metropolitana, cidades do interior, como Itu, Sorocaba, Campinas, Vinhedo, Pereiras, São Pedro, entre outras, também enfrentam o racionamento disfarçado pelo governador.
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