Alckmin deixa 28 mil professores desempregados

Com a decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de fechar 3.330 salas de aula, 28 mil professores temporários ficaram sem trabalho

 

As três mil salas de aula fechadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na rede estadual de educação, além de resultar em turmas superlotadas e aumento na fila de espera por vaga, gerou desemprego de aproximadamente 28 mil professores temporários. É o caso da professora de História, Tatiane Nunes, que há quatro anos presta serviço ao governo do Estado e pela primeira vez não conseguiu atribuição de aula. No ano passado, Tatiane, que mora e trabalhava em Mauá, dava 20 aulas por semana; em 2015, não conseguiu nenhuma.

 

“Eu sou vítima do sistema falido da educação pública estadual. Não darei aulas pois muitas salas foram fechadas. Enquanto isso, a qualidade do ensino caiu, porque as salas estão superlotas e muitas turmas com aula vaga. Os professores que estão na rede não dão mais conta de educar com tanto problema”, avaliou Tatiane.

 

Na avaliação da Apeoesp, o fechamento das salas de aulas e a “duzentena” (que obriga professores temporários a ficar 200 dias sem trabalhar na rede de ensino após ter contrato vencido com o governo Estadual) são os grandes responsáveis pelo alto índice de desemprego na categoria.

 

“As subsedes estão enviando ofícios para as Diretorias de Ensino para que informem quantos professores estão na ‘duzentena’. Enquanto isso, estamos na luta para a reabertura de turmas, por aumento nos salários dos educadores e também por melhores condições de trabalho”, afirma o diretor regional da Apeoesp, Andre Sapanos.

 

Greve

 

O ato será realizado na avenida Paulista. Entre as cobranças que são feitas pelos educadores ao governador está a garantia da distribuição de água nas escolas, reajuste salarial de 75%, a reabertura das salas de aula fechadas no início do período letivo e o fim da carência para contratação os professores eventuais.

 

Em nota, a secretaria de Educação do Estado afirmou que, entre suas prioridades, está o “aumento do quadro de professores concursados”. Por isso, completa, somente em 2014, contratou 38 mil profissionais aprovados em concurso público. No entanto, sobre os temporários, se limitou a dizer que mantém quadro de docentes para “suprir determinadas ausências”.

 

Fonte: Apeoesp

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